Deficits sensoriais: dentaduras, óculos de grau ou aparelhos auditivos devem ser usados, se for o caso, para facilitar a comunicação durante a entrevista. Iluminação adequada e eliminação da distração visual ou auditiva também ajudam.
Prestando atenção às necessidades dos idosos e equilibrando-as com os conselhos dos profissionais de saúde, pode tornar menos stressante para todos, mesmo que os idosos nem sempre sigam os conselhos dados.
Deve-se aconselhar os pacientes que usam drogas recreativas (p. ex., opioides, álcool, maconha, cafeína, alucinógenos) sobre o risco de dependência e possíveis interações com fármacos controlados e outros fármacos.
O apoio ao envelhecimento traz uma série de desafios e as questões de comunicação são essenciais. Muitos adultos que cuidam dos pais idosos, por exemplo, acreditam que os seus pais são teimosos em seguir os seus conselhos ou obter ajuda nas tarefas diárias.
Pode ser difícil ter que aceitar que se podem evitar alguns erros ou incidentes, mas em vez de insistir, o melhor é desenvolver a capacidade de encaixe, observando atentamente e ser capaz de atuar quando necessário.
A abordagem sem pressão da comunicação pode funcionar muito bem. Um exemplo será anunciar que se pretende afalar de um determinado assunto, mas indicar que a conversa não precisa de acontecer naquele momento.
Os pacientes podem ser questionados sobre delírios e alucinações, cuidados de saúde mental anteriores (incluindo psicoterapia, institucionalização e terapia eletroconvulsiva), uso de fármacos psicoativos e mudanças recentes de circunstâncias. Muitas circunstâncias (p. ex., perda recente de um ente querido, perda de audição ou situação de vida e perda de independência) podem contribuir para a depressão.
No vídeo abaixo, resumimos as perguntas essenciais a se fazer numa entrevista de emprego doméstico (não deixe de assistir).
Quer se trate de cuidados temporários, sessões regulares de apoio com um enfermeiro ou um grupo de apoio, é importante saber quando parar, quer para os cuidadores, quer para os idosos.
A população brasileira está envelhecendo. Em dez anos, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população, e a parcela com mais de 65 anos é de 10%, conforme levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado em 2022.
Se os idosos não estiverem dispostos a mudar o seu comportamento por eles próprios, talvez o façam por um outro familiar, como um neto ou filho. Por exemplo, argumentar que o fumo passivo é um risco para os netos, poderá ajudar um idoso a deixar de fumar.
Se já houve várias tentativas para conversar sobre um assunto e mesmo assim não se chegou a lado nenhum, o ideal será tentar falar com outra pessoa, um cuidador, terapeuta ou profissional de saúde.
É melhor procurar apoio com um amigo, familiar ou profissional de saúde. É fácil haver uma sobrecarga de frustração, medo e ansiedade ao ajudar constantemente os idosos que se recusam a ser ajudados, mesmo quando há uma preocupação profunda com eles.
Aproveitar a pausa para refletir, rever os pensamentos e emoções e pensar como seria mais produtivo falar e ser ouvido. Depois de as coisas acalmarem um pouco, pode-se tentar novamente encetar a conversa com uma nova estratégia.
Em qualquer comunicação com as pessoas idosas, além do respeito, paciência e cuidado, há outro fator importante a ter em conta: a melhor abordagem talvez seja falar com elas e não falar para elas.
Os problemas de saúde mental não são detectados facilmente em pacientes idosos. Os sintomas que podem indicar um transtorno de saúde mental em pacientes mais jovens (p. ex., insônia, mudanças nos padrões do sono, constipação intestinal, disfunção cognitiva, anorexia, perda ponderal, fadiga, preocupação com funções corporais e maior consumo de álcool) podem ter outras causas no idoso. Tristeza, desespero e episódios de choro podem indicar depressão. A irritabilidade pode ser o sintoma afetivo primário de depressão ou os pacientes podem apresentar disfunção cognitiva. A ansiedade generalizada é o distúrbio mais comum encontrado no paciente idoso e frequentemente é acompanhada de depressão.
Cuidado com termos prontos: muitos pacientes afirmam que tem experiência com acamados, por exemplo, mas não citam se são lúcidos ou dementes. Este tipo de detalhe faz toda a diferença.
Com sua primeira edição publicada em novembro de 2008, a Revista ABM carrega a credibilidade da Associação Bahiana de Medicina. São mais de 40 edições impressas de um veículo prestador de serviço na área de saúde com conteúdo de excelência.
Quando há familiares que vivem longe, é indicado ter uma figura —filhos, sobrinhos, parentes próximos, amigos, se não forem viúvos, o marido ou a esposa, dependendo da situação— para relatar informações da rotina.
Em vez de estabelecer um plano para os idosos sem a sua participação, quer seja contratar alguém para os ajudar em casa e fazer recados ou mudá-los para uma instituição ou lar, ou mesmo ajudar a escolher onde preferem morar.
Desta forma, não é tão fácil lidar com um idoso rabugento ou uma idosa que sofre de depressão. Por vezes a única solução é procurar apoio e falar com alguém que pode ajudar a tratar deste tipo de situação.
Este medo pode ser a razão pela qual muitos idosos são resistentes à procura de ajuda e por vezes, não comunicam como se sentem ou os sintomas de alguma doença ou outros estados em que se encontram.