Em nossa sociedade não estamos acostumados a conviver com pessoas com deficiência, o que leva, entre muitos outros problemas, a falta de conhecimento sobre o assunto por maior parte da população. Como consequência, cria-se uma confusão acerca das nomenclaturas e as formas de tratamento de pessoas que pertencem a esse grupo. Muitos não sabem, por exemplo, distinguir a surdez da deficiência auditiva. Mas, afinal, qual é a diferença entre eles?
Então, nem sempre os surdos fazem uso das Libras. Pessoas que se tornaram surdas ao longo da vida, em uma idade avançada, por exemplo, são exemplos clássicos de pessoas que não fazem uso dessa língua. No entanto, existem vários exemplos.
Consequentemente, pode ser complicado entender os critérios usados para diferenciar surdez de deficiência auditiva – e você provavelmente vai escutar respostas diversas dependendo de com quem conversar e por qual perspectiva decidir olhar. Para explicar melhor as diferenças entre esses dois termos, começaremos falando sobre as nomenclaturas desenvolvidas pela Organização Mundial de Saúde e pela Lei Nacional de Inclusão:
O aspecto cultural também reflete diferenças entre surdo e deficiente auditivo. Isso se deve ao fato de os surdos viverem fortemente aquilo que chamamos de cultura surda, que está relacionada aos hábitos e forma de se comunicarem. Os surdos que se identificam dessa maneira formam uma grande comunidade.
[…] perguntar para a própria pessoa como ela gostaria de ser chamada, uma vez que em alguns casos, como o da comunidade Surda, por exemplo, existe todo um contexto sociocultural em que há quem prefira ser chamado de Surdo e quem opte por […]
Nenhuma das duas é mais certa, porque nenhuma das duas é exatamente errada! E a gente vai te explicar qual é a diferença entre ser uma pessoa surda ou com deficiência auditiva nesse pequeno guia sobre o tema!
Quando uma pessoa tem dificuldades auditivas e não utiliza um aparelho auditivo oticon, isso pode levar a mal-entendidos ou barreiras na comunicação.
O ideal é discutir as opções de tratamento com um profissional de saúde para encontrar a melhor solução para cada caso, até mesmo o uso de alguns aparelhos auditivos coselgi.
Aparelhos auditivos: dispositivos pequenos que amplificam o som. Existem modelos que se encaixam atrás da orelha, dentro do ouvido e até mesmo dentro do canal auditivo. Eles são comumente usados por pessoas com deficiência auditiva de leve a moderada e podem ser personalizados de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa. Mas, é importante analisar qual valor de um aparelho auditivo antes de tomar uma decisão. Existem aparelhos que funcionam conectados ao Wi-Fi gerando mais conforto e conexão aos usuários, pesquise e compare.
Vale ressaltar que as causas da perda auditiva e da necessidade de uns aparelhos para surdez podem ser bastante semelhantes, com a principal diferença vindo da gravidade e do momento da perda.
O aumento no número de iniciativas de inclusão, bem como na quantidade de pessoas que aprendem Libras todos os anos amplia o papel do surdo dentro da sociedade. Atualmente, é possível ocupar a maioria dos espaços, ocupar postos profissionais de destaque sendo surdo.
Diferentemente das pessoas surdas, as pessoas com deficiência auditiva têm uma identidade muito mais relacionada ao mundo ouvinte. Geralmente essas pessoas foram perdendo a audição com o tempo e não utilizam a Libras. Muitas delas se comunicam em português, fazendo leitura labial e dependendo de outros recursos assistivos, como as legendas.
Por fim, para se ter certeza entre as diferenças entre surdez e deficiência auditiva, vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS), salienta que a profundidade da perda auditiva é o que define cada um dos termos. Ou seja, perda parcial = deficiência, perda total = surdez.
Primeiramente, ambos os termos estão corretos, mas não são sinônimos. Pessoas com deficiência auditiva tem necessidades diferentes de pessoas surdas, por isso requerem abordagens distintas. E a diferença entre os dois vai além do diagnóstico médico, pois também podem ser interpretados dentro de um âmbito social e cultural.
Segundo dados do IBGE, 10% da população brasileira tem, em algum nível, comprometimento auditivo. Desse total, 2,7 milhões são surdas completamente ou escutam com dificuldade, fazendo o uso de aparelhos.
Em um universo tão amplo e com tantas definições possíveis, não existe uma única maneira correta de se referir a uma pessoa com perda auditiva. Normalmente quem é integrado à comunidade Surda prefere ser chamado assim, e deixará isso claro durante uma conversa, por exemplo. Há, por outro lado, pessoas como a minha amiga lá do início do texto, que encaram o uso do aparelho auditivo como nada muito diferente do uso de óculos para corrigir problemas de visão, e que se definem como deficientes auditivas. O segredo para não errar em caso de dúvida é perguntar à própria pessoa por qual termo ela prefere ser tratada.
Sendo assim, cada pessoa é única, e o melhor método de tratamento dependerá de muitos fatores, incluindo a causa e o grau de perda auditiva, a idade da pessoa, as necessidades de comunicação e as preferências pessoais.
Cada um de nós pode ter a oportunidade de conviver, trabalhar ou se relacionar com uma pessoa surda ou com deficiência auditiva e, portanto, o conhecimento adequado nos permite criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso.