O frevo é uma das mais fortes expressões do Carnaval Pernambucano, principalmente em Recife e Olinda, onde as ruas são tomadas por um mar de gente alegre e o ritmo que predomina é o compasso ligeiro e marcado dos instrumentos com som mais metálico característico. Vestimentas coloridas e uma sombrinha fazem parte do figurino.
Essa manifestação cultural se caracteriza por uma marchinha acelerada que incorpora elementos de outras danças folclóricas e se harmoniza com instrumentos de sopro e percussão. Esses e outros aspectos a tornam uma manifestação bastante marcante para aqueles que conhecem, de modo que algumas características se sobressaem ao se referir a ela:
Existiam os amantes do frevo ortodoxo que eram ligados a clubes carnavalescos tradicionais como o Vassourinhas, e que incorporaram o frevo-canção sob forma de marcha-regresso, um frevo lamentoso cantado nas madrugadas pelos passistas cansados quando voltavam para casa, como o belíssimo: "Se essa rua fosse minha / eu mandava ladrilhar / com pedrinhas de brilhante / para o meu amor passar...".
Não existe uma vestimenta específica para dançar o frevo, embora haja peças típicas atreladas a seu folclore, como saiote, sombrinha e adorno na cabeça. Contudo, percebe-se que o desenvolvimento dessa manifestação estabeleceu um padrão envolvendo a presença de cores, tecidos e brilhos na indumentária.
Dois anos antes, ainda com o codinome de "marcha nortista", saía do forno o pioneiro "Não Puxa Maroca" (Nelson Ferreira) pela orquestra Victor Brasileira comandada por Pixinguinha.
Sua origem vem das serenatas no início do presente século. Sua orquestra é composta de Pau e Corda: violões, banjos, cavaquinhos, bandolins, violinos, além de instrumento de sopro e percussão. Nas últimas três décadas observou-se a introdução de clarinete, seguida da parte coral integrada por mulheres. É chamado pelos compositores mais tradicionais de "marcha de bloco". Frevos de bloco famosos: Valores do Passado de Edgar Moraes, Marcha da Folia de Raul Moraes, Relembrando o Passado de João Santiago, Saudade dos Irmãos Valença, entre outros.
O estilo que está mais relacionado com as músicas de quadrilha é a música instrumental caipira. Os principais instrumentos que fazem parte da música da quadrilha tradicional são a viola, o violão, a sanfona, o triângulo e a zabumba. Atualmente, estilos como o forró e o baião têm grande destaque nas festas juninas.
"Engana povo" é o nome de outro passo comum do frevo. Esse é muito fácil: basta alternar os pés em movimento de ponta com os joelhos sempre voltados para dentro.
O Clube Vassourinhas levara consigo 'uma fração da Banda da Polícia Militar de Pernambuco, composta de 65 músicos sob a regência do tenente João Cícero', a fim de acompanhar todas as suas apresentações. Para isso foi confeccionado um riquíssimo estandarte, no qual foram utilizados fios de ouro e pedrarias, que veio a ser presenteado pelo Governo do Estado. Em pouco tempo reuniu-se grande número de associados que deveriam apresentar-se nos seus cordões, ostentando suas ricas fantasias e destaques nas ruas do Rio de Janeiro durante aquele carnaval.
Com o seu rico estandarte alçado ao vento, morcegos abrindo a multidão, formando alas em torno dos porta-estandartes, balizas puxando os cordões, damas de frente e fantasias de destaque, diretoria vestida a rigor, ganhou às ruas. Tudo sob o acompanhamento daquela fanfarra de 65 músicos, o maior conjunto de metais já visto na Bahia até então. Com seus metais em brasa, a banda militar que por tantas noites ensaiara sob a batuta de João Cícero, em pleno leito da Rua das Calçadas no bairro recifense de São José, estava ali pondo fogo nas ruas da capital baiana e fazendo a história da música popular brasileira. Ao ingressar na Avenida Sete, ao som de sua Marcha nº. 1, composta em 1909 por Joana Batista e Matias da Rocha e conhecida nacionalmente como o Frevo dos Vassourinhas, a turba que acompanhava o clube tomou-se de delírio.
Ao dançar, os passistas mostram verdadeiras acrobacias. E ao todo, já se catalogou mais de 120 passos desta dança. Basicamente, os passos do frevo são dobradiça, tesoura, locomotiva, ferrolho, parafuso, pontilhado, ponta de pé e calcanhar, Saci-Pererê, abanando, caindo-nas-molas e pernada.
Entre esses clubes, destacam-se os Caiadores, Vassourinhas, Canna Verde, Clube das Pás de Carvão, etc., que trazem entre seus associados, trabalhadores assalariados, pequenos comerciantes, capoeiras, vendedores ambulantes, prostitutas, entre outros grupos sociais.
A sombrinha de frevo é um signo visual poderoso e demarca de forma eficiente uma parcela da identidade cultural do Recife e de Olinda. Evoca memórias e representa, como objeto, a escolha do frevo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Inicialmente só dois instrumentos, a guitarra baiana e o violão elétrico, passando no ano seguinte para três com a inclusão do violão tenor, o triolim, surgindo assim o trio elétrico que veio a se tornar uma verdadeira revolução no carnaval brasileiro. Ou como melhor explicou Morais Moreira, no carnaval de 1980, nas estrofes do seu Vassourinha Elétrica.
A fogueira, característica das festas de São João, tem seu fundamento na história do nascimento de João Batista. A fogueira era um sinal de Santa Isabel, mãe de São João, para Maria, mãe de Jesus. ... — Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu.
A festa junina é uma tradicional festividade popular no Brasil que acontece todo mês de junho e foi trazida para nosso país pelos portugueses durante a colonização. ... Inicialmente, a festa possuía uma conotação estritamente religiosa e era realizada em homenagem a santos como São João e Santo Antônio.
Todos os acontecimentos da noite de São João têm origem, segundo a interpretação popular, na mensagem bíblica. A fogueira, por exemplo, está relacionada à amizade de Nossa Senhora com Santa Isabel. Conta-se que Santa Isabel era prima e muito amiga de Maria, Mãe de Jesus, e, por isso, costumava visita-la.
Um ministro labareda de fogo é aquele que nega-se a si mesmo em prol de abençoar outras vidas. É aquele que busca estar antenado e sensível a voz e o agir do Espírito de Deus. É aquele que abre a boca e profere bênçãos e palavras de vitórias.