O acrômio, também conhecido como processo acrômio, é uma estrutura óssea localizada na parte superior da escápula, ou omoplata. Ele surge de uma crista que cruza horizontalmente a porção superior da escápula na parte posterior e se projeta na ponta do ombro, formando um taco. Emparelhado com o processo coracóide, uma protusão semelhante em forma de taco que surge da parte anterior da omoplata e cruza lateralmente em direção à articulação do ombro, o acrômio serve como um ponto de fixação para os músculos deltóide e trapézio. Sua superfície superior é convexa e áspera, angulando para cima e para fora acima da articulação do ombro, enquanto sua superfície inferior é côncava e lisa.
A vascularização da articulação acromioclavicular vem das artérias toracoacromial e supraescapular. A primeira é um ramo da artéria axilar, enquanto a segunda se origina da artéria subclávia através do tronco tireocervical.
Na maioria dos casos, essa anormalidade é apenas anatômica e não apresenta sintomas. Por outro lado, em outros, pode produzir dor por choque subacromial ou instabilidade na área aberrante.
A osteólise da clavícula distal é como uma fratura de stress, no qual o osso submetido a esforços repetitivos entra em fadiga perdendo seu componente mineral e a capacidade de suportar carga.
A rotação do acrômio ocorre em torno de um eixo transversal que passa pela articulação acromioclavicular e pelo ligamento conoide. É importante para coordenar os movimentos do ombro com os da cintura escapular, pois permite a elevação total do braço em flexão. Os movimentos são limitados por ambas as partes do ligamento coracoclavicular.
Shah, Bayliss e Malcolm (2001) em um estudo histológico de 18 acrômios de cadáveres, notaram alterações degenerativas micro e macroscópicas nos acrômios dos tipos II e III, concluindo que as formas são adquiridas em resposta à força de tração aplicada pelo ligamento coracoacromial sobre o acrômio. Um achado interessante deste estudo mostra que as alterações são inicialmente na porção anterior e, a seguir, na inferior, devido à tração intermitente na inserção acromial do ligamento coracoacromial.
A radiografia simples é considerada o primeiro e principal exame para a avaliação do ombro doloroso. A realização adequada das radiografias permite obter informações valiosas quanto às possíveis causas de dor e/ou disfunção do ombro. As técnicas de tomografia e ressonância magnética são métodos mais meticulosos de avaliação do que as radiografias, mas estas continuam sendo utilizadas devido ao seu baixo custo (EPSTEIN et al., 1993; YAMAGUCHI et al., 1998; TURTELLI, 2001; MAYERHOEFER et al., 2005).
Dr boa noite tenho irregularidade cortical e cistos subcorticais associado a importante edema na medular óssea adjacente nas margens apostas da articulação acromioclavicular de aspecto degenerativo ou relacionado a micro trauma de repetição e sinto muitas dores no ombro o meu caso é cirúrgico?
Alguns estudos associam o aparecimento de tendinite ou roturas do manguito rotador com o formato do acrômio, pessoas com acrômios curvos ou ganchosos teriam maior probabilidade de desenvolver problemas no manguito rotador…. em outras palavras, dor no ombro.
O ligamento transverso do úmero se estende horizontalmente entre os tubérculos do úmero. Ele recobre o sulco intertubercular e o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial, impedindo o deslocamento do tendão para fora do sulco. O ligamento coracoumeral se estende entre o processo coracoide da escapula e os tubérculos do úmero e ligamento transverso do úmero, oferecendo suporte para a parte superior da articulação. Ele atua limitando a translação inferior e rotação externa excessivas do úmero.
Serve para a inserção de alguns fascículos musculares do deltóide (fascículos médios), pois sua superfície é rugosa e espessa, pois possui de 3 a 4 tubérculos que permitem uma melhor aderência das fibras musculares.
Vários ligamentos limitam o movimento da articulação glenoumeral, impedindo a luxação do úmero. Estes ligamentos são o coracoumeral, os glenoumerais e o ligamento transverso do úmero. Os ligamentos glenoumerais e transverso do úmero são ligamentos capsulares, enquanto o ligamento coracoumeral é um ligamento acessório.
Muitas incidências radiográficas foram descritas para avaliar a articulação do ombro. Historicamente os radiologistas utilizavam incidências anteroposteriores do tórax com rotação interna e externa do úmero com vistas axilar e transcapular. Radiografias anteroposteriores podem mostrar cistos subcondrais ou esclerose da tuberosidade maior do úmero com correspondentes áreas de esclerose ou com esporão do acrômio. Podem ainda ajudar a identificar osteoartrose da articulação acromioclavicular, tendinite calcária, evidências de instabilidade glenoumeral e osteoartrose da articulação glenoumeral (YAMAGUCHI et al., 1998; TURTELLI, 2001).
