Mas a concepção de infância vai sendo mudada conforme a sociedade passa a vê-la com um olhar mais centrado de que esta é um indivíduo que pertence à sociedade, que está inserido em sua cultura e dela aprende, tem "voz", ou seja, tem sua forma de vivê-la, e por esta é influenciada e a esta também influencia.
Na Modernidade, a criança finalmente deixa de ser inerte dentro da sociedade e sai do anonimato. No século 17, com o iluminismo, surge a primeira concepção de infância. O adulto passa a dar mais atenção para essa fase da vida e a tratá-la com mais cuidado. ... Isto porque não havia lugar para as crianças nesta sociedade.
A concepção de infância no contexto contemporâneo europeu constituiu-se a base da pedagogia dos educadores Pestalozzi e Froebel, ambos defendiam uma educação no sentido de formar indivíduos socialmente adaptados a realidade social, de modo a exercer suas funções para o pleno desenvolvimento do sistema capitalista, ...
As crianças contemporâneas, nascidas com a vida de consumo, parecem desenvolver o potencial adaptativo às condições de um mundo em acelerado movimento, ajustando-se às demandas de aprendizagem e incorporando as invenções tecnológicas, que se sucedem continuamente, às suas interações.
Surgiu como uma instituição assistencial que vinha com objetivo de suprir as necessidades da criança e de ocupar, em muitos aspectos o lugar da família. As creches são produto da revolução industrial. ... Em 1988, a Constituição define creche/pré-escola como direito de família e dever do Estado em oferecer esse serviço.
O RCNEI é um documento que foi elaborado pelo Ministério da Educação em 1998 com o objetivo de auxiliar o professor de educação infantil no trabalho educativo diário junto às crianças pequenas, servindo de base para as discussões entre profissionais da área em todo o país, não sendo, entretanto, de uso obrigatório.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1998.
É o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, ou seja, um conjunto de reflexões de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os educadores que atuam diretamente com crianças de 0 a 6 anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira.