O comunismo como ideologia de Estado não tem mais peso na Rússia – é oficial. “Não será estabelecida nenhuma ideologia estatal ou obrigatória”, lê-se na Constituição Russa de 1993. Trata-se de uma diferença substancial em comparação com as constituições da era soviética, que enfatizavam que o Partido Comunista era “o líder e a força motriz da sociedade soviética e o núcleo de seu sistema político”.
Desde o final do século XIX, os pensadores e ativistas marxistas se organizavam por meio de organizações clandestinas, nucleadas pelo Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR). Dentro do partido, havia duas facções distintas, que diferiam em suas ideias sobre como conduzir a revolução socialista.
Nem econômica, nem militarmente a Rússia estava preparada para entrar na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Sua participação no conflito, portanto, foi uma sucessão de desastres, com números imensos de mortos e feridos. Além disso, a própria posição política do país na guerra era paradoxal: a Rússia aliou-se aos regimes democráticos da França e da Inglaterra, combatendo os Impérios centrais da Alemanha e da Áustria-Hungria (mais a Turquia).
2) Os bolcheviques (que significa "maioria"), que defendiam a revolução imediata, com a implantação de uma ditadura do proletariado, conduzida por um partido operário-camponês, adaptando o pensamento marxista à realidade local.
Entre os grupos de esquerda, destacou-se - por seu papel histórico - o Partido Social-Democrata, de orientação marxista. Este, porém, como em geral tem acontecido às agremiações marxistas, já surgiu praticamente dividido em dois grupos:
Inicialmente, a revolução era composta por diferentes setores da sociedade russa que se opunham ao regime czarista: a elite intelectual liberal, as classes médias profissionais, a classe trabalhadora e o campesinato, que constituíam a maioria da população. Entretanto, as facções menchevique e bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), cujo poder estava baseado no setor dos trabalhadores, acabaram liderando a revolução.
Mas nem todos compartilham dessa nostalgia. “Na cultura soviética, o futuro comunista existia ‘aqui e agora’, juntamente com a escassez de bens, a repressão e a crise imobiliária”, disse, em uma conferência, o historiador cultural Iliá Veniakin.
O finaciamento dos bolcheviques pelos capitalistas denota a hipocrisia da política e das relações humanas. Cinismo contra cinismo: "Tenho dinheiro suficiente para me dar ao luxo de sustentar até mesmo meus inimigos", declarava um dos maiores capitalistas do país, em pleno governo Kerensky. "Eu pegaria o dinheiro do Diabo, se preciso, para servir à revolução", declarava, com a mesma desfaçatez, o líder bolchevique Vladimir Ilitch Ulianov, que passou à história com seu nome de guerra: Lênin.
Em primeiro lugar, a oposição ainda era enorme. Em segundo lugar, ao lado dos bolcheviques estavam outros grupos de esquerda, como os socialistas revolucionários e os anarquistas, que não estavam dispostos a concordar com eles em tudo. Em terceiro lugar, a desordem era generalizada no país.
Para acabar com os protestos, o governo czarista promulgou uma Constituição e criou a Duma: um parlamento com representantes que tinham o poder de estabelecer determinadas medidas econômicas e sociais. No entanto, dois anos depois, os artigos mais liberais da Constituição foram revogados e, na prática, o poder do Parlamento foi severamente limitado.
Antes disso, porém, Kerensky conseguia se equilibrar no poder. Conseguiu, inclusive, em setembro, frustrar um golpe de direita do general Lavr Kornilóv. Mas, para isso, precisou pedir auxílio aos bolcheviques (o que não deixa de ser uma demonstração de sua fraqueza). Kerensky foi perdendo terreno ao insistir na guerra, ao negar-se a promover uma reforma agrária e a adiar as eleições para uma Assembleia Constituinte que estabelecesse o arcabouço legal do novo país.
Desde o início do século XX, a maioria da população manifestava sua insatisfação com o governo russo. Os camponeses exigiam uma reforma agrária que beneficiasse os produtores rurais. Os trabalhadores, por outro lado, exigiam melhores salários e condições de trabalho. Por sua vez, a população descontente foi influenciada por três grupos que se opunham ao governo czarista:
Em geral, na Rússia, não há muita empenho quando se trata de se livrar do passado comunista. Por exemplo, ainda existem mais de 5.400 estátuas de Lênin no país. Entretanto, especialistas políticos, historiadores e muitos cidadãos comuns têm a certeza de que, independentemente de quão nostálgicos seus compatriotas sejam sobre a URSS, é muito improvável que as ideias comunistas prevaleçam.
