A fitoterapia trata do estudo das plantas na cura de doenças. O registro mais antigo que se tem sobre este estudo foi encontrado na China, e diz respeito a anotações feitas pelo imperador Cho-Chin-Ken há 3 mil anos a.C . Em seus textos ele descrevia as propriedades das plantas medicinais cânfora e ginseng.
Ao longo do processo evolutivo, o homem foi aprendendo a selecionar plantas para a sua alimentação e para o alívio de seus males e doenças. O resultado desse processo é que muitos povos passaram a dominar o conhecimento do uso de plantas e ervas medicinais.
Afinal de contas, acidentes, lesões, doenças e outros problemas continuam a afetar as pessoas. Desse modo, o papel do fisioterapeuta é levar alívio para os pacientes, com conhecimento técnico, talento e disposição para o trabalho.
Essa idéia vem sendo desenvolvida já algum tempo. Segundo Boas e Gadelha (2007), o relatório final da 10ª Conferência Nacional de Saúde, em 1998, determina que os gestores do SUS devam estimular e ampliar pesquisas realizadas em parceria com universidades públicas, promovendo ao lado de outras terapias complementares a fitoterapia.
A atividade passou por um processo de profissionalização e regulamentação para chegar até aqui. Atualmente, o estudante de Fisioterapia encontra emprego na Estética, na Reabilitação, na área Hospitalar e muitos outros locais.
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Foi, no entanto, no Renascimento, com a valorização da experimentação e da observação direta, com as grandes viagens para as Índias e a América, que se deu origem a um novo período de progresso no conhecimento das plantas e suas aplicações. A partir do século XV houve uma preocupação em catalogar um grande número de vegetais, identificando-os e classificando-os de acordo com a procedência e características dos princípios ativos. Finalmente, os esforços de classificação culminaram, em 1735, com a publicação do Systema Naturae, de Lineu.Nos dias atuais, o estudo das plantas está muito difundido, principalmente na Faculdades de Farmácia, e a cada dia apresentam-se trabalhos científicos sobre plantas, sua composição e a sua ação terapêutica, bem como a melhor forma galênica de apresentação e utilização.
No ocidente, considera-se a Alemanha como primeiro e maior incentivador das terapias naturais, notadamente a Fitoterapia, uma vez que no receituário alemão os produtos florais chegam a ocupar cerca de 40% das prescrições. Há também países como a França, Bélgica, Suécia, Suíça, Japão e Estados Unidos onde se enfatiza a técnica fitoterápica e onde os trabalhos científicos sobre o tema são publicados. A China é campeã na utilização de medicamentos naturais. Naquele País só se recorre à alopatia quando não se encontra um substituto de tal medicamento na flora chinesa (Leão & Ribeiro, 1999).
Apesar da crescente busca por integrativas medicamentosas, os estudos acerca da fitoterapia ainda são precários no Brasil, sendo necessário o desenvolvimento de pesquisas nesta área, que enriqueceriam o conhecimento dos profissionais e estudantes da saúde, auxiliando e tornando mais seguras e eficazes a implementação das práticas fitoterápicas no SUS.
Visando o custo de desenvolvimento dessa categoria de produtos, os países subdesenvolvidos como o Brasil oferecem integrativa terapêutica bastante promissora para a população. O país é visto em destaque por possuir um terço da flora mundial, além de ser a Amazônia a maior reserva de produtos naturais com ação fitoterápica do planeta. Esta intensa presença vegetal faz com que as pesquisas e o próprio desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos possam ocorrer como destaque no cenário científico mundial (Yunes et al., 2001; França et al., 2008).
A partir daí, nos anos 90, a profissão passa por um grande salto, com uma ampliação da preocupação das pessoas com a saúde do corpo e a qualidade de vida. Nessa época, muitas faculdades de Fisioterapia iniciaram suas atividades acadêmicas.
Embora existam vários estudos a respeito do uso, da toxicidade e da eficácia das plantas medicinais, a literatura científica ainda é precária no sentido de se conhecer como elas estão sendo usadas, quais são os benefícios e como se poderá capacitar os profissionais para o aconselhamento da utilização como medicina integrativa no SUS.
No entanto, depois das duas grandes guerras mundiais, surgiram as primeiras faculdades, e a atividade passou a ser mais calcada em técnicas e procedimentos científicos.
Em 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebers encontrou um rolo de papiro. Após ter decifrada a introdução, foi surpreendido pela frase: “Aqui começa o livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do corpo humano”. Provou-se, mais tarde que este manuscrito era o primeiro tratado médico egípcio conhecido. Atualmente pode-se afirmar que, 2000 anos antes do aparecimento dos primeiros médicos gregos, já existia uma medicina egípcia organizada. Dentre as plantas utilizadas pelos egípcios é indispensável citar o zimbro, a semente de linho, o funcho, o alho, a folha de sene e o lírio.
No México, foram descobertas três múmias de crianças oferecidas aos deuses. Uma delas sofria com sinusite e a subida da montanha lhe causava muito mal estar. Para que ela alcançasse o topo e cumprisse seu destino, eram lhe oferecidas folhas de “coca” para mastigar. Entorpecida, ela poderia continuar em seu caminho sentindo menos dores.