No paciente de risco intermediário, a utilização de testes para pesquisar doença aterosclerótica subclínica pode ajudar a melhorar a estratificação de risco, pois se algum destes vier “positivo”, o paciente será automaticamente reclassificado como “Alto Risco”.
Para a estratificação do risco cardiovascular, é necessário pesquisar a presença dos fatores de risco, das doenças cardiovasculares e das lesões em órgão-alvo, conforme mostra o Quadro 8.
Risco cardiovascular é a probabilidade que uma pessoa tem de vir a sofrer de uma doença cardiovascular no futuro. Depende de vários fatores, ditos fatores de risco, com pesos diferentes, que se conjugam para o determinar.
A causa de ataques cardíacos e AVCs geralmente são uma combinação de fatores de risco, como o uso de tabaco, dietas inadequadas e obesidade, sedentarismo e o uso nocivo do álcool, hipertensão, diabetes e hiperlipidemia.
24 A Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose de 2017 recomenda o Escore de Risco Global (ERG),25,26 que estima o risco de infarto do miocárdio, AVC, insuficiência cardíaca, fatais ou não fatais, ou insuficiência vascular periférica.
Aqueles considerados de baixo risco, mas que tenham parentes de primeiro grau com doença prematura, passam a ser considerados de risco intermediário. Risco intermediário: mulheres com 5 e 10% de chances de sofrer um evento cardiovascular em dez anos e homens que tenham de 5 a 20% de probabilidade.