Para Durkheim, os laços que unem os indivíduos à sociedade são designados pelo termo solidariedade. Com base nessa noção, ele caracteriza duas formas de organização social: sociedades tradicionais (pré-capitalistas) e modernas (capitalistas).
É importante lembrar que a solidariedade não deve ser vista como uma obrigação, mas sim como uma escolha livre e voluntária de cada pessoa. Quando agimos com solidariedade, estamos contribuindo para a construção de um mundo mais justo, fraterno e compassivo, onde as diferenças são respeitadas e as pessoas se unem em prol de objetivos comuns.
A solidariedade é uma resposta humana à injustiça, à pobreza, à exclusão social e a outras formas de sofrimento e necessidade. Ela é um elemento fundamental para o funcionamento de uma sociedade justa e equitativa, pois ajuda a promover a igualdade de oportunidades e a reduzir as desigualdades sociais.
O contexto da solidariedade orgânica é o que caracteriza a sociedade capitalista, pois há uma ampla divisão de tarefas e funções, o que leva a uma grande interdependência entre os indivíduos, em termos econômicos e tecnológicos, mas, acima de tudo, moral.
A solidariedade é uma atitude essencial para a construção de uma sociedade mais justa e humana. Ela se manifesta de diversas formas, desde ações simples e cotidianas até grandes movimentos de ajuda e apoio a pessoas em situações de vulnerabilidade.
Ao praticar a solidariedade, as pessoas são capazes de estabelecer vínculos de cooperação, colaboração e empatia, criando um ambiente mais acolhedor e propício para o bem-estar de todos. Além disso, a solidariedade traz benefícios tanto para aqueles que ajudam quanto para aqueles que são ajudados, contribuindo para o fortalecimento das relações sociais e para a promoção do desenvolvimento pessoal e coletivo.
Se estiver se referindo a nosso sociedade capitalista, sim. Mas existem tribos que vivem uma solidariedade mecânica, como por exemplo, grupos indígenas brasileiros do Xingu.
Em resumo, a solidariedade é um valor humano que se baseia na empatia e na compaixão pelos outros, e que contribui para a construção de uma sociedade mais justa, equitativa e solidária.
Na solidariedade orgânica, ainda segundo Aron, ocorre um enfraquecimento das reações coletivas contra a violação das proibições e, sobretudo, uma margem maior na interpretação individual dos imperativos sociais. Na solidariedade orgânica ocorre um processo de individualização dos membros dessa sociedade, os quais assumem funções específicas dentro dessa divisão do trabalho social. Cada pessoa é uma peça de uma grande engrenagem, na qual cada um tem sua função e é esta última que marca seu lugar na sociedade. A consciência coletiva tem seu poder de influência reduzido, criando-se condições de sociabilidade bem diferentes daquelas vistas na solidariedade mecânica, havendo espaço para o desenvolvimento de personalidades. Os indivíduos se unem não porque se sentem semelhantes ou porque haja consenso, mas sim porque são interdependentes dentro da esfera social.
Dentro do processo histórico, a solidariedade mecânica se reduz. Isso abre espaço para uma nova forma de organização e coesão social com base na solidariedade orgânica, na qual a especialização do trabalho se intensifica e provoca o enfraquecimento da consciência coletiva.
Dessa forma, a divisão do trabalho social, que separa os grupos sociais existentes, trabalhadores e proprietários, assegurada pela necessidade de produzir, estabelece, ao mesmo tempo, as funções de cada um, gerando uma interdependência distinta daquela existente nas sociedades de solidariedade mecânica.
Desenvolver a solidariedade requer um esforço consciente para cultivar hábitos de generosidade e empatia, e estar disposto a contribuir para a construção de um mundo mais justo e fraterno.
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Se pensarmos no nível macro, acredito que as sociedades tendem a se complexarem cada vez mais, isso devido a própria capacidade do ser humano. Por tanto, uma sociedade com solidariedade mecânica tende, mas não necessariamente, ir rumo a uma sociedade de solidariedade orgânica. Já o contrário, penso que apenas em escala micro, isso quando um grupo (como já ocorre) cansado do modelo de sociedade atual, abandona a cidade e criam comunidades de solidariedade mecânica, como muitos jovens fizeram na década de 70.
Lembre-se que a solidariedade é uma atitude que deve ser praticada de forma voluntária e genuína, sem esperar nada em troca. Quando as pessoas se unem em solidariedade, elas podem criar um mundo mais justo e humano.
