dominante no quadril do paciente, espalmando-a sobre a base do trocanter do fêmur, localizando, assim, a espinha ilíaca anterossuperior. Fazer a aplicação na área delimitada pelos dedos (indicador e médio) abertos em V. O ideal é que o paciente seja colocado em decúbito dorsal.
PILLANS; OCONNOR (1995) relatam complicações sérias devido a injeções de analgésicos e anti-inflamatórios, como necrose de pele e tecido adiposo além de fascite necrosante. Nas lesões foram isolados Streptococcus pyogenes, Streptococcus faecalis e Escherichia coli sugerindo contaminação, sendo que alguns pacientes desenvolveram septicemia.
Quando não é possível usar a via oral por causa de intolerância. Um exemplo são os casos das pessoas que estão vomitando, onde é possível que os medicamentos usados por via oral sejam eliminados através do vômito, não conseguindo, assim, seu efeito.
Estudo de VILLAREJO; PASCUAL (1993) relata 370 casos de crianças que sofreram injúria do nervo ciático por injeção inapropriada na região do músculo glúteo. Mencionaram que as lesões ocorreram devido a ação mecânica da agulha causando trauma direto no nervo, contração do membro secundária a reação local e dano direto à fibra nervosa pela neurotoxicidade química do agente introduzido. Os pacientes podem nestes casos tornarem-se portadores de paralisia e apresentarem alteração da sensibilidade de membros, além de diminuição da força motora.
Questionados sobre o local que aplicavam os medicamentos com mais frequência, 21 responderam que o local mais comum para as injeções intramusculares é o glúteo; para 17 é o deltóide e somente 3 responderam ventro-glúteo.
Entre os motivos para a escolha do glúteo foram respondidos: é menos doloroso, tem maior massa muscular, é menos perigoso, é a preferência dos pacientes, tipo de medicação específica, para evitar inchaço, por ser a região mais indicada, onde se pode dar injeções profundas e que a musculatura está relacionada ao menor risco de lesão.
Caso se suspeite de lesão em um nervo após a aplicação de uma injeção intramuscular é importante consultar um clínico geral ou neurologista. No entanto, se existir paralisia logo após a injeção, é recomendado procurar uma emergência.
Quando administrar na coxa: este local de injeção é o mais seguro, pois o risco de atingir um nervo ou vaso sanguíneo é menor, e por isso deve ser o preferido para alguém que tem pouca prática em aplicar injeções.
Ao serem questionados sobre qual a primeira atividade a ser feita ao se aplicar uma medicação foram apresentados 5 itens: conectar a agulha na seringa, fazer a antissepsia com algodão e álcool no local da aplicação, fazer a desinfecção da ampola e lavar as mãos 83% dos entrevistados responderam que o correto é lavar as mãos, enquanto os demais, 12% referiram que todas as alternativas estavam corretas. Houve 5% de respostas em branco.
A injeção intramuscular pode ser aplicada no glúteo, no braço ou na coxa e serve para administrar vacinas e alguns remédios, como o Voltaren ou o Benzetacil, diretamente no músculo.
A telessaúde, ao promover apropriação tecnológica sustentada em evidências, atua como eixo organizador de sistemas de saúde centrados nas pessoas. A telemedicina é uma inovação que tem o potencial de transformar a Atenção Primária à Saúde (APS), otimizar seu funcionamento, conectar pessoas e viabilizar o acesso universal, equânime e integral, qualificando o SUS! Vamos juntos?
Complicações advindas da aplicação incorreta das injeções intramusculares podem acarretar sérios prejuízos orgânicos, favorecer o aparecimento de infecções e aumentar a permanência do paciente na instituição ou prejudicar as funções no trabalho. Estudo anterior detectou vários casos de pacientes com complicações locais após aplicação intramuscular de diclofenaco sódico em farmácias e concluiu que a falta de conhecimento da técnica de administração desse medicamento pode ter sido uma das causas das complicações. Diante disso o estudo atual teve o objetivo de identificar e avaliar o nível de conhecimentos de ocupacionais que administram medicamentos injetáveis intramusculares à população, em farmácias de Ribeirão Preto - SP. O estudo se constituiu num levantamento, a partir de um questionário contendo 20 questões abertas e fechadas, aplicado a uma população constituída por ocupacionais atuando em farmácias, selecionadas através do método da amostragem simples casual estratificada -partilha proporcional, resultando num total de 41 sujeitos. Concluímos que a população vem recebendo medicamento s injetáveis de ocupacionais com déficit de informações a respeito da técnica de aplicação de injetáveis. Os sujeitos referiram não receber treinamento adequado para exercer esse procedimento, terminando por aprendê-lo com outro funcionário ou observando alguém que o realize. Disto resulta lacunas de conhecimento em uma amostra de ocupacionais que podem, realmente, levar ao aparecimento de complicações pós injeções intramusculares na população que utiliza os serviços desses estabelecimentos.
Infecção. Trata-se de uma condição pouco comum. Ocorre quando não são observadas as normas de assepsia e antissepsia, ou quando uma substância contaminada é aplicada por causa de manuseio inadequado ou então porque anteriormente se encontrava em mau estado.
Segundo ATKINSON; MURRAY (1995) as medicações podem ser injetadas em quatro locais básicos: os músculos deltóide e vasto lateral, regiões ventro e dorso glútea. Refere que a delimitação é feita a partir de estruturas anatômicas, desta forma a localização exata do local onde a medicação deve ser administrada exige conhecimentos de anatomia.
Das 24 respostas positivas, 19 sujeitos citaram a coxa como local apropriado para aplicação de injeções porém muitos não sabiam como delimitá-la, 4 responderam a face antero lateral da coxa, 2 mencionaram ventro glúteo e 1, incorretamente, o lado interno da coxa.
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jan., 2019). Conceito de Aplicação Intramuscular. Em https://conceitos.com/aplicacao-intramuscular/. São Paulo, Brasil.
Diante de fatos como este, ressalta-se a importância da lavagem das mãos, da antissepsia, da limpeza do local onde se realizam as aplicações e a esterilização do material utilizado para introdução da medicação, evitando assim contaminações. A lavagem das mãos deve ser a fase inicial dos procedimentos.