“O Brasil vem de uma construção escravocrata, onde algumas pessoas valiam mais que as outras. Isso se reflete até hoje.” Além disso, outras questões importantes que explicam a extrema desigualdade brasileira, além do racismo estrutural, são as desigualdades de gênero e de renda, explica Katia Maia.
O Brasil é um país marcado por profundas desigualdades sociais, econômicas e políticas, que influenciam o acesso à justiça, uma vez que poucas pessoas conhecem seus direitos ou têm condições de reivindicá-los, os custos para se interpor uma ação no Poder Judiciário são elevados, além do fato de que esta instituição ...
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou na sexta-feira, 20, o Relatório Mundial de Felicidade 2020, feito anualmente para analisar a percepção desse sentimento em 153 países. O Brasil ocupa a 32ª posição, assim como em 2019, após sucessivas quedas.
Em todas as cidades, umas mais e outras menos, há desigualdade social. Pesquisa do Ipea aponta que o Brasil apresenta desigualdade total de renda de 51,5%, estando à frente de países como Estados Unidos, Alemanha e Grã-Bretanhaii. Em nosso país, mais de 27% da renda está nas mãos de apenas 1% da população.
E, nos últimos sete anos, as pessoas na miséria passaram de 6,5% da população para 13,5%, segundo a Síntese de Indicadores Sociais. O Brasil continua sendo o nono país mais desigual do mundo, quando se trata de distribuição de renda dos cidadãos, e ao longo do tempo a situação vem piorando.