JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Estudos de coorte são úteis na identificação de fatores de risco e prognósticos, no acompanhamento da história natural de certas doenças e no estudo do impacto de intervenções diagnósticas e terapêuticas.
O tipo de estudo epidemiológico em que se parte do efeito e vai em direção a causa com participantes selecionados e separados em grupo é o estudo de coorte. O Estudo de coorte é quando o investigador decide limitar a observação e a analise da relação entre fatores e desenvolvimento de doenças.
Um dos métodos utilizados para a verificação de ocorrência de uma epidemia é o Diagrama de Controle, que consiste na representação gráfica da distribuição da média mensal e desvio-padrão dos valores da freqüência (incidência ou casos) observada, em um período de tempo (habitualmente 10 anos).
A ocorrência de surtos pode ser identificada de várias maneiras. Entre elas destacam-se: Notificação por profissionais de saúde que percebem em sua rotina uma elevação do número de casos de determi- nada doença ou de sua gravidade. Informação procedente da comunidade e notificada às autoridades.
Refere-se a elevação brusca, temporária e significantemente acima do esperado da incidência de uma determinada doença. Surto: É uma ocorrência epidêmica, na qual, os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área geográfica delimitada ou uma população restrita a uma instituição: colégios, quartéis, creches.
A investigação de um surto envolve cerca de 05 etapas/passos ou condições necessárias para se chegar a bons resultados: Passo 1: Planejamento para o trabalho de campo; Passo 2: Definição de caso e investigação de campo; Passo 3: Processamento dos dados da investigação; Passo 4: Implementação das medidas controle e ...
O objetivo principal de uma investigação epidemiológica de campo durante a ocorrência de um surto é a identificação dos fatores associados a doença na população.
Epidemia é o aumento do número de casos de uma doença que supera o número esperado para a época em uma região. A epidemia é, portanto, um aumento da ocorrência de determinado problema acima da média esperada. A epidemia atinge um número elevado de pessoas e pode espalhar-se por mais regiões.
Assim, é considerada uma epidemia municipal quando vários bairros acusam casos da doença; uma epidemia estadual quando várias cidades daquele estado possuem notificações de novos casos, e por fim, uma epidemia nacional quando várias regiões do país têm notificação de casos da doença.
Endemia: A endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. É uma doença que se manifesta com frequência e somente em determinada região, de causa local. A Febre Amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região norte do Brasil.
Epidemia Aumento brusco, significativo e transitório da ocorrência de uma determinada doença numa população. Quando a área geográfica é restrita e o número de pessoas atingidas é pequeno, costuma-se usar o termo surto.
Um surto de fonte comum ou de origem focal é aquele onde houve uma exposição simultânea de vários indivíduos suscetíveis a um agente patogênico a qual resultou no aumento da incidência de casos da doença ao longo de um curto período de tempo, aproximadamente o tempo de incubação da doença.
A SAÚDE COLETIVA é uma área de conhecimento multidisciplinar construída na interface dos conhecimentos produzidos pelas ciências biomédicas e pelas ciências sociais. Dentre outros, tem por objetivo investigar os determinantes da produção social das doenças com o fito de planejar a organização dos serviços de saúde.
É de se destacar que suas origens situam-se no final da década de 1970, em um contexto no qual o Brasil estava vivendo uma ditadura militar. A Saúde Coletiva nasce, nesse período, vinculada à luta pela democracia e ao movimento da Reforma Sanitária.
Após a Independência do Brasil, em 1822, D. Pedro II determinou a criação de órgãos para inspecionar a saúde pública, como forma de evitar epidemias e melhorar a qualidade de vida da população. Também foram adotadas medidas voltadas para o saneamento básico.
c) O objeto da Saúde Coletiva é construído nos limites do biológico e do social e compreende a investigação dos determinantes da produção so- cial das doenças e da organização dos serviços de saúde, e o estudo da historicidade do saber e das práticas sobre os mesmos.
Desta forma, a saúde é vista como um processo resultante das interações realizadas entre as esferas biológicas, sociais e psicológicas. A saúde coletiva é aquela voltada não apenas para o indivíduo, mas para a população em geral.