Revogação expressa: a lei indica o que estГЎ a ser revogado. Revogação tГЎcita: a norma revogadora Г© implГcita e a revogação resulta da incompatibilidade entre as normas. Ex: revogam-se as disposições em contrГЎrio. Revogação de facto: Quando a norma cai em desuso.
Revogar uma lei Г© fazГЄ-la perder a vigГЄncia, ou porque foi substituГda por outra lei ou porque perdeu sua validade no decurso do tempo. A anulação total de uma lei Г© denominada (ab-rogação), quando a anulação Г© parcial Г© denominada (derrogação).
São dois os tipos de revogação: ab-rogação (revogação total) e derrogação (revogação parcial). A derrogação é, em realidade, uma modificação da lei, pois esta não perde a sua vigência, mas apenas parte dela a perde. Como a lei só é derrogada por lei, o art.
6 Embora o Supremo Tribunal Federal tenha decidido que se trata de revogação a situação que compreende Constituição posterior em relação à norma infraconstitucional anterior. STF, ADI n° 2, Tribunal Pleno, Rel. Min. Paulo Brossard, Data do Julgamento 06.02.1992.
A forma tГЎcita ocorre quando uma lei nova Г© incompatГvel coma lei anterior, ou quando regula inteiramente a matГ©ria de que tratava a lei anterior. Exemplo de Revogação expressa, tГЎcita, parcial e total. O horГЎrio de funcionamento Г© das 7:00hs Г s 13:00hs.
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(1) “Revogação expressa nominada”: Г© aquela em que o objeto da revogação Г© identificado com precisГЈo, ou seja, Г© uma revogação por “enunciação especГfica”. Os dizeres “Revogam-se as leis X e Y” compГµem clГЎssico enunciado deste tipo de revogação;В
1 - A Administração Pública tem o poder de anular os atos que considere ilegais e revogar aqueles cuja conveniência e oportunidade não mais subsistam, não sendo necessária, a existência de pedido ou decisão judicial para a revogação, anulação ou modificação de atos administrativos.
A este respeito, o que deve se ter claro Г© que estas tГ©cnicas de invalidação, por um lado, e a revogação, por outro, sГЈo ocorrГЄncias normativas bem distintas. A diferenГ§a elementar estГЎ no fato de que, quando se invalida uma norma (e pouco importa a invalidação que se esteja a tratar), o que se tem em apreciação Г© uma ofensa a regras de produção jurГdica (e, portanto, a hierarquia normativa), ao passo que, quando se revoga, o que se pretende Г© eliminar uma norma que nГЈo ofendeu nenhuma norma de produção jurГdica, mas que, no entanto, nГЈo se quer mais que reja as relações jurГdicas vindouras. Disso deriva que separar um e outro fenГґmeno Г© muito importante, porquanto nГЈo resultam nos mesmos efeitos.В
Por sua vez, tambГ©m nГЈo se deve confundir os casos em que o critГ©rio cronolГіgico e o da especialidade sГЈo utilizados com os casos em que “lei inferior conflita com lei superior” (critГ©rio da lex superior). Disto deriva, ao menos em princГpio, que Г© o fenГґmeno da “invalidade” que estГЎ aqui em jogo, nГЈo o fenГґmeno da “revogação”.6В
Veja-se, assim, a esse respeito, a dicção do art. 3Вє do CP: “A lei excepcional ou temporГЎria, embora decorrido o perГodo de sua duração ou cessadas as circunstГўncias que a determinam, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigГЄncia”.
5 Neste caso, é comum recordar-se a afirmação de Modestino segundo a qual “A lei pode ser derrogada ou ab-rogada: se derroga quando se suprime uma parte e se ab-roga quando se elimina toda ela”. Digesto, 50, 16, 102.
De todo modo, nГЈo se pode confundir o fenГґmeno normativo da В«repristinaçãoВ» com o possГvel “efeito repristinatГіrio” decorrente de decisГЈo que declara inconstitucional norma que eliminou outra norma.11В
“Não se exige conflito entre todas as disposições das duas leis. Qualquer incompatibilidade verificada é suficiente para legitimar a revogação da lei anterior. Dispondo de maneira diferente, manifesta, implicitamente, o legislador o propósito de abolir todo o texto anterior, entendendo-se que, pelo simples fato de ter estabelecido compatibilidade entre algumas disposições, teve em mira dispor, de maneira formal, em texto único, sobre determinada matéria”.7
A este respeito, cumpre lembrar que a técnica de eliminar uma norma de um conjunto normativo pode assumir distintas formas. Isto porque, o “egresso” de normas de um conjunto normativo é ocorrência tão trivial em um sistema dinâmico como o “ingresso” de normas. Aliás, tanto o primeiro fenômeno normativo quanto o segundo decorrem de, ao menos, dois fatores convergentes e muito banais:
Qualquer decreto pode ser revogado por outro posteriormente, tirando sua validade. A Constituição Federal Г© a lei mГЎxima de um paГs, portanto, qualquer lei, decreto que vГЎ de em contrГЎrio a constituição vigente Г© automaticamente revogado quando da sua promulgação.
No entanto, e desafortunadamente, algumas vezes revoga-se o que deveria ter sido invalidado gerando o problema de manter-se as relações jurГdicas produzidas sob o seu manto com todas as suas consequГЄncias. Tal ocorre porque, ao ser publicada, pesa a favor do material jurГdico, a presunção de sua validade, presunção esta que apenas Г© desafiada quando empregada alguma das tГ©cnicas de invalidação anteriormente referidas. Г‰ dizer, por nГЈo ter sido posta em dГєvida antes, uma norma que poderia ter sido anulada foi revogada, de maneira que, por ter sido revogada, apenas tem a sua vigГЄncia cessada a partir do ato revogador.В
“SГєmula 473: A Administração pode anular seus prГіprios atos, quando eivados de vГcios que os tornam ilegais, porque deles nГЈo se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniГЄncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”
3 Por exemplo: a já enunciada disposição “Revogam-se as leis X e Y”; ou a disposição revogadora parcial “Revoga-se o artigo X da lei Y”.
В§ 1Вє A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatГvel ou quando regule inteiramente a matГ©ria de que tratava a lei anterior. В§ 2Вє A lei nova, que estabeleГ§a disposições gerais ou especiais a par das jГЎ existentes, nГЈo revoga nem modifica a lei anterior.
A chave para este entendimento encontra fundamento na Lei de Introdução Г s Normas do Direito Brasileiro (a LINDB), art. 2Вє, que assim dispГµe: “A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatГvel ou quando regule inteiramente a matГ©ria de que tratava a lei anterior”.
(3) ГЉxito: considerando ser a revogação expressa fenГґmeno relativo Г alteração de documentos normativos (textos legais), dependendo do material jurГdico implicado pode nГЈo ocorrer uma “real” eliminação normativa. Porque – conforme sabido – se texto normativo e norma nГЈo se confundem, Г© plenamente possГvel que haja a eliminação de disposição legal que esteja repetida em algum lugar da vasta legislação brasileira.
Finalmente, a revogação global manifesta-se quando um conjunto vasto de normas jurГdicas, em regra um CГіdigo, cria uma disciplina jurГdica diversa da que anteriormente vigorava, independentemente de haver ou nГЈo incompatibilidade com esta Гєltima.
Deve-se atentar, de todo modo, que a revogação por assimilação nГЈo implica, sempre, em eliminação da regulação normativa da matГ©ria anterior. Caso emblemГЎtico disso pode ser observado no campo do direito penal no que se costuma designar de “continuidade normativo-tГpica”. Tal ocorre quando a norma assimiladora continua a estatuir como incriminada a conduta, mas, agora, em disposição mais abrangente. Exemplo sempre lembrado da ocorrГЄncia da continuidade normativo-tГpica ocorreu com o antigo crime de “atentado violento ao pudor”, cuja conduta nГЈo deixou de ser considerada crime, mas apenas migrou para o tipo penal do crime de estupro, tipificado no art. 213 do CГіdigo Penal.
REVOGAÇÃO DE LEI MUNICIPAL POR EMENDA CONSTITUCIONAL. Considera-se revogada a lei municipal que prevê teto para Requisição de Pequeno Valor em desacordo com a previsão constante do art. 100 , § 4º , da Carta Magna , após redação introduzida pela Emenda Constitucional 62 de 2009.
A lei penal e a processual penal no tempo A revogação total chama-se ab-rogação e a parcial denomina-se derrogação .
Significa tornar sem efeito e sГі pode ser feita por lei de igual hierarquia. A revogação total denomina-se ab-rogação e a revogação parcial da lei denomina-se de derrogação. ... E pode ser tГЎcita, quando a lei anterior fica incompatГvel com a nova lei, ou seja, a norma revogadora nГЈo indica quais as normas revogadas.
