A broca-da-cana (Diatraea saccharalis) é uma praga de ampla ocorrência no Brasil podendo ser encontrada atacando cana-de-açúcar e milho. Porém, a sua incidência e danos são maiores nos canaviais. Tanto a produtividade quanto a qualidade de colmos para a indústria são afetados pela praga.
A equipe técnica pode orientar sobre a interação dos dois tipos de controle – químico e biológico – identificando o melhor momento e a forma de aplicação, com o objetivo de potencializar resultados.
O uso de plantas transgênicas tem como principal vantagem a proteção do cultivo contra a broca-da-cana, ou seja, haverá redução da aplicação de inseticidas, herbicidas, biológicos, garantia de controle e menor custo de produção.
Recomenda-se que os produtores apliquem produtos químicos juntamente com o biológico na época úmida e biológico na seca, mas lembre-se, adquira sempre produtos e recomendações de empresas idôneas do mercado agrícola.
É o que observaram Marcelo de Almeida Silva e outros pesquisadores, no artigo Avaliação de clones de híbridos IAC de cana- -de-açúcar, série 1985, na região de Jaú (SP).
A transformação para pupa e, em seguida, adulto, acontece dentro da galeria. Portanto, cada larva ataca os colmos da cana, por cerca de 30 dias, causando danos às plantas e à lavoura.
Uma das formas mais eficientes de se controlar a broca da cana-de-açúcar e outras pragas presentes na lavoura consiste no uso dos diferentes pilares do manejo integrado de pragas (MIP).
Caso a broca da cana-de-açúcar se encontre nos primeiros estágios de desenvolvimento larval e ainda não tenha penetrado nos colmos, o agricultor pode fazer uma ação combinada da aplicação de silício, controle químico e biológico.
A broca-da-cana causa maiores danos à planta quando está no estágio larval. As larvas, depois de eclodidas e após a primeira ecdise, passam a perfurar os colmos e iniciam a abertura de galerias através da sua alimentação.
Após a eclosão, as lagartas (de coloração branco-leitosa e com pontos escuros ao longo do corpo) permanecem por um tempo nas folhas e se alimentam do parênquima foliar, por meio da raspagem.
Embora o controle biológico e químico seja o mais utilizados nas lavouras, a biotecnologia pode ser uma aliada do combate a essa praga, através do uso de cultivares resistentes (manejo cultural).
O cultivo de cana-de-açúcar abriga muitas pragas. Dentre essas pragas a broca-da-cana recebe destaque, Diatraea saccharalis (Lepidoptera). Períodos de elevada umidade e temperatura fazem com que a broca-da-cana aumente na área de cultivo. Além da cana-de-açúcar, a praga pode atacar outros cultivos, como milho, sorgo e trigo.
Para evitar esse problema – que será sentido diretamente no bolso do produtor – o correto controle dessa praga é fundamental, pois impacta diretamente no resultado final da safra, ou seja, com a obtenção de uma matéria-prima de maior qualidade.
Para isso, o agricultor deve realizar o acompanhamento periódico das suas lavouras e fazer a instalação de armadilhas para acompanhar os níveis populacionais da praga.
Como, por exemplo, a variedade CTC9001BT que foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) no final do ano de 2018.
O que pode ser feito é o monitoramento da lavoura através de armadilhas com feromônio, visando identificar a época mais adequado para adoção das estratégias de manejo em campo.
Danos diretos: causa interferência no crescimento de brotos e perfilhos, morte das gemas, tombamento das plantas, secamento dos ponteiros (coração morto), formação de brotações laterais e enraizamento aéreo.
DINARDO-MIRANDA, L. L. Pragas In: DINARDO-MIRANDA, L. L.; VASCONCELOS, A. C. M.; LANDELL, M. G. A. (Ed.). Cana-de-açúcar = Sugarcane. Campinas: Instituto Agronômico, 2008. p.349-404