Essa tela foi batizada de Abaporu por Oswald de Andrade em uma junção dos vocábulos tupis aba (homem), pora (gente) e ú (comer). Sendo assim, seu significado é "homem que come gente" ou "homem antropófago". Nesse trabalho, é retratada uma figura humana sentada numa posição pensativa em uma paisagem árida e ensolarada.
Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de “deglutir” a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiroQuando ele viu a tela, assustou-se e chamou o amigo Raul Bopp para tentar decifrá-la. ... na opinião de certos círculos, o homem avantajado com a ...
Abaporu
O Movimento consistia na deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura. Esta obra marca a fase antropofágica da pintora Tarsila de Amaral, movimento artístico que ocorreu entre 1928 e 1930.
Tarsila do Amaral foi uma importante artista plástica brasileira do movimento modernista. Junto à Anita Malfatti, ela ficou conhecida como uma das mais importantes pintoras da primeira fase do modernismo. E, ao lado dos escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, Tarsila inaugurou o movimento denominado “Antropofagia”.
O enunciado se refere a Tarsila do Amaral, sua nacionalidade é Brasileira. Tarsila do Amaral não foi só pintora, ela foi tradutora e desenhista. Fazendo parte do primeiro momento (fase) do Modernismo em solo Brasileiro, Abaporu foi apresentado por volta de 1928.
Significado de Antropofagia substantivo feminino Condição de antropófago, de quem come carne humana; canibalismo: a antropofagia faz parte de alguns rituais indígenas.
A proposta do movimento era a de assimilar outras culturas, mas não copiar. A marca símbolo do Movimento Antropofágico é o quadro Abaporu (1928) de Tarsila do Amaral, o qual foi dado de presente ao marido, Oswald de Andrade. A divulgação do movimento era realizado na Revista de Antropofagia, publicada em São Paulo.
Além do Abaporu, e também do quadro A negra, de 1923, que em vários sentidos a antecipa, a sua fase antropofágica inclui telas como O sapo, O touro, O sono, O lago, A boneca, Urutu (O ovo), Distância, A lua, Floresta, A rua, Sol poente, Antropofagia, Cartão-postal e mais algumas poucas, todas elas produzidas entre 1928 ...
A obra de Tarsila do Amaral é dividida em três principais fases: a primeira, chamada pau-brasil; a segunda, antropofágica, e a terceira, de cunho social.
Embora na vegetação, tenha traços da exuberância e da imaginação da fase Antropofágica, como por exemplo as folhas em formas parecidas com corações na árvore em que está deitado um bicho-macaco e sua cria, bem característicos do onírico de Tarsila.