( ) A revogação de uma lei pode ser total ou parcial. Quando toda a lei antiga for revogada pela nova, a esta força dá-se o nome de derrogação.
Finalmente, a revogação global manifesta-se quando um conjunto vasto de normas jurГdicas, em regra um CГіdigo, cria uma disciplina jurГdica diversa da que anteriormente vigorava, independentemente de haver ou nГЈo incompatibilidade com esta Гєltima.
Quando o cГіdigo vai falar em revogação do contrato, ele comeГ§a uma simples questГЈo trazida no artigo 472 [3], que "o distrato faz-se pela mesma forma exigida pelo contrato", ou seja, a revogação, ou rescisГЈo, embora fala apena de distrato, o distrato prevГЄ, a princГpio, apenas um acordo de vontades.
Quando uma norma menciona expressamente a norma afetada, temos a revogação expressa. Quando uma norma cuida de um assunto de forma incompatГvel com uma norma anterior, ou trata da matГ©ria inteiramente, de forma que a normação anterior resta substituГda, temos a revogação tГЎcita.
Ultratividade- aplica-se a lei revogada aos fatos praticados ao tempo de sua vigГЄncia, desde que seja ela mais benГ©fica ao rГ©u do que a lei revogadora. Retroatividade- aplica-se a lei revogadora aos fatos praticados antes de sua vigГЄncia, desde que ela seja mais benГ©fica do que a lei revogada. Depreende-se do art.
Ultratividade diz-se de uma lei quando ela é aplicada posteriormente ao fim de sua vigência (vide revogação). ... Da mesma forma, as leis temporárias e as excepcionais são ultrativas, pois aplicam-se aos fatos ocorridos durante a sua vigência, mesmo após auto-revogadas.
3Вє do CГіdigo Penal. Ultra-atividade Г© a caracterГstica das leis denominadas excepcionais ou temporГЎrias, que permite a estas serem aplicadas aos fatos praticados durante a sua vigГЄncia, mesmo depois de estarem revogadas.
Em regra, aplica-se a lei penal vigente ao tempo da prГЎtica do fato criminoso, de acordo com o princГpio do tempus regit actum. ... Quer-se dizer que a lei penal produzirГЎ efeitos, em regra, no perГodo da sua vigГЄncia, de acordo com a lei vigente na Г©poca do fato.
O princГpio da retroatividade da lei penal benГ©fica consiste no benefГcio Constitucional concedido a aquele que estГЎ sofrendo persecução criminal, por meio do qual encerra exceção ao princГpio da irretroatividade da lei penal, ao passo que a edição de nova lei material sempre retroagirГЎ quando beneficiar o rГ©u, total ...
Tempo do Crime é o marco adotado para estabelecer o momento (tempo) do cometimento de um crime. Consoante artigo 4º do código penal, "Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado".
A Teoria mista ou da ubiquidade é adotada pelo Código Penal brasileiro, de acordo com o art. 6º: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.”
O CГіdigo Penal brasileiro vigente adotou a teoria finalista. Dessa forma, de acordo com o ordenamento jurГdico pГЎtrio, Г© imprescindГvel que haja dolo ou culpa para que seja configurada uma conduta penalmente relevante.
A Teoria do Crime Г© um caminho lГіgico que deve ser seguido para que, ao final, seja possГvel definir se hГЎ ou nГЈo crime no caso concreto.
O conceito de crime foi dividido em trГЄs elementos principais: fato tГpico, ilicitude e culpabilidade. Foi um grande avanГ§o para o entendimento da ação delituosa e a tentativa de colocar o direito como um ramo da ciГЄncia na Г©poca. Nessa teoria, o fato tГpico era composto puramente por elementos objetivos.
Tipicidade quer dizer, assim, a subsunção perfeita da conduta praticada pelo agente ao modelo abstrato previsto na lei penal, isto é, a um tipo penal incriminador, ou, conforme preceitua Munhoz Conde, "é a adequação de um fato cometido à descrição que dele se faz na lei penal.
A teoria da ubiquidade como considera o lugar do crime tanto o lugar da ação ou omissão ou onde produziu o resultado, acaba ampliando o conceito extensivo do crime. De modo que nesse cenário a lei vai ser aplicada, independente onde ocorreu a conduta ou o resultado.
A teoria da atividade ou da ação considera o momento em que o crime foi praticado, independentemente do lugar onde o crime se consumou. Contrariando a primeira, a teoria do resultado considera o lugar onde se deu o resultado do crime.