Após anos de enriquecimento para uns e de exploração para outros, o sistema colonial chegou ao fim. Esse fenômeno aconteceu gradativamente em todas as colônias da América, incluindo o Brasil. As causas foram várias, mas a mentalidade iluminista, as contradições econômicas e as revoltas locais foram as principais. Confira este resumo sobre o que foi a crise no sistema colonial e como tudo isso se relaciona!
À luz dos conceitos emitidos anteriormente, a propósito do capitalismo comercial como etapa intermediária entre o desmantelamento do feudalismo e a Revolução Industrial, o sistema colonial moderno se caracteriza por sua atuação sobre os dois pré-requisitos básicos da passagem para o capitalismo industrial. A exploração colonial ultramarina fomentou, de um lado, a primitiva acumulação capitalista por parte da camada empresarial; e, do outro, alargou o mercado consumidor de manufaturados.
O primeiro aspecto começou a se manifestar desde a Restauração (1640) e se agravou com a concorrência do açúcar antilhano; o segundo principiou a se definir com a mineração, que ampliou o poder aquisitivo e a capacidade de consumo da população colonial. Na verdade, com o ''grande ciclo do ouro'', o Brasil passou de mercado apenas produtor a mercado produtor e consumidor. As rendas que a Metrópole auferia da exploração colonial provinham principalmente de três fontes:
Eles vieram da metrópole (sede do governo), então os novos territórios foram chamados de colônias. As colônias subordinavam-se às regras da metrópole que muitas vezes eram abusivas, justamente por serem vistas apenas como área de exploração.
A Crise do Sistema Colonial é o período histórico em que o modelo tradicional de exploração da colônia pela metrópole chega ao fim. Esse modelo existiu por muitos anos e foi experimentado por diferentes continentes. Além disso, essa forma de administração regia todas as esferas da sociedade e das atividades humanas. Por isso, sua queda foi muito marcante, mudando toda a dinâmica mundial.
Após a Restauração, no entanto, Portugal reformou sua orientação anterior, adotando uma severa política monopolista em relação ao Brasil. Inicialmente, impuseram-se rigorosas penas àqueles que facilitassem a presença e o comércio de navios alienígenas em território colonial. Depois, em 1665, proibiu-se a produção de sal, reservando-se a importação do produto exclusivamente a determinados comerciantes (a proibição tornou-se conhecida como "estanco do sal"). Essas medidas - aliadas à criação das Companhias Privilegiadas de Comércio e às restrições impostas à produção de aguardentes, ao cultivo da oliveira e da vinha - indicavam que Portugal, abandonando a tolerância do passado, procurava implantar um regime de interdições e monopólios destinado a fazer do Brasil um simples apêndice de uma Metrópole enfraquecida.
A Metrópole onerava a produção colonial pelas taxas impostas ao açúcar, que se refletiam negativamente em seu preço, dificultando a concorrência; pela invasão total da área das atividades privadas, como no caso do ouro; pela pesada tributação que lançava sobre as importações. Esta última, em particular, pesava sobre toda a população consumidora. Mais uma vez, a Metrópole descarregava o ônus de suas crises na população colonial (atitude peculiar ao domínio econômico que caracteriza o colonialismo).
Foi nesse primeiro tempo do Brasil Colônia que surgiu a figura dos senhores de engenho, os donos de grandes propriedades de terra (também conhecidos como latifúndios). Esses senhores, munidos com a fertilidade da terra, a mão de obra escrava e a monocultura da cana-de-açúcar, transformaram-se na principal elite econômica, social e política da época.
No início do século XVI, o Império Português estava voltado para o comércio com as Índias, porém, após a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, essa atividade entrou em declínio.
Com o surgimento das novas ideias, assim como transformações econômicas e sociais e o desenvolvimento da colônia, a população colonial começou a ter um sentimento de emancipação que deu origem à crise no sistema colonial.
A Coroa Portuguesa passou pela União Ibérica, lutou contra a presença holandesa, houve o declínio da produção do açúcar e as pressões da Inglaterra para pagar a dívida. O cenário era de caos político e econômico.
A independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa estimularam os anseios de libertação coloniais. A ideologia preconizada por tais movimentos libertadores encontrou ressonância nas camadas menos favorecidas do Brasil-Colônia. Esses reflexos do pensamento liberal iluminista se transformariam abertamente nas formulações libertárias dos inconfidentes mineiros e baianos.
Em consequência, a estrutura escravista da economia colonial, embora resultante de um empreendimento voltado à expansão comercial, limitava, na prática, o crescimento da economia de mercado.
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No Brasil, a crise do sistema colonial foi marcada por contestações e aspirações de liberdade do povo brasileiro. Portugal, devido à União Ibérica, a luta contra a presença holandesa no território colonial, assim como o declínio da produção de açúcar, entrou em crise financeira e econômica.
As Revoltas do Período Colonial Brasileiro se dividiram entre interesses nativistas e interesses separatistas. ... O Brasil foi colonizado por Portugal a partir de 1500, mas a efetiva exploração do território não começou no mesmo ano.
Resposta. A união Ibérica que estabeleceu o domínio da Espanha sobre Portugal e suas colônias. Isso fez com que os espanhóis tirassem os Holandeses da atividade açucareira do Brasil expulsando-os do Nordeste Brasileiro. Após serem expulsos os Holandeses passaram a produzir açúcar em suas colônias.
A crise do açúcar reduziu drasticamente os lucros dos senhores de engenho do Nordeste e também diminuiu a arrecadação de impostos, provocando uma crise financeira em Portugal. A coroa portuguesa rapidamente agiu em busca de uma nova forma de exploração colonial.
Senhor de engenho seria um dono de plantacoes de cana, q produzia cchaça, açucar, etc. na epoca da escravidao. Alguns engenhos cntinuam em producao no nordeste do brasil. ... Eram os locais destinados à fabricação de açúcar, propriamente a moenda, a casa das caldeiras e a casa de purgar.
Resposta: Porque naquele período a produção de açúcar era uma das mais importantes, então, como os senhores de engenho eram quem comandava essas produções, eles ocupavam os cargos mais altos, sendo assim, possuíam mais poder.
Resposta. Resposta: Tal afirmação do autor remete ao processo laboral do universo do engenho pautado na relação laboral dos escravos e da participação do senhor. De maneira simples, "as mãos e pés" remetem ao trabalho braçal realizado naquele engenho.
42 "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda." ... (B) O ideal de sociedade colonial, segundo os inacianos, era o de uma sociedade de missões, o que explica a crítica do jesuíta Antonil à escravidão.
Resposta: Os escravos eram tratados pelos seus senhores de maneira desumana: não havia nenhum tipo de direito para os escravos, eles trabalhavam por muitas horas durante o dia e sob péssimas condições; não possuíam cuidados médicos e viviam amontoados nas senzalas.
Existiam os escravos prestadores de serviço, isto é, os escravos de ganho, carpinteiros, barbeiros, sapateiros, alfaiates, ferreiros, marceneiros, entre outros.
Os escravos faziam absolutamente de tudo em se tratando de trabalho; desde o trabalho braçal no campo até o trabalho braçal e oneroso nas cidades, como em oficinas, nas vendas, nos comércios, etc. Todo trabalho que fosse "pesado" ou oneroso era realizado por escravos.
12 a 15 horas
Os escravos negros trabalhavam nas plantações de açúcar. Se não trabalhassem, recebiam dos brancos castigos terríveis, surras com chicotes e torturas com instrumentos de ferro. A escravidão durou três séculos, de 1550 até 1888. Foram 300 anos de muita injustiça.