No total para 2020, o Pantanal também já registra recorde de queimadas, com 21.
45,6% dos casos registrados no país durante o ano ocorreram na região. Dados mostram que, de janeiro a setembro deste ano, o número de focos de queimadas registrados é o maior desde 2010. Naquele ano, foram 102.
Até então, o mês com mais queimadas foi agosto de 2005, quando o Inpe registrou 5.
Em todo 2019, o número de queimadas foi de 89.
Em 2019, Lábrea foi o município que mais queimou (com 23,8% do total de focos); seguido por Apuí (19,5%) e Novo Aripuanã (9,8%), segundo dados do satélite S-NPP/VIIRS*. Além do monitoramento do Inpe, os pesquisadores contam agora com mais uma ferramenta para acompanhar a situação das queimadas na Amazônia.
O Brasil fechou o ano de 2020 com o maior número de queimadas desde 2010, segundo dados divulgados hoje pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foram 222.
Os cientistas acreditam que mais de 480 milhões de mamíferos, aves e répteis foram vítimas do fogo. Os incêndios começaram em setembro, mas se intensificaram no final de 2019. A estimativa é de que quase 8 mil coalas foram queimados na costa norte do país.
Já foram encontradas mortos jacarés, onças e antas. Em números gerais, o Pantanal tem cerca de 2 mil espécies de plantas, 580 de aves, e 280 de peixes, 174 de mamíferos, 131 de répteis e 57 de anfíbios.
Além de atingir a Amazônia com maior intensidade, o aumento do fogo também ocorreu no Cerrado, na Mata Atlântica, no Pampa e no Pantanal, na comparação com os anos anteriores. Houve queda no número de queimadas apenas na Caatinga.
Alterações na cadeia alimentar dos animais A especialista aponta que a exposição a predadores de animais que vivem no Pantanal também aumenta após o fogo, já que a queimada deixa a superfície na mesma dimensão. ... "Quando o fogo destrói uma área grande, o conteúdo nutricional dos alimentos para a fauna fica prejudicado.
Outras consequências preocupantes podem decorrer das queimadas: Diminuição da biodiversidade. Emissão de gases poluentes na atmosfera, piorando a qualidade do ar. Aumento das doenças respiratórias – em razão dos gases e partículas nocivas.
Um incêndio na floresta, queimando a mata pela primeira vez, mata a maioria das árvores pequenas e mudas, e pode matar 50% das árvores maiores. Vários incêndios ao longo do tempo continuam reduzindo a biodiversidade.
“Incêndios são uma parte natural deste cenário”. Muitos animais tem a habilidade de fugir do calor. Pássaros podem escapar voando, os mamíferos podem correr, e os anfíbios e outras pequenas criaturas se enterram sob o solo, se escondem em troncos ou se protegem sob as pedras.
O maior impacto das queimadas é a perda da biodiversidade. Tendo em vista que a região é riquíssima em fauna e flora. Os danos são causados pelo fogo e pelos impactos por ele causados e, atingem a vegetação, os animais, a população exposta e a economia.
Animais Se Protegem Da Chuva Com Guardas-Chuvas Naturais! ... Pois os animais na natureza também sabem se proteger da chuva e utilizam seus próprios mecanismos, e sabem usar os recursos naturais a seu favor quando vem aquela tempestade. Pode ser uma folha, uma flor ou uma planta, mas ninguém quer ficar ensopado de chuva!
Segundo a Organização Não Governamental (ONG) S.O.S Pantanal, os efeitos diretos do fogo para os animais que habitam a região são as queimaduras, intoxicações e mortes. ... Exemplar mais famoso do Pantanal, a onça-pintada sente os efeitos do fogo ao lado de antas, veados, jacarés, tucanos, tuiuiús, cobras e araras.
São 180 espécies da fauna, das quais 124 ocorrem apenas no bioma, e 85 da flora. ... O risco é maior para as espécies que estão sendo atingidas pelo fogo e não estão sob nenhum mecanismo de proteção.
Proposital ou não, o fogo altera todo o ecossistema, acabando com fauna e flora locais, além de afetar a temperatura, a umidade, a qualidade do ar e da água, dependendo da extensão e do tempo de queima. Com a perda de matéria orgânica e de umidade, a fertilidade do solo também fica comprometida.
Após incêndios que já destruíram 22% do bioma em 2020, animais perambulam desorientados em busca de água e comida, e voluntários tentam amenizar sofrimento. "Nunca vimos nada igual", diz veterinária.
De acordo com o monitoramento realizado pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), o Pantanal já teve 2,3 milhões de hectares atingidos pelo fogo em 2020, entre 1º de janeiro e 7 de setembro, o equivalente a duas vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
É justamente no período seco, o inverno pantaneiro, que as queimadas no Pantanal são extremamente comuns. ... Os principais motivos para a prática de queimadas na planície da Pantanal estão ligados à prática da agropecuária, em especial a transformação de áreas vegetais em pastos para a criação de animais.
O fogo de turfa surge por causa dos sucessivos períodos de secas e cheias nas estações da região, que criam camadas de matéria orgânica no solo. Os brigadistas costumam dizer que é como se fosse um sanduíche: uma camada de terra, outra de vegetação, outra de terra e assim por diante.