A noradrenalina, ou norepinefrina, é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais e também um neurotransmissor do sistema nervoso autônomo. Suas funções incluem aumento da glicose no sangue, vasoconstrição, dilatação das pupilas e regulação do funcionamento do cérebro.
Também apresenta efeito inotrópico positivo, em decorrência da estimulação beta-adrenérgica, contudo, apresenta taquicardia menos pronunciada. Em baixas doses, promove aumento da pressão arterial, do índice de trabalho do ventrículo esquerdo, do débito urinário e do índice cardíaco.
A noradrenalina atua no circuito que processa a informação relacionada à sensação de prazer ou de satisfação, isto é, o sistema de recompensa, estando, portanto, associada à bioquímica cerebral.
Em pacientes pediátricos com choque séptico quente, caracterizado por predominância de vasodilatação sistêmica com consequente redução da resistência vascular, há indicação do uso de norepinefrina caso a reposição volêmica vigorosa e a administração de dopamina não resultem em reversão do quadro da criança.
Nos pacientes que receberam noradrenalina em doses superiores a 0,5 µg/kg/min e naqueles que apresentavam falências prévias em dois ou mais órgãos, verificou-se aumento da mortalidade. Nesta situação é difícil concluir que noradrenalina tenha contribuído no aumento desse evento, pois os pacientes apresentavam quadro clínico mais grave.
A noradrenalina é uma catecolamina endógena com potente efeito alfa-agonista e algum efeito b1-adrenérgico. A noradrenalina endógena é metabolizada pela enzima monoaminoxidase (MAO) na terminação nervosa simpática, enquanto a droga exógena sofre processo de metabolização pela catecol-o-metiltransferase (COMT).
As reações desencadeadas pela liberação da noradrenalina no sangue continuam acontecendo até que o cérebro entenda que você está fora de perigo.
Quando usada em injeções, deve-se ter muita atenção quanto aos seus efeitos colaterais, que podem provocar reações alérgicas, dor, vermelhidão, irritação no local onde foi injetada, dificuldade de respiração e inchaço da face, boca e língua.
Em quadros de choque séptico, em que predomina a vasodilatação arteriolar e venosa, a norepinefrina é usada como agente vasopressor para a correção de anormalidades hemodinâmicas, uma vez que resulta em aumento da pressão arterial. Neste quadro sucede-se redução da perfusão de órgãos vitais e a administração da norepinefrina, e outras catecolaminas, estimulam o direcionamento do fluxo sanguíneo para órgãos nobres expostos a situações estressantes, além de preservar o fluxo sanguíneo renal.
Em baixas doses, promove aumento da pressão arterial, do índice de trabalho do ventrículo esquerdo, do débito urinário e do índice cardíaco. Em doses superiores a 2 mg/min, ocorre incremento da vasoconstrição periférica com aumento da resistência vascular sistêmica e diminuição da perfusão renal, esplâncnica, pulmonar e musculatura esquelética.
A norepinefrina, também denominada de noradrenalina, é uma catecolamina endógena que medeia diversos efeitos fisiológicos ao atuar como hormônio/neurotransmissor adrenérgico. A biossíntese da norepinefrina ocorre na medula adrenal e nas terminações nervosas simpáticas por transformações químicas sequenciais do aminoácido tirosina.
Além disso, embora seja raro, a noradrenalina pode dificultar a circulação do sangue para órgãos, como fígado ou rins, e causar isquemia em partes do corpo devido à vasoconstrição excessiva, especialmente quando utilizada em doses altas e em pessoas mais sensíveis.
A taquicardia é a manifestação mais freqüente, principalmente em pacientes com hipovolemia, isquemia e necrose de extremidades, úlceras de estresse, íleo e má absorção, isquemia mesentérica, deterioração da barreira da mucosa gástrica e entérica vasoconstrição coronariana (vasopressina).
Pode causar ansiedade e cefaléia (transitória). Necrose tecidual por extravasamento no local de administração. Além disso, pode resultar em reações adversas no sistema respiratório, como dispneia e dificuldade respiratória.
Todas essas funções permitem que o corpo fique em estado de alerta e preparado para reagir, especialmente em situações de medo ou estresse, o que também é conhecido como “resposta de luta ou fuga”.
Com a ativação da resposta de “luta ou fuga”, a noradrenalina percorre o sangue para chegar em diversos órgãos e causar reações específicas, como:
A noradrenalina, também denominada norepinefrina, é um hormônio produzido nas glândulas suprarrenais que atua na resposta de “luta ou fuga” do corpo. Em áreas hospitalares, esse hormônio é usado para aumentar a pressão arterial em quadros graves.
A Noradrenalina é utilizada por via endovenosa, sendo comercializada em ampolas de 4ml/4mg. A dose usual utilizada é 0,01 a 3 mcg/Kg/min. Pode ser administrado sem diluição em bomba de seringa em acesso central ou diluição de 4 amp (16 mg) em 234 ml de SG 5% (recomendado) na concentração de 64 mcg/ml.
Esta catecolamina exerce ação agonista nos receptores adrenérgicos resultando na adequação do organismo às situações estressantes, como trauma, hipoglicemia e exercício. Na clínica, seu uso terapêutico está associado ao tratamento farmacológico da hipotensão em pacientes com choque distributivo, mais frequentemente devido à sepse. A norepinefrina também desempenha importante função em quadros de ansiedade, déficit de atenção e variações de humor, estando relacionada a alguns transtornos depressivos.
O Hemitartarato de norepinefrina é usado no controle da pressão sanguínea em certos estados hipotensivos agudos, caracterizados por pressão arterial demasiado baixa, como em feocromocitomectomia, simpatectomia, poliomielite, infarto do miocárdio, septicemia, hipotensão causada por transfusão sanguínea e reações a medicamentos.
Também pode ser utilizada no choque cardiogênico, principalmente como decorrência do infarto agudo do miocárdio assim como no tratamento inicial do choque hipovolêmico grave, até que ocorra o restabelecimento da volemia, com a terapia de reposição de fluido.