A Copa do Brasil de 2024 está quase toda desenhada. Resta apenas definir um dos sete primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, que ganham vaga direta à terceira fase do torneio mata-mata - ou seja, os seis clubes garantidos na Libertadores via Série A e o time de melhor campanha fora eles. Palmeiras, Flamengo, Botafogo, Atlético-MG, Grêmio e Red Bull Bragantino estão confirmados nesse top-7 e, portanto, na terceira fase da próxima Copa do Brasil. O Athletico-PR, que é o sétimo, ainda pode ser alcançado por Cuiabá ou Internacional.
O programa é transmitido pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, de segunda à sexta-feira, às 18h30, em rede para todo o país através da Rede Nacional de Rádio e do site das Rádios EBC.
"O Brasil nos ajuda muito por conta de tudo o que passou para fazer uma Copa do Mundo. Com a experiência que hoje tem para organizar grandes eventos, o Brasil é uma grande referência de recursos humanos para melhorar as competições. É o que mais o Brasil nos dá", explica Monsserat.
Abordagem sobre determinado assunto, em que o tema é apresentado em formato de perguntas e respostas. Outra forma de publicar a entrevista é por meio de tópicos, com a resposta do entrevistado reproduzida entre aspas.
"A realidade econômica do Qatar não é a realidade de muitos países do mundo. Construíram oito estádios de luxo, mas nenhum para futebol. Qual o legado que estamos deixando como futebol? Se cada um vira uma coisa, o que eu deixei no Qatar além de um Mundial de superluxo? O que vamos mostrar em 100 anos? Não sentia que se estava em uma Copa do Mundo", disse a dirigente.
Monsserat admite que a realização de uma Copa exige apoio governamental e laços políticos, caso contrário a candidatura sequer é analisada pela Fifa. Mas a Conmebol tentará cumprir tais regras de uma maneira diferente.
Claro que falar em um Mundial de volta às origens não soa 100% correto. De anos para cá, sediar um torneio com a chancela da Fifa requer muito investimento, parcerias eficientes e rios de dinheiro em infraestrutura que não necessariamente combinam com países de menor poderio financeiro.
"Mais do que a história, são os torcedores. Os melhores fãs estão nesta região do mundo. E o futebol precisa voltar a abraçar os torcedores. O conceito é voltar às nossas raízes, ao futebol raiz. Para a América do Sul, nada é impossível. É isso que queremos demonstrar com a nossa candidatura", explica.
Monsserat enxerga a necessidade de a Copa de 2030 estar cada vez mais próxima do povo. A dirigente rasga elogios à organização do Mundial do Qatar, mas entende que o excesso de luxo e a falta de foco no esporte local são pontos que atrapalham a construção de um legado.
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Reportagem de fôlego, que aborda, de forma aprofundada, vários aspectos e desdobramentos de um determinado assunto. Traz dados, estatísticas, contexto histórico, além de histórias de personagens que são afetados ou têm relação direta com o tema abordado.
"Acredito que isso é o que precisamos fazer. Voltar ao que o jogo importa. Esse jogo que nos faz tão felizes. Voltar às raízes do futebol. Com estádios, claro, com um nível bom, mas que sirvam às nossas ligas locais".
A Fifa definirá a sede do Mundial de 2030 em congresso a ser realizado em 2024. Até lá, muitas coisas podem mudar os rumos dessa Copa. Mas a visão sul-americana é clara: a história vale mais que o luxo.
"Passaria por uma grande intervenção. A ideia é diminuir a altura do campo de jogo para facilitar a visibilidade de quem for assistir. E ter estádios que sejam utilizados em toda a sua estrutura, que realmente deixem um legado de futebol nas cidades e que não se perca com o tempo. Investir em estádios que sirvam para ligas locais e competições sul-americanas".
Um exemplo clássico é a construção de estádios. Ao contrário do Qatar e até certo ponto o que ocorreu na Rússia em 2018, a Copa de 2030 proposta pela Conmebol envolve palcos tradicionais do futebol sul-americano, desde o Centenário, no Uruguai, até as casas de Boca Juniors e River Plate em Buenos Aires, na Argentina.
"A sede principal do Mundial será a Argentina, mas queremos que o Centenário seja sede da partida inicial ou da final", admitiu a secretária, que admite, claro, que os estádios precisarão passar por processos de modernização.
Vale lembrar que, para este ano, a CBF aboliu o ranking de clubes da entidade como critério de entrada na Copa do Brasil, o que tornou os campeonatos estaduais determinantes para isso. Além, claro, das vagas por meio de campanha na Série A, da classificação à Libertadores, e dos títulos da Série B e das Copas Verde e do Nordeste.
"Nós acreditamos que temos algo que não se pode comprar: a história", afirma Monsserat Jiménez, Secretária-Geral Adjunta e Diretora Jurídica da Conmebol, em entrevista exclusiva à ESPN durante participação na Sports Summit São Paulo.
A concorrência para ser escolhida pela Fifa é dura, contra o dinheiro infinito da Arábia Saudita ou a força de Espanha, Portugal e Marrocos juntando os votos de Europa e África. Se o embate nos bastidores será duro, a Conmebol acredita ter um trunfo. Algo inegociável que poucos possuem.
É a interpretação da notícia, levando em consideração informações que vão além dos fatos narrados. Faz uso de dados, traz desdobramentos e projeções de cenário, assim como contextos passados.
A Copa do Mundo de 2022 acabou há menos de seis meses, a próxima será em três sedes (Canadá, Estados Unidos e México), mas é a de 2030 que interessa, e muito, à Conmebol.
"Se o futebol não voltar a estar perto dos fãs, vamos terminar em alguns anos sem ninguém no estádio e vendendo apenas os melhores momentos, uma vez que ninguém com menos de 28 anos vê os jogos inteiros. Vamos tentar fazer com que essa nova geração volte a se interessar por futebol de 90 minutos".