Se a Fiel do Segredo morre, todas as pessoas cientes da informação tornam-se Fieis do Segredo; isso infelizmente dilui o efeito extremamente. Mas, se todos os que conhecem o segredo morrerem o segredo morre com eles.
Quando se quer proteger uma casa de algum inimigo, um feitiço bastante eficaz é o fidelius, que era muito utilizado na época em que Você-Sabe-Quem esteve no poder na primeira e na segunda vez.
Palazzoli, M. S., Boscolo, L., Cechin, G., & Prata, G. (1988). Paradoja y contraparadoja: Un nuevo modelo en la terapia de la familia a transaccion esquizofrenica. Buenos Aires: Editorial Paidós. [ Links ]
Baker, A. J. L., Tabacoff, R., Tornusciolo, G., & Eisenstadt, M. (2003). Family secrecy: A comparative study of juvenile sex offenders and youth with conduct disorders. Family Process, 42(1), 105-116. [ Links ]
no adoecimento de um ou vários membros, em situações recorrentes de uso de drogas, violência doméstica e outras condições que impeçam ou detenham o desenvolvimento saudável desse grupo. Vulnerabilidade social é uma denominação utilizada para caracterizar famílias expostas a fatores de risco, sejam de natureza pessoal, social ou ambiental, que coadjuvam ou incrementam a probabilidade de seus membros virem a padecer de perturbações psicológicas. Tais riscos estão, em geral, associados a eventos de vida negativos, que potencializam e predispõem a resultados e processos disfuncionais de ordem física, social e/ou emocional. (Prati, Koller, & Couto, 2009, p. 404)
Eisner, E. W. (2003). On the art and science of qualitative research in psychology. In P. M. Camic, J. E. Rhodes, & L. Yardley (Eds.), Qualitative research in psychology: Expanding perspectives in methodology and design (pp. 17-29). Washington: American Psychological Association. [ Links ]
Papp, P. (1994). O caruncho no broto: Segredos entre pais e filhos. In E. Imber-Black (Eds.), Os segredos na família e na terapia familiar (pp. 76-93). Porto Alegre: Artes Médicas. [ Links ]
A relação estabelecida entre a família C. e os terapeutas foi adaptada ao funcionamento familiar, levando em consideração a idade das crianças e sua realidade sociocultural. O formato de equipe reflexiva utilizado diferenciou-se daquele proposto por Andersen (2002), uma vez que seus membros adotavam uma postura ativa ao longo de toda a seção, respondendo às iniciativas de aproximação das crianças, com o intuito de fortalecer sua confiança e o vínculo com o setting terapêutico.
O Feitiço Fidelius parece ser imune a Maldição Tabu, como a colocada no nome de Lord Voldemort após a queda do Ministério da Magia. Várias vezes, inconscientes do Tabu, Harry e Hermione disseram o nome de Voldemort sem o Feitiço Fidelius ser quebrado no Largo Grimmauld, nº12 ou mesmo os Comensais da Morte que parecem estar cientes de que o Tabu foi atravessada. Isto contrasta diretamente o resultado de Harry dizendo o nome, enquanto na tenda, que foi seguido imediatamente pelos encantamentos e feitiços colocados ali desaparecendo e uma equipe de sequestradores aparatou lá. O Feitiço Fidelius parece, portanto, não só para tornar aqueles que residem no local encantado como indetectável como a localização em si, mas não transmite informações que possam contrariar o feitiço (como falar um nome Tabu) fora da sua esfera de influência.Também é interessante notar que, quando Dumbledore morreu, Snape teria se tornado um Fiel do Segredo. Portanto, ele deveria ter teoricamente sido capaz de dizer aos Comensais da Morte a localização do Largo Grimmauld. No entanto, não foi até Hermione acidentalmente levar Yaxley para o lugar que os Comensais da Morte (possivelmente) descobri. Snape quer deve ter optado por não revelar o local por causa da sua lealdade secreta para com a Ordem, ou pode ter sido incapaz de revelar a localização por causa de um feitiço lançado por Alastor Moody. Nenhuma destas teorias são ideais, embora, desde que Voldemort teria provavelmente torturados ou mesmo matado, Snape tinha ele se recusou a revelar a localização
Voldemort conseguiu-o estuporando o tio Morfino Gaunt. Então, matou seu pai e toda sua família por vingança, e fez Morfino ser preso pelo crime. Riddle transformou-o em Horcrux utilizando a morte de seu avô bruxo, e usou o anel durante a vida escolar.
Discrepâncias entre o dito e o não dito, o verbal e o não verbal, passam a marcar os comportamentos familiares (Imber-Black, 2014). Aqueles que guardam o segredo, precisam tê-lo constantemente em mente para não correrem o risco de revelá-lo acidentalmente (Afifi & Caughlin, 2006). “Manter um segredo que vive e respira todos os dias em uma família – câncer, diabetes, alcoolismo, uso de drogas, morte iminente – requer as habilidades de um acrobata em uma corda bamba” (Imber-Black, 2014, p. 157). Assim, cria-se um cenário em que, embora o segredo esteja à vista de todos, não se pode falar sobre ele ou esclarecer suas implicações (Imber-Black, 2014).
