Conservam e restauram florestas e recursos naturais Eles adaptaram seus estilos de vida para se adequar e respeitar seus ambientes. Nas montanhas, os sistemas de manejo da paisagem dos povos indígenas preservam o solo, reduzem a erosão, conservam a água e diminuem o risco de desastres.
A tecnologia do uso do fogo para queimadas é paralela à grande habilidade e tecnologia utilizada pelos indígenas nos processos de fazer fogo, seja por fricção ou por percussão, de grande eficácia e capazes de serem improvisados (Cooper, 1987).
Segundo o Mito, o fogo foi criado pela ação de Mavutsinin, um herói criador, que teve como grande função o desenvolvimento desse importante elemento, modificador da realidade dos indivíduos.
No mito Kaiapó-Gorotire da origem do fogo, um homem é abandonado pelo cunhado no alto de uma rocha porque foram juntos apanhar ninhos de arara, e quando o que subiu atira os ovos ao de baixo, estes se transformam em pedras. O que fica preso passa sede e fome, até ser salvo por uma onça pintada (macho).
Há um mito de origem chave nesse repertório que explica como uma Anaconda-ancestral penetrou o universo/casa através da "porta da água" no leste e subiu os rios Negro e Uaupés com os ancestrais de toda humanidade dentro de seu corpo.
Então, Begorotire, o homem chuva, desceu do céu para ensinar-lhes a produzir fogo com dois pedaços de madeira: uma, segura com o pé, onde deveria haver um orifício; a outra, encaixada na primeira, giraria entre as mãos, até o fogo surgir. Neste dia voltou a alegria entre os índios Caiapós.
Os caiapós furam o lóbulo das orelhas dos filhos a fim de ampliar simbolicamente a capacidade que tem o bebê de entender a língua e a dimensão social da vida. Quando querem chamar alguém de “estúpido”, dizem que fulano “não tem buraco na orelha”. Os meninos, tímidos, observam enquanto descarregamos a bagagem.
Os Kayapó vivem em aldeias dispersas ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e de outros afluentes do caudaloso rio Xingu, desenhando no Brasil Central um território quase tão grande quanto a Áustria.
Os Kayapó vivem em terras indígenas localizadas do sul do estado do Pará, ao norte do estado do Mato Grosso. Estão espalhados por diversas aldeias ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e de outros afluentes do caudaloso rio Xingu.
O Kuarup é uma festa para celebrar a memória dos mortos
Cinzas dos mortos eram comidas com mingau Devido à influência dos missionários, hoje os seus mortos são sepultados em cemitérios indígenas, porém, antigamente, era costume cremar os falecidos e depois comer as cinzas com uma espécie de mingau, para que o morto pudesse sempre continuar entre eles.
Ritual do Kuarup no Parque do Xingu reúne povos indígenas em homenagem a seus ancestrais. Ao celebrar a passagem do espírito dos que partiram para a aldeia dos mortos, o ritual do Kuarup marca o fim de um período de um ano de luto e celebra a memória daqueles que morreram.
O Quarup é um ritual de homenagem aos mortos ilustres celebrado pelos povos indígenas da região do Xingu, no Brasil. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiurgo e primeiro homem do mundo da sua mitologia.