Os cateteres periféricos de curta duração são fabricados em teflon ou silicone, têm cerca de 35 a 52 mm de comprimento e são inseridos por punção de veias periféricas, num procedimento de baixo risco. Têm custo reduzido e durabilidade curta, sendo os mais utilizados na prática clínica em pacientes internados.
Na fase pós-implantação do cateter o enfermeiro deve ter sua atenção voltada para a observação de sangramento ou secreção, hematoma ou seroma no sítio de inserção. É função do enfermeiro, a identificação de qualquer sinal incomum durante o manuseio do dispositivo, além do registro das condições da pele no local circunjacente a inserção do cateter, do fluxo e refluxo sangüíneo(19).
As orientações ao paciente e aos familiares devem ser fornecidas ainda no período pré-operatório, incluindo informações relacionadas ao que é o cateter, forma de implantação, cuidados necessários para manutenção e possíveis complicações como infecção, inflamação, dor e presença de secreção no sítio de inserção(19). Há necessidade de restrição de atividades e esportes aquáticos, enquanto não houver cicatrização completa da incisão cirúrgica, devido ao risco de infecção(12). Ao longo do período em que o paciente permanecer com o cateter, deve ser evitada a prática de esportes e/ou atividades que possam ocasionar trauma na região de implantação do dispositivo.
Apesar do avanço das pesquisas na área oncológica, a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia continuam sendo as principais formas de tratamento. A escolha dentre tais modalidades terapêuticas varia de acordo com o tipo de tumor, grau de estadiamento e condições físicas do paciente(1-3), sendo a quimioterapia a opção mais frequente.
Contaminações de cateteres venosos centrais são a principal causa de infecção sangüínea intra-hospitalar e estas infecções são responsáveis pelo aumento da mortalidade destes pacientes18,35. Tais infecções geralmente são difíceis de serem diagnosticadas e tratadas, por serem causadas por microorganismos intra-hospitalares multiresistentes35,36. Desta maneira, a prevenção de infecção é extremamente importante.
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O tratamento da infecção e da obstrução é realizado com antibioticoterapia e terapia fibrinolítica, respectivamente(15-16). Adicionalmente, há a descrição de bons resultados com a utilização da técnica de antiobiótico in lock, na qual o antibiótico de escolha é inserido no interior do cateter com volume que preencha sua extensão, permanecendo por 6 a 12 horas(30).
Frente à preocupação com o controle das infecções nestes pacientes, passamos a redobrar os cuidados assépticos, protegendo sempre as conexões com gaze embebida em solução anti-séptica28.
Os achados apresentados por este estudo evidenciam a complexidade que envolve a assistência de enfermagem relacionada ao manuseio dos CVC-TI, principalmente em pacientes com câncer. A inserção destes dispositivos tem sido uma prática cada vez mais comum em hospitais especializados no tratamento oncológico, onde o acesso vascular seguro é condição essencial para o sucesso terapêutico desses pacientes.
A conduta para o tratamento da infecção nesses dispositivos prevê a confirmação da infecção utilizando a comparação entre a hemocultura colhida do cateter e a hemocultura colhida por via periférica(16). Somente após a identificação do sítio de infecção e do microorganismo é que se deve instituir a antibioticoterapia adequada, pelo médico responsável. Nos casos em que o paciente não responde à terapêutica, a retirada do cateter pode ser indicada.
Cateteres venosos totalmente implantados são utilizados em pacientes com síndrome do intestino curto, para realizar o suporte nutricional parenteral, o qual mantém estes pacientes vivos, pois fornece-lhes nutrientes que são absorvidos pela via digestiva. No entanto, estes cateteres não são isentos de complicações. As infecções relacionadas aos cateteres venosos são as complicações mais temidas e sua incidência varia de 3% a 20%, aumentando em pacientes mais graves. O objetivo do presente estudo é descrever as complicações infecciosas em pacientes recebendo nutrição parenteral por meio de cateteres venosos totalmente implantados. Tais cateteres são utilizados pela Divisão de Nutrição Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, para realizar o suporte nutricional parenteral em pacientes submetidos a ressecções extensas de intestino delgado. Foram avaliadas as complicações infecciosas ocorridas com 21 cateteres, implantados em 16 pacientes. O tempo de permanência dos cateteres foi de 768±664,3 dias (mediana 529 dias) e a taxa de infecção foi de 0,029 infecções/paciente/ano, resultados que se comparam às taxas de infecção observadas em países desenvolvidos. Concluiu-se que os cuidados observados no manuseio destes cateteres foram de fundamental importância para diminuir a incidência de infecção nestes pacientes.
Observa-se que os artigos analisados apresentaram nível de evidência entre 4 e 7, sendo que os métodos qualitativo, descritivo e a revisão de literatura foram os principais delineamentos. Os resultados de tais estudos não são considerados como "evidência forte" pela Prática Baseada em Evidências e, portanto, pouco contribuem para a construção de diretrizes clínicas.
Frente à preocupação com o controle das infecções nestes pacientes, passamos a redobrar os cuidados assépticos, protegendo sempre as conexões com gaze embebida em solução anti-séptica11,28 .
A Divisão de Nutrologia do HCFMRP-USP recebe pacientes com ressecções intestinais extensas, que resultaram em menos de 1m de intestino delgado remanescente, muitos destes tendo apenas 15 a 30cm de extensão21. Nestes pacientes, são implantados cateteres venosos de longa permanência, a fim de fornecer terapia nutricional parenteral. O presente trabalho tem caráter retrospectivo e seu objetivo é descrever as complicações infecciosas em pacientes recebendo terapia nutricional parenteral, por meio de cateter totalmente implantado, na Divisão de Nutrologia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
Algumas complicações decorrem do seu uso, tais como infecção, obstrução, infiltração ou extravasamento, dentre outras(8). Alguns destes eventos podem ser tratados, mas nem sempre a remoção do dispositivo pode ser evitada.
Pressionar a esponja com clorexidina degermante, em movimentos circulares, sobre a região onde localiza a câmara do cateter totalmente implantado. Remover o produto com gazes embebidas com água destilada.
Durante qualquer cuidado ao cateter venoso central, é importante sempre lavar as mãos antes e utilizar uma técnica estéril, ou seja, deve-se manipular o CVC utilizado-se um campo estéril, assim como luvas esterilizadas, mesmo que seja apenas para administrar algum tipo de medicação.
É um procedimento no qual se coloca no ureter, por endoscopia, um tubo delicado, especialmente desenhado para este fim, que se estende desde a bexiga até o rim, com o objetivo de manter o fluxo adequado da urina.
Os sintomas mais comuns relacionados ao cateter duplo J são: