A punção lombar é um procedimento para coletar uma amostra do líquido cefalorraquidiano (LCR) em que se insere uma agulha fina na coluna lombar, sendo normalmente feito com anestesia local.
O paciente pode sentir-se um pouco tonto após a punção lombar, por isso não deve dirigir veículos automotores ou operar máquinas perigosas logo em seguida ao exame. O ideal é que o paciente tenha um acompanhante para assisti-lo logo depois. Nas primeiras horas que se seguem ao exame o paciente deve permanecer deitado e beber bastante líquidos, sobretudo os que contêm cafeína (café, chás, colas, etc.). Se tiver dor de cabeça, deve permanecer deitado e tomar os analgésicos indicados pelo seu médico.
Para fazer a punção, o médico insere a agulha lentamente entre duas vértebras da coluna lombar, sendo geralmente coletados cerca de 2 ml de líquido cefalorraquidiano em um tubo de ensaio. Após terminar a coleta, a agulha é retirada e é feito um curativo.
Antes da punção lombar, normalmente não é exigido nenhum preparo especial, a não ser que exista algum problema de coagulação do sangue ou a pessoa faça uso de medicamentos anticoagulantes, por exemplo.
Mede-se a pressão de abertura com um manômetro; 4 tubos são preenchidos com aproximadamente 2 a 10 mL do líquido cefalorraquidiano para o exame. Em seguida, o local de punção é coberto com uma fita adesiva estéril.
Para o procedimento, o paciente fica tipicamente em posição de decúbito lateral esquerdo. Pede-se a um paciente cooperativo para abraçar os joelhos e se curvar o máximo possível. Os assistentes podem ter que segurar os pacientes que não conseguem manter essa posição, ou a coluna vertebral pode ser flexionada melhor, posicionando-se os pacientes, em especial os obesos, sentados na beira do leito e debruçados na mesinha de cabeceira.
Mesmo com uma técnica perfeita, pode ocorrer uma dor no local da punção ou uma dor de cabeça, ambas temporárias. A punção lombar não deve ser realizada se houver a presença ou suspeita de hipertensão liquórica muito alta, pelo risco de deslocamento do cérebro e herniação de amígdalas cerebelares, o que pode levar à morte. Diante da possibilidade de pressão liquórica aumentada, um exame de fundo de olho e uma tomografia ou ressonância magnética devem ser realizadas antes da punção lombar. Como o reservatório de líquor a ser acessado fica abaixo da terminação da medula, não há perigo de que essa seja atingida.
A punção lombar é um exame fundamental para identificar doenças que afetam o sistema nervoso, como meningite, esclerose múltipla e síndrome de Guillain-Barré, sendo uma das suas principais indicações.
O LCR normal é límpido e transparente. Se estiver amarelo pode indicar infecção e se estiver xantocrômico pode indicar degradação de hemácias (devido a uma possível hemorragia subaracnoide, nível de proteína maior do que 150 ou hiperbilirrubinemia), contudo pode ser resultado de um acidente durante a punção.
A punção lombar é um procedimento considerado seguro e o risco de efeitos colaterais, como sangramentos, infecções na pele e dormência em partes do corpo, é baixo, especialmente quando a punção é feita por profissionais experientes.
Na maioria das vezes a punção lombar é feita para a injeção de anestésicos no espaço liquórico, mas a sua principal utilidade diagnóstica é fazer a coleta de líquor para o reconhecimento dos vários tipos de infecções meníngeas e de muitas outras afecções neurológicas. Ao mesmo tempo, ela possibilita medir a pressão do líquor, importante em muitas patologias neurológicas. Além de uma análise bioquímica, citológica e microbiológica do líquor (proteínas, glicose, leucócitos, micro-organismos e células neoplásicas), a punção lombar permite também uma análise física, como a presença de sangue ou pus, por exemplo, o que já fornece alguns indícios médicos importantes. Em resumo, uma punção lombar é uma importante ajuda na pesquisa de infecções; na investigação de certas condições inflamatórias do sistema nervoso; na investigação de alguns tipos de cânceres; para introduzir fármacos; para a administração de contrastes para mielografia (radiografia da medula espinhal); para a introdução de anestésicos; para descompressão medular; em casos de pressão aumentada no canal medular; para medir a pressão do líquido cefalorraquidiano.
