Erisipela é uma infecção da camada superior da pele causada pela bactéria Streptococcus Beta-hemolítico do grupo A, que penetra na pele através de feridas ou lesões, resultando em sintomas como febre, calafrios, vermelhidão na pele ou até bolhas.
Além disso, para complementar o tratamento, o médico pode recomendar repouso, elevação das pernas, beber bastante água, aplicar compressas frias no local e tomar analgésicos, como o paracetamol, para baixar a febre. Confira todas as opções de tratamento para erisipela.
Por vezes, é difícil esta diferenciação com um importante diagnóstico diferencial, a celulite. Isso ocorre pois a erisipela pode acometer o tecido celular subcutâneo mais profundo e a celulite pode comprometer a derme, além do tecido celular subcutâneo.
A médica acrescenta que "como a erisipela pode prejudicar o sistema linfático, outra possível sequela é o linfedema, ou seja, o acúmulo de linfa nos tecidos e que promove o inchaço. Este, por sua vez, aumenta o risco de ter uma nova erisipela, o que estabelece um ciclo vicioso".
A erisipela é, na maioria das vezes, provocada por uma bactéria denominada Streptococcus pyogenes, também conhecida como estreptococo do grupo A. Este microrganismo habita naturalmente a nossa pele e pode aproveitar-se de qualquer ferida, escoriação ou perfuração para invadir e causar uma infecção.
O principal diagnóstico diferencial é com a Celulite, que é uma infecção cutânea que compromete uma parte maior dos tecidos moles, estendendo-se profundamente através da derme e tecido subcutâneo, podendo-se iniciar com erisipela.
Em geral, o tratamento dura de 7 a 14 dias e, após 48 horas do seu início, já poderá ser observada a melhora geral do paciente. Nos 10 a 15 dias posteriores, espera-se a recuperação total.
Outras providências incluem adoção de boas práticas de higiene como lavar e secar muito bem os pés e a pele, evitar ferimentos ou picadas de inseto, usar sapatos confortáveis e meias que servem de proteção contra lesões.
Na hora da consulta, o médico ouvirá a sua queixa, levantará seu histórico de saúde e fará o exame físico. Este, buscará identificar não somente o local acometido, mas também a presença de alguma "porta de entrada" (como uma frieira nos pés ou ferimento na pele), quem nem sempre estará presente.
Em geral, a pele é uma barreira eficaz contra esses microrganismos, mas eles podem se propagar rapidamente quando encontram alguma "porta de entrada", como um machucado, por exemplo.
A erisipela pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos membros inferiores. Não é contagiosa e seus nomes populares são: esipra, mal-da-praia, mal-do-monte, maldita, febre-de-santo-antônio.
De notar que em recém-nascidos, a erisipela é frequentemente causada por estreptococos do grupo B. Além disso, esta mesma bactéria pode ser a responsável por casos de erisipela na região perineal e na parte inferior do tronco em mulheres no período pós-parto.
Para aumentar o conforto do paciente, podem ser indicadas a elevação dos pés (se esta for a região afetada) e massagens. Embora essas medidas não bastem para o combate da erisipela, elas aliviam os sintomas.
A depender das condições gerais de saúde do paciente e da gravidade do quadro, o medicamento pode ser administrado pela via oral ou endovenosa. Embora a resposta e a recuperação sejam relativamente rápidas, a erisipela é uma doença que pode se repetir ao longo do tempo. Nesses casos, pode ser indicada uma terapia preventiva.
A erisipela pode acometer homens, mulheres e até crianças, mas é um pouco mais frequente no grupo feminino —possivelmente por fatores hormonais que predispõem a problemas como as varizes— e os idosos, que acumulam fatores de risco como a fragilidade da pele, o diabetes, problemas venosos e obesidade.