Etnia refere-se ao âmbito cultural; um grupo étnico é uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas, culturais e semelhanças genéticas.
A diferença reside no fato de que etnia também compreende os fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, a Religião, a língua e as tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura, traço facial, etc.
Etnia é uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas e culturais. ... A diferença entre raça e etnia, é que é que raça está relacionada com a vertente biológica e etnia corresponde a fatores culturais, como a nacionalidade, religião, língua e as tradições.
O uso do termo “raça” persiste porque infelizmente ainda existem classificações raciais na nossa sociedade atual. É difícil reeducar uma sociedade, quando sua maioria é conservadora.
A biologia usa o termo “raça” como uma categoria de classificação dos seres. A vida é dividida em reinos, classes, espécies... Raça, para os biólogos, é um subnível de classificação, também chamado de subespécie. Por exemplo, cães são uma subespécie de lobos.
Do ponto de vista científico, como já demonstrou o Projeto Genoma, o conceito de raça não pode ser aplicado a seres humanos por não existirem genes raciais na nossa espécie; isso corrobora teses anteriores, que negavam a existência de isolamento genético dentre as populações.
A superação do conceito de raça foi gradual e espontânea, de modo que os indivíduos, ainda que de etnias diferentes, sentem-se parte de uma mesma comunidade e país em função dos laços culturais que possuem.
Segundo o Dicionário Aurélio (1999), o conceito de Raça refere-se ao: Conjunto de indivíduos cujos caracteres somáticos, tais como a cor da pele, a conformação do crânio e do rosto, o tipo de cabelo, etc., são semelhantes e se transmitem por hereditariedade, embora variem de indivíduo para indivíduo.
A base teórica foi das configurações sociais de Norbert Elias. Os autores Kabengele Munanga e Paulo Freire ajudaram na compreensão das categorias identidade negra e educação. O caminho metodológico proporcionado pela história oral favoreceu o contato com as histórias de vida de pessoas negras doutoras do Brasil.
Pois, o preconceito que uma pessoa sofre simplesmente por ser negra/ter a pele escura é muito forte. Durante muito tempo esta pessoa escuta que faz parte de um grupo inferiorizado e que é marginalizada. Tudo isso enfluencia na construção de sua identidade.
Assim, a presença da cultura e identidade negra na escola é fundamental para garantir a sensação de representação/pertencimento àquele espaço. Discutir a real importância da cultura e identidade negra na escola é resgatar a auto estima e criar novas perspectivas na forma do cidadão enxergar-se como igual aos demais.
No Brasil e em outros países que utilizaram a mão de obra escrava, o racismo resulta, principalmente, da colonização e da escravidão. No dia 13 de maio de 1888, a promulgação da Lei Áurea proibiu a escravidão, mas não foram criadas políticas de inserção dos negros recém-libertos no mercado de trabalho e na educação.
Na lei brasileira existem punições diferentes para os crimes de racismo e injúria racial. O crime de racismo se configura quando alguém se recusa ou impede o acesso de uma pessoa a estabelecimentos comerciais, bem como entradas sociais, ambientes públicos, e também quando nega um emprego.
O MNU nasceu quando representantes de várias entidades se reuniram em resposta à discriminação racial sofrida por quatro garotos do time infantil de voleibol do Clube de Regatas Tietê, e à prisão tortura e morte de Robison Silveira da Luz, acusado de roubar frutas numa feira.
Estudiosos do tema explicam que o surgimento do feminismo pode estar associado ao adventos da Revolução Francesa (1789), pois nessa época foi escrita a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”. ... A partir de então, o feminismo e a luta pela valorização da mulher começou a ganhar espaço.
É possível encontrar na historiografia dos séculos 15 e 18 o aparecimento de temas dedicados à denúncia da condição de opressão das mulheres, tendo como principais fatores a superioridade e a dominação imposta pelos homens.
Charles Fourier
O feminismo aparece como um movimento libertário, que não quer só espaço para a mulher – no trabalho, na vida pública, na educação –, mas que luta, sim, por uma nova forma de relacionamento entre ho- mens e mulheres, em que esta última tenha liber- dade e autonomia para decidir sobre sua vida e seu corpo.
O machismo é um preconceito, expresso por opiniões e atitudes, que se opõe à igualdade de direitos entre os gêneros, favorecendo o gênero masculino em detrimento ao feminino. Ou seja, é uma opressão, nas suas mais diversas formas, das mulheres feita pelos homens.
Desigualdade de gênero, a partir das ideias construídas de gênero e relação, expondo a desigualdade sexual e diferença entre homens e mulheres, pontuando como principal causa o machismo.
O machismo traz prejuízos individuais e sociais para a mulher (assédios, menosprezo do feminino, violências em relacionamentos afetivos e outras relações sociais), e impacta negativamente também o homem e esse fato precisa ser falado e compreendido nos mais diversos espaços.