A punção lombar normalmente não dói, porque é um exame que geralmente é feito com anestesia local. No entanto, mesmo quando a anestesia é feita, a pessoa pode sentir uma leve pressão nas costas no local onde a agulha está sendo inserida.
Realizada corretamente, a punção lombar quase não apresenta riscos. Como a quantidade de líquido retirado é muito pequena (algumas gotas), isso não chega a causar repercussões no cérebro ou na medula. Os riscos maiores são a ocorrência de infecção ou hemorragia, mas em geral isso corresponde a falhas técnicas.
O Líquor pode ser coletado por diferentes vias de acesso, sendo mais utilizada a punção lombar, cujo acesso é mais seguro e menos invasivo. A punção lombar é feita nas costas, na região lombar, com o paciente usualmente deitado em decúbito lateral utilizando agulha espinhal fina e descartável (Figura 1).
Uma área de 20 cm de diâmetro é lavada com iodo e, em seguida, esfregada com álcool para remover o iodo e impedir sua entrada no espaço subaracnoideo. Uma agulha de punção lombar com estilete é inserida entre as vértebras L3 a L4 ou L4 a L5 (o processo espinhoso de L4 normalmente está situado em uma linha entre as duas espinhas ilíacas posterossuperiores); a agulha é voltada rostralmente para o umbigo do paciente e mantida sempre paralela ao solo. A entrada no espaço subaracnoideo geralmente é seguida de um estalido perceptível; o estilete é retirado para permitir a saída do líquido cefalorraquidiano.
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O resultado da punção lombar inclui testes realizados no líquido cefalorraquidiano como a dosagem de proteínas, glicose, células, anticorpos e lactato, que podem indicar doenças como meningite e síndrome de Guillain-Barré quando alterados.
Pode-se fazer exames especializados do LCR; estes incluem testes para anticorpos específicos de várias doenças, como encefalite autoimune (ver também Mayo Clinic: Encephalopathy Autoimmune Evaluation Algorithm: Spinal Fluid). As encefalites autoimunes são doenças encefálicas mediadas por anticorpos que têm por alvo antígenos neuronais específicos; os sintomas incluem nível alterado de consciência, convulsões e disfunção cognitiva e comportamental.
A punção lombar é contraindicada em caso de suspeita de aumento da pressão intracraniana, devido ao risco de acontecer o deslocamento de partes do cérebro, o que é chamado de herniação cerebral. Também não deve ser feita em pessoas que tenham infecção na pele que irá ser puncionada ou abscessos na coluna.
O líquor é produzido no plexo coroide, presente em cavidades no cerébro e na medula espinhal (Figura 1), e atua como um amortecedor protegendo as estruturas cerebrais e medulares; fornece nutrientes essenciais para o cérebro e possui importante função na remoção dos resíduos provenientes da atividade cerebral e no …
A punção lombar – exame de líquor, é um procedimento muito comum, realizado em hospitais e clínicas, com o objetivo de se extrair o líquido cefalorraqueano (líquor) para se fazer diagnóstico de doenças que afetam o sistema nervoso.
Pressão intracraniana aumentada devido a lesão em massa intracraniana, fluxo de líquido cefalorraquidiano obstruído (p. ex., devido a estenose aqueductal ou malformação de Chiari tipo I), ou bloqueio de líquido cefalorraquidiano na medula espinal (devido a compressão da medula por um tumor)
A punção é a retirada de qualquer fluído ou massa do corpo humano para análise em laboratório. Quando você realiza um exame de sangue, por exemplo, está realizando um tipo de punção, conhecida como punção venosa – ou seja, está realizando a retirada de fluidos do seu sistema vascular.
Um pequeno fragmento de medula óssea intacta é retirado com uma agulha especial de biópsia de medula óssea e fatiado em seções finas que são examinadas ao microscópio. Ambos os tipos de amostras são geralmente retirados do osso do quadril (crista ilíaca), frequentemente durante um único procedimento.
O procedimento a ser realizado é denominado biópsia e aspiração da medula óssea. A aspiração da medula óssea consiste na inserção de uma agulha no osso da pelve para retirar uma pequena quantidade do líquido da medula óssea. Na biópsia, uma agulha maior é usada para remover uma pequena porção de osso e medula.
Análise e diagnóstico de diferentes doenças O exame de medula óssea é o procedimento realizado para o diagnóstico e acompanhamento de diferentes doenças, como casos de leucemias crônicas ou agudas, mieloma múltiplo, linfomas, anemias e distúrbios de plaquetas e leucócitos.