Sob a direção de Craig Gillespie e com o roteiro elaborado por Steven Rogers, “Eu, Tonya” retrata a história verídica da patinadora de gelo Tonya Harding, uma figura de contrastes cuja trajetória foi marcada por altos e baixos.
Tonya enfrentou uma infância e adolescência marcadas por um relacionamento abusivo com sua mãe. Alvo de abusos físicos e verbais, a jovem acreditava ser merecedora desse tratamento, o que a conduziu ao seu primeiro namorado e futuro marido, Jeff (Sebastian Stan).
O evento que abalou irremediavelmente sua carreira na patinação foi o escândalo envolvendo o ataque a sua concorrente, Nancy Kerrigan. A associação entre Tonya e o incidente não foi difícil, principalmente porque Kerrigan era a favorita da América e um obstáculo em seu caminho.
Ainda em 2018, Harding participou do reality show Worst Cooks in America (Os Piores Cozinheiros da América). A ex-patinadora venceu a competição, doando o prêmio de 25 mil dólares para o Hospital Infantil St. Jude.
Conforme antecipado no início do filme, o roteiro foi baseado em entrevistas reais, o que, por mais surpreendente que pareça, se originou da vida tumultuada de Tonya, repleta de dramas e intrigas que rivalizam com uma trama ficcional. No entanto, não é o caso.
“Ela realmente se preocupou comigo! Pensei que iria encontrá-la para acalmar os ânimos, mas no final das contas, a preocupação dela era comigo, como eu iria gravar as cenas de patinação e como eu lidaria com a fama ainda tão jovem”, afirmou a atriz.
Vencedor do Oscar de melhor atriz coadjuvante, conferido a Allison Janney pela interpretação da mãe de Tonya, LaVona, o filme também competiu nas categorias de melhor atriz, desempenhada por Margot Robbie, e melhor edição.
Um dos destaques do filme é a cinematografia de Nicolas Karakatsanis, que acompanha os movimentos dos personagens, especialmente nas cenas de patinação, transportando os espectadores diretamente para a pista.
Além de Margot Robbie como a protagonista titular, o elenco de Eu, Tonya conta também com Allison Janney (Lindas de Morrer), Sebastian Stan (Falcão e o Soldado Invernal), Julianne Nicholson (Masters of Sex) e Paul Walter Hauser (Cruella).
Baseado em uma chocante história real, o drama biográfico Eu, Tonya está fazendo o maior sucesso na Netflix. Com Margot Robbie no papel principal, o filme acompanha a história da patinadora Tonya Harding – infame por um ataque perpetrado contra a colega Nancy Kerrigan. Quem já conferiu a trama quer saber: por onde anda Tonya Harding atualmente?
Conquistou medalha de ouro no Campeonato Nacional e prata no Internacional. Apesar de competir duas vezes nas Olimpíadas, sua performance não atingiu os melhores resultados.
No entanto, após seis meses de relacionamento, Tonya revela que Jeff começou a agredi-la fisicamente. Apesar de apoiar sua carreira, ele buscava controlar seu comportamento, muitas vezes infantil e mimado, através da violência.
A partir daí, Tonya inicia várias carreiras diferentes. Ela passa um tempo como boxeadora profissional, trabalha como paisagista e até mesmo com a construção de deques. Eventualmente, a mídia se esquece de Tonya Harding, e a ex-patinadora vive décadas em relativo anonimato.
Tonya, é claro, voltou à tona em 2017, com o lançamento de Eu, Tonya. Embora não tenha se envolvido na produção do longa, a atleta conversou com Margot Robbie. Para se encontrar com a ex-patinadora, a atriz (que também é produtora executiva do longa) viajou a Portland, onde Harding vivia na época.
No entanto, a verdadeira Nancy Kerrigan manifestou desinteresse em assistir ao filme, evitando reviver os acontecimentos. Apesar da vida dramática e ocasionalmente aterrorizante de Tonya, o roteirista Steven Rogers conseguiu inserir elementos cômicos, conferindo uma abordagem menos densa e traumática à narrativa.
Como o filme mostra, após o ataque a Nancy Kerrigan, Tonya é banida da Federação de Patinação Artística dos Estados Unidos, ficando impedida de praticar o amado esporte pelo resto da vida.
Hoje em dia, Tonya Harding vive em Vancouver (no Canadá) com o terceiro marido, Joseph Price, e um filho de 11 anos. Para complementar a renda, a ex-atleta também produz vídeos para os fãs com o aplicativo Cameo.
Eu, Tonya, apesar de adotar várias liberdades criativas, faz um ótimo trabalho ao traçar um panorama completo sobre a origem, a ascensão e a queda de Tonya Harding – uma das atletas mais famosas dos Estados Unidos.
A ex-atleta também acompanhou Margot Robbie no Globo de Ouro de 2018 – no qual Eu, Tonya foi indicado a três categorias, vencendo a de Melhor Atriz Coadjuvante (Allison Janney).
No mesmo ano, Tonya Harding participou da 26ª edição de Dancing with the Stars (o Dança dos Famosos americano), terminando a competição em terceiro lugar.
Nascida em uma família empobrecida e conturbada, a separação dos pais em sua tenra idade fez com que ela se sentisse abandonada pelo pai. Sua mãe, uma figura rígida e agressiva, a levou a abandonar os estudos para se dedicar exclusivamente à patinação.
Filmado em um curto período de 30 dias, “Eu, Tonya” contou com a aprovação da própria patinadora real e de seu ex-marido, Jeff. Margot Robbie e Sebastian Stan até os conheceram pessoalmente, sendo que Tonya auxiliou Robbie a treinar patinação para o papel.