LECH, O. et al. Inserção do ligamento coracoacromial no acrômio. Estudo histológico da ossificação endocondral degenerativa. Rev Bras Ortop, Rio de Janeiro, v. 35, n. 10, p. 416-18, 2000.
A depressão e a rotação medial da escápula acontecem de forma passiva, devido ao relaxamento dos músculos responsáveis pela elevação, juntamente com a força da gravidade. Se necessário, o peitoral menor e as fibras mais inferiores do músculo serrátil anterior podem forçar a depressão da escápula, enquanto o levantador da escápula, os romboides e o peitoral menor são rotadores mediais ativos. Esses movimentos são seguidos pela elevação da extremidade esternal da clavícula na articulação esternoclavicular.
A articulação glenoumeral, também conhecida como articulação do ombro, é uma articulação sinovial que une o membro superior ao esqueleto axial. É uma articulação do tipo esferoidal, também conhecida como articulação em bola-e-soquete, formada pela fossa glenoide da escápula (gleno-) e pela cabeça do úmero (-umeral).
A face cranial do acrômio é convexa, áspera e dá inserção a algumas fibras do músculo deltoide. Sua face caudal é lisa e côncava e a borda lateral espessa e irregular, apresentando três ou quatro origens tendíneas do deltoide. Tem a borda medial mais curta que a lateral, côncava, dando inserção a uma porção do músculo trapézio e apresentando, próximo ao seu centro, uma pequena superfície de articulação para a extremidade acromial da clavícula. Seu ápice, que corresponde ao ponto de encontro dessas duas bordas, é fino e tem nele inserido o ligamento coracoacromial (Figura 2) (GRAY, 1988).
A articulação acromioclavicular é inervada pelos nervos peitoral lateral e supraescapular. O nervo peitoral lateral é um ramo do cordão lateral do plexo braquial, enquanto o nervo supraescapular se origina do tronco superior do mesmo plexo.
Os músculos do manguito rotador são quatro músculos que formam uma unidade musculotendínea ao redor da articulação do ombro. Esses músculos são o supra-espinal, o infra-espinal, o redondo menor e o subescapular. A função desse aparato musculotendíneo é produzir movimentos na articulação do ombro, enquanto mantém a cabeça do úmero estável e centralizada na cavidade glenoide.
Com base em suas próprias observações clínicas e de achados em dissecções de mais de 100 escápulas, Neer defendeu a hipótese de que a área crítica para a tendinite degenerativa e a ruptura tendinosa está localizada no tendão do músculo supraespinal, incluindo, algumas vezes, a porção anterior do músculo infraespinal e o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial. Com o braço em posição anatômica, todas essas estruturas ficam em posição anterior ao acrômio. Em rotação interna, na posição em que o braço é frequentemente usado, elas são trazidas ainda mais anteriormente. Em rotação externa, a inserção do m. supraespinal se localiza lateralmente ao terço anterior do acrômio. Desta maneira, a elevação do braço em rotação interna ou na posição anatômica (rotação externa) faz com que a área crítica passe abaixo do ligamento coracoacromial ou da face anterior do acrômio, não tocando os dois terços posteriores do mesmo (NEER, 2005).
Dr. Jorge Assunção é médico ortopedista especialista em ombro e cotovelo com vasta experiência em diagnósticos, tratamentos e cirurgias. Atuando na cidade de São Paulo – SP, é Graduado e Doutorado na USP com presença regular nos hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, São Luiz dentre outros.
O que é a artrose ou artropatia acromioclavicular? Artrose é a degeneração de uma articulação, com perda da cartilagem local. O desgaste dessa articulação é muito comum e pode ocorrer em adultos jovens.
Na artrose no ombro, o tratamento passa pelo tratamento conservador com recurso a medicação analgésica e anti-inflamatória e, associadamente, Fisioterapia à articulação afetada. Se este tratamento para artrose no ombro não for suficiente para o controle da doença, então poder ser necessário fazer cirurgia.
A artrose da articulação gleno-umeral ocorre por perda progressiva da cartilagem entre o úmero e a omoplata. É causada por degenerescência primária ou secundariamente a outras patologias como a reumatológica. Provoca dor, rigidez e perda de função do ombro, tornando-se progressivamente mais incapacitante para o doente.
Como é feito o tratamento O tratamento para artrose no ombro é feito com o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, como Paracetamol ou Diclofenaco, para aliviar os sintomas.
O seu médico pode recomendar as seguintes opções de tratamento:
Ou seja, musculação é uma atividade física recomendada para quem sofre com artrose, desde que seja uma musculação que alongue a musculatura e que seja feita mais na base da repetição do que da carga.
Pacientes com artrose (ou aqueles com fatores de risco) podem e devem praticar exercício, sempre com boa orientação e acompanhamento médico regular.
Em geral não há problemas em realizar ativar física sem impactos. Benefício de ajudar seu condicionamento físico e tônus muscular de joelhos. Importante seguir a recomendação de seu ortopedista e do educador físico para limitações e ajuste de intensidade.