Sou professor de História, mas a cada dia que passa estou mais convencido da importância do diálogo interdisciplinar, claro, sempre levando em consideração as possibilidades e os interditos próprios decada disciplina. Fico feliz quando encontramos espaços como estes que engrndece e expande o nosso vocabulário conceitual. Parabéns.
Assim, podemos afirmar que a solidariedade social para Durkheim se daria pela consciência coletiva, pois essa seria responsável pela coesão (ligação) entre as pessoas. Contudo, a solidez, o tamanho ou a intensidade dessa consciência coletiva é que iria medir a ligação entre os indivíduos, variando segundo o modelo de organização social de cada sociedade. Nas sociedades de organização mais simples predominaria um tipo de solidariedade diferente daquela existente em sociedades mais complexas, uma vez que a consciência coletiva se daria também de forma diferente em cada situação. Para compreendermos melhor, basta uma simples comparação entre sociedades indígenas do interior do Brasil com sociedades industrializadas como as das regiões metropolitanas das principais capitais. O sentimento de pertencimento e de semelhança é muito maior entre os índios ao redor de um lago quando pescam do que entre os passageiros no metrô de São Paulo ao irem para o trabalho pela manhã. Dessa forma, segundo Durkheim, poderíamos perceber dois tipos de solidariedade social, uma do tipo mecânica e outra orgânica.
Em resumo, a solidariedade traz muitos benefícios para as pessoas e para a sociedade como um todo, contribuindo para a promoção do bem-estar, o fortalecimento dos laços sociais, a redução das desigualdades e a construção de uma sociedade mais justa e pacífica.
Para ele, a solidariedade mecânica é fundamentada nas tradições, nos hábitos e na moral; características muito presentes em sociedades pré-capitalistas. ... Já a solidariedade orgânica é baseada na interdependência gerada pela especialização do trabalho no modo de produção capitalista.
Resposta. Explicação: Ela Chegou à conclusão de que os laços que prenderiam os indivíduos uns aos outros nas mais diferentes sociedades seriam dados pela solidariedade social, sem a qual não haveria uma vida social, sendo esta solidariedade do tipo mecânica ou orgânica.
A Solidariedade orgânica acontece devido aos laços de interdependência econômica e profissional, já a solidariedade mecânica ocorre devido a laços afetivos que mantem pessoas unidas na sociedade simples.
O vínculo social é estabelecido nas relações entre os indivíduos, de forma contínua e integrada. E, por estarem em constante vinculação, as pessoas poderão estar sempre criando, estabelecendo e reparando vínculos prévios com novos vínculos.
Para Durkheim, esse movimento de coesão se chamará solidariedade, pensando em como as partes do social colaboram para a produção do trabalho. As sociedades tradicionais teriam uma solidariedade mecânica, e as sociedades modernas uma solidariedade orgânica.
É através da socialização que o indivíduo é capaz de desenvolver a sua personalidade e ser admitido ou inserido na sociedade, se integrando no grupo em que nasceu adquirindo seus valores e hábitos que lhe dão e formam suas características.
A socialização é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo, pois desde a infância é a partir do contato com o seu meio social que o indivíduo poderá desenvolver suas habilidades e obter conceitos de regras e ética.
A socialização na escola tem um importante papel na formação individual de cada aluno. O ambiente escolar é um cenário vivo de interações de trocas explícitas de ideias, valores e interesses diferentes. ... Essas práticas podem ajudar na observação de como se dá a socialização entre os alunos e na contenção de distúrbios.
A interação social entre crianças e entre crianças e adultos/educadores, promove a troca de experiências e conhecimentos entre membros mais experientes e outros menos experientes da cultura em questão. ... A figura do educador nesse ambiente de interações ocupa um papel fundamental na promoção dessas interações sociais.
A interação é essencial para aprendermos a lidar com o mundo, por isso, a socialização na Educação Infantil é primordial para que a criança interaja em um ambiente diferente do familiar. ... A forma com que as crianças lidam com as regras e os limites varia durante o processo de desenvolvimento.
A socialização infantil é um dos primeiros processos de aprendizado ao qual a criança é exposta, considerando que durante os primeiros anos de vida a interação com outros indivíduos se torna o seu contato inicial com a sociedade e com seus mecanismos de convívio.