Esse sonho soviético, porém, jamais se concretizou. “O projeto comunista perdeu em sua rivalidade econômica contra os Estados ocidentais. Houve uma grande decepção e o comunismo ficou para trás na Rússia”, concluiu Veniakin.
Em decorrência disso, foi criado um movimento geral contra o governo do czar que incorporou diferentes setores da sociedade: camponeses, trabalhadores, intelectuais, liberais, grupos minoritários étnicos e setores das forças armadas.
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Conforme relata um historiador trotsquista, Isaac Deutscher, foram necessários sete tentativas de conter a festa, uma vez que só a sétima guarnição destacada para a tarefa conseguiu executá-la - as seis anteriores confraternizaram com o inimigo.
Diferentes setores se uniram em oposição aos bolcheviques: anticomunistas, monarquistas, nacionalistas e liberais. Essa associação contrarrevolucionária recebeu o nome de Movimento Branco e formou um exército que lutou contra a imposição do comunismo. A Guerra Civil Russa durou até que, em 1923, o Exército Vermelho bolchevique finalmente derrotou os contrarrevolucionários e fundou definitivamente a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Há uma piada sobre a URSS que diz: “Quando eu era pioneiro [um análogo soviético dos escoteiros], eles me diziam que a vida no futuro seria maravilhosa. Agora eles me dizem que a vida era maravilhosa quando eu era pioneiro”.
Contudo, por trás do caos aparente, aproveitando-se dele, as elites industriais e financeiras procuravam se impor. Dominando o mercado e estabelecendo preços, estavam se lixando para a miséria das massas. Financiavam o Governo provisório, mas não deixavam de ajudar também a seus próprios opositores mais radicais - os bolcheviques - de modo a salvaguardar-se caso estes últimos conseguissem triunfar (muitos capitalistas, por sinal, conseguiram salvo conduto para deixar o país quando isso aconteceu).
A centralização e a burocracia tiveram impacto no sistema econômico soviético, que tinha como base a ideia do teórico do comunismo Karl Marx (1818-1883) de socializar os meios de produção, distribuição e intercâmbio. ... No final dos anos 1980, o PIB soviético era apenas a metade do americano.
Nesse período, os problemas gerados pela burocratização do governo soviético foram piorando a situação social, política e econômica do país. O fechamento do país para as nações não-socialistas forçou a União Soviética a sofrer um processo de atraso econômico que deixou a indústria soviética em situação de atraso.
Os sinais de esgotamento econômico começaram a aparecer e isso se tornou evidente com a divulgação de problemas graves, como a falta de alimentos. A partir daí, seguiram-se uma série de estratégias erradas que só piorariam sua situação. Logo depois, a União Soviética invadiria o Afeganistão, aumentando a crise.
Resposta: Explicação: Esse desenvolvimento militar não foi, entretanto, acompanhado pela indústria de consumo civil, que na década de 70 se viu ultrapassada em qualidade e oferta pelos produtos do mundo capitalista ocidental.
Falta de inovação tecnológica e baixa produtividade das atividades agropecuárias. Ineficiência do setor público e atraso tecnológico para a produção de bens e serviços. Início do colapso do regime soviético. programa de mudanças políticas e econômicas para modernizar o Estado soviético.
A década de 1970 demonstrou ao mundo que a União Soviética já não era mais a grande rival dos Estados Unidos, sua capacidade já havia sido reduzida consideravelmente. Os sinais de esgotamento econômico começaram a aparecer e isso se tornou evidente com a divulgação de problemas graves, como a falta de alimentos.
Já a União Soviética tornou-se potencia grande parte devido aa revolução Russa no final os Bolchevisquis conquistarão o poder e começou a anexar territórios aos seus propósitos socialistas tornando-se a maior território do planeta com cerca de 22 milhões de km quadrados ,logo começou a investir em armamento bélico e ...
Os Estados Unidos se tornou a maior potência mundial porque teve um cenário favorável para tal e também porque conseguiu ver oportunidades para se destacar e aprimorar sua economia. Desde muitos anos, o país tomou medidas para crescer e se posicionar como um país de peso no cenário internacional.
foi uma nação que existiu entre 1922 e 1991. A União Soviética surgiu como resultado direto da Revolução Russa, que aconteceu em 1917 e transformou a Rússia em uma nação socialista. As transformações nesse levaram à sua unificação com outras repúblicas soviéticas no começo da década de 1920.
O nascimento da maior potência mundial, os Estados Unidos, ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. As grandes nações da Europa ocidental encontravam-se enfraquecidas economicamente, industrialmente e politicamente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pois o conflito devastou diversos países.