A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum que é principalmente transmitida através da relação sexual sem proteção.
Crianças nascidas com sífilis que não trataram ou o fizeram de forma errada podem passar por internação e são obrigadas a fazer diversos testes após o parto, como coleta de amostras de sangue, avaliação neurológica (incluindo punção lombar), raio X de osso longos, avaliação oftalmológica e audiológica.
Suspeita-se de sífilis em pacientes com lesões mucocutâneas típicas ou distúrbios neurológicos inexplicados, particularmente em áreas de alta prevalência da doença. Nessas áreas, deve ser considerada também em pacientes com muitos achados inexplicados. Como existem diversas manifestações clínicas e as fases avançadas hoje em dia são relativamente raras na maioria dos países desenvolvidos, é mais difícil o seu reconhecimento.
Administram-se os dois medicamentos por 10 a 14 dias, seguidos de penicilina benzatina, 2,4 milhões de unidades IM 1 vez por semana por 1 a 3 semanas após a conclusão desses regimes de tratamento da neuros sífilis para fornecer uma duração total da terapia comparável àquela para sífilis latente tardia.
Para pacientes não gestantes com alergia significativa à penicilina (anafilaxia, broncoespasmo ou urticária), a primeira alternativa é doxiciclina 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias (28 dias para sífilis latente tardia ou sífilis latente de duração desconhecida). Azitromicina 2 g por via oral em dose única é eficaz para a sífilis latente primária, secundária ou precoce provocada por cepas suscetíveis. Mas uma única mutação que aumenta a resistência é cada vez mais comum em muitas partes do mundo, incluindo os Estados Unidos, e resulta em taxas de insucesso inaceitavelmente elevadas.
Cerca de 10% dos pacientes apresentam lesões em outros órgãos como olhos (uveíte), ossos (periostite), articulações, meninges, rins (glomerulite), fígado (hepatite) ou baço.
Testes não treponêmicos (reagínicos) usam antígenos lipídicos (cardiolipina, isto é, lipídios do coração de bovinos) para detectar reaginas (anticorpos humanos que se ligam a lipídios). O teste VDRL e os testes rápidos com reaginas plasmáticas (RPR, rapid plasma reagin) são testes reagínicos sensíveis, simples e baratos, utilizados para triagem, mas não completamente específicos para sífilis. Resultados podem ser apresentados de forma qualitativa (p. ex., reagente, fracamente reagente, no limite, ou não reagente) e quantitativa com títulos (p. ex., positivo para a diluição de 1:16).
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.
Durante a gravidez, o mais importante é que a gestante siga um pré-natal e receba o tratamento adequado. Segundo o Ministério da Saúde, as crianças expostas de mães que não receberam tratamento devem passar por coletas de sangue, raio X de ossos longos, avaliação neurológica, oftalmológica e audiológica. Em muitos casos, existe a necessidade de internação.
A doença tem um tratamento bem simples e é feito a base da injeção de penicilina intramuscular, entretanto varia conforme o estágio da sífilis. Na primária, apenas uma injeção do antibiótico já cura a IST. Na secundária, podem ser necessárias até três injeções de penicilina para conseguir ficar livre da bactéria.
Mas a meningite aguda ou subaguda é mais comum em pacientes com infecção pelo HIV e pode se manifestar como sintomas meníngeos ou acidentes vasculares encefálicos por vasculite intracraniana.
O ferimento aparece entre 10 e 90 dias após o contágio, com alto risco de transmissão pela elevada taxa de bactérias, e depois desaparece sozinho, com tratamento ou não.
Os critérios para a sífilis latente precoce são uma conversão documentada durante o ano anterior, testes treponêmicos de negativos para positivos, um teste não treponêmico recém-positivo, ou um aumento sustentado de 4 vezes (> 2 semanas) ou mais nos títulos de teste reagínico além de qualquer um dos seguintes:
Entre 2010 e 2018, os casos de sífilis cresceram mais de 3 mil por cento, passando de 2,1 para 75,8 infectados a cada 100 mil brasileiros. No mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima a ocorrência de 6 milhões de casos da doença por ano.
Aproximadamente 10 a 30% dos pacientes apresentam meningite leve no líquido cefalorraquidiano, mas < 1% tem sintomas de meningite, que podem incluir cefaleia, rigidez de nuca, lesões dos pares cranianos, surdez e inflamação dos olhos (p. ex., neurite óptica, retinite).
A sífilis é transmitida por meio das relações sexuais desprotegidas, das transfusões de sangue e da mãe para o filho em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita).
O VDRL também é um exame que normalmente é realizado em cada trimestre de gestação em todas as grávidas, porque a sífilis é uma doença grave que a mãe pode passar para o bebê, mas que é facilmente curada com antibióticos indicados pelo médico.
A sífilis pode ser classificada em alguns tipos de acordo com o estágio em que a doença se encontra, o que é definido de acordo com os sinais e sintomas apresentados e desenvolvimento da bactéria. Assim, os tipos de sífilis são:
A sífilis congênita — transmitida da mãe para o bebê na gestação — pode causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Na maioria das vezes, porém, os seguintes sintomas aparecem nos primeiros meses de vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental e cegueira.
Em cerca de 15% dos pacientes com sífilis primária ou secundária tratados conforme as recomendações, os títulos reagínicos não diminuem 4 vezes — critério utilizado para definir a resposta 1 ano após o tratamento. Esses pacientes devem ser acompanhados clínica e sorologicamente; eles também devem ser avaliados para infecção pelo HIV.
A sífilis congênita acontece quando o bebê adquire sífilis durante a gestação ou no momento do parto, sendo normalmente devido à mulher que possui sífilis não fazer o tratamento correto para doença. A sífilis durante a gravidez pode causar aborto, mal formações ou morte do bebê ao nascer. Em bebês vivos, os sintomas podem surgir desde as primeiras semanas de vida até mais de 2 anos após o nascimento, e incluem:
Esse nível é o mais preocupante e deve ser evitado a todo custo, podendo aparecer entre 2 e 40 anos após o início da infecção. É acompanhado de sinais e sintomas, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas. Esse estágio da doença pode levar à morte.