Watzlawick, P., Beaum, J. H., & Jackson, D. D. (1967). Pragmática da comunicação humana. São Paulo: Cultrix 263. [ Links ]
Além das situações já mencionadas, outros segredos foram identificados no decorrer da terapia. Também morava na mesma casa outro neto de Luíza, Douglas, que já se encontrava na adolescência e que veio a apenas uma sessão por não se sentir confortável com as crianças. Certa vez, Douglas foi agredido por um grupo de meninos e Pedro, que viu tudo, foi coagido a não contar a ninguém o que aconteceu. Luíza decidiu que Douglas mudar-se-ia para a casa de uma de suas filhas, em uma cidade próxima, mas não contou às crianças, dizendo somente que ele havia ido visitar a tia. Pedro passou a se mostrar mais irritadiço e agressivo.
Os segredos, presentes na dinâmica familiar e, em diversos momentos, no próprio contexto terapêutico, mostraram-se relevantes para a forma como os membros relacionavam-se entre si e para seu desenvolvimento, em especial no que se refere ao comportamento das crianças. Mariana, Pedro, Daniela, Vinícius e Priscila, todos apresentavam diferentes comportamentos perante essa realidade: distanciamento, agressividade, medo do abandono. Os segredos mantidos por essa família, que vivia uma situação de vulnerabilidade social, mostraram-se como fatores de risco adicionais a todas as dificuldades enfrentadas. Os segredos minavam e obscureciam seus recursos, impedindo que contassem com o apoio uns dos outros e reforçando sentimentos de insegurança e isolamento.
Mason, M. J. (1994). Vergonha: Reservatório para os segredos na família. In E. Imber-Black (Ed.), Os segredos na família e na terapia familiar (pp. 40-56). Porto Alegre: Artes Médicas. [ Links ]
Assim, o segredo e o sintoma frequentemente mostram-se relacionados, podendo ser compreendidos de quatro maneiras. Primeiramente, como já abordado, o sintoma pode surgir por conta da constante manutenção do segredo, pois aqueles que o guardam tornam-se ansiosos pelo receio de que alguém o descubra, enquanto aqueles que não têm conhecimento do segredo tornam-se ansiosos por perceberem a tensão no sistema (Imber-Black, 1994). Uma segunda possibilidade consiste em o sintoma funcionar como metáfora de determinado segredo, “uma expressão simbólica de emoções poderosas conectadas a ele [o segredo]” (Imber-Black, 1994, p. 26). Uma terceira possibilidade é o sintoma (alcoolismo, Aids, transtornos mentais, etc.) ser mantido em segredo da família ou pela família – frequentemente por conta da vergonha e estigmatização inerentes ao sintoma –, o que compromete os recursos aos quais a família pode recorrer (Mason, 1994; Rassin, 2011). Por fim, o sintoma pode funcionar como distração para algum segredo insuportável, evitando que se fale sobre ele a qualquer custo (Imber-Black, 1994).
O feitiço Fidelius impede que alguém, exceto o Fiel do Segredo possa revelar o mesmo; as pessoas a quem ele conta o segredo são cúmplices dele, claro, mas não podem contar para mais ninguém.
Imber-Black, E. (2003). Women's secrets in therapy. In L. B. Silverstein & T. J. Goodrich (Eds.), Feminist family therapy: Empowerment in social context (pp. 189-198). Washington, DC: American Psychological Association. [ Links ]
Caça às Horcruxes e Morte Ao mesmo tempo, Dumbledore também desvendava mais os segredos desse bruxo das trevas. A suspeita de que Vodemort havia feito Horcruxes se fixou na mente de Dumbledore. Pois o diretor viu nisso uma maneira de enfraquecer as forças do bruxo das trevas.
A literatura demonstra que os segredos familiares podem ser classificados em diferentes categorias (Brown-Smith, 1998). Podem diferir, por exemplo, no que se refere à sua amplitude (quantidade de conteúdo que abrangem), sua duração, sua profundidade (referindo-se à intimidade envolta pela informação omitida) e sua valência. Neste sentido, podem ser positivos ou nocivos (Imber-Black, 1994). Os positivos são temporários, normalmente ligados a rituais, como a entrega de presentes ou os segredos mantidos pelos adolescentes para iniciar seu processo de individuação. Os segredos nocivos destroem a confiança nos relacionamentos, podendo criar sintomas no sistema familiar. Por fim, os segredos familiares devem ser compreendidos quanto às suas fronteiras (Brown-Smith, 1998), ou seja, podem ser compartilhados, quando todos os membros de uma família protegem uma informação daqueles que são vistos como não pertencentes ao sistema; internos, quando o segredo é mantido por um subsistema; e individuais, quando uma única pessoa omite um conteúdo dos demais membros da família.
Brown-Smith, N. (1998). Family secrets. Journal of Family Issues, 19(1), 20-42. [ Links ]
•No caso do Largo Grimmauld: Dumbledore era o fiel do segredo, e com a sua morte, todos que sabiam a localização da casa também se tornam fiéis do segredo, portanto, a casa fica mais vulnerável a ser descoberta por indesejáveis.