A necrose liquefativa, ou por liquefação ou por coliquação ou coliquativa, é caracterizada pela total lise da área tecidual com necrose, que se mostra muito amolecida, semifluida, ou líquida, devido à ação das enzimas lisossomais liberadas das células mortas.
Na presença de necrose de liquefação a ferida deverá ser lavada em jatos com solução de papaína de 4 a 6% diluída em solução fisiológica. Na presença de necrose de coagulação na concentração de 8 a 10%, após efetuar a escarectomia.
Desaparecimento das células como estruturas; podendo no entanto ocorrer: Destruição completa das células e arcabouço tissular, produzindo espaços vazios (em algumas formas de necrose coliquativa), ou uma massa homogênea eosinofílica indistinta (nas necroses de caseificação).
NECROSE. A necrose se caracteriza pelo tamanho celular aumentado (edema), alterações nucleares (picnose, cariorréxis, cariólise), membrana plasmática danificada e extravasamento de conteúdo celular para fora da célula, além do aumento da eosinofilia.
A esteatonecrose (necrose gordurosa ou necrose enzimática do tecido adiposo) é a que compromete os adipócitos. Usualmente deve-se à ação das triacilglicerol-lipases sobre os triacilgliceróis liberando ácidos graxos e glicerol, pela quebra das ligações éster entre o glicerol (1,2,3-propanotriol) e os ácidos graxos.
O tecido necrótico consiste numa acumulação de células, tecido e resíduos celulares mortos. A remoção de tecido necrótico da ferida através de técnicas de desbridamento adequadas (cirúrgicas ou mecânicas) é um pré-requisito para que os processos de cicatrização da ferida possam ter início.
O desbridamento é um método de extração de corpos estranhos e tecidos desvitalizados ou necróticos cujo objetivo é a limpeza, proporcionando as condições ideais para a cicatrização.