As forrageiras são cultivadas em consórcio com culturas como milho, sorgo e arroz ou em sucessão a culturas de verão, como a soja. O objetivo pode ser o de somente a produção de palha da forrageira, ou palhada, mais a cultura associada.
Feijão-miúdo (Vigna sinensis) É uma das melhores leguminosas forrageiras para verão e outono devido a sua resistência à seca. É usada em consorciação com milheto, sorgo e papuã, entre outras espécies de gramíneas. Adapta-se aos principais tipos de solos, menos aos muito úmidos.
Se o produtor quer intensificar a produção de leite a pasto, a dica é escolher forrageiras de maior potencial produtivo e bom valor nutritivo. Nesse caso, as melhores opções são as do gênero Cynodon, Panicum, Pennisetum (capim-elefante), além das cultivares de Brachiaria brizantha.
Escolher o capim que o boi gosta de comer Os bovinos preferem forrageiras com muitas folhas e poucos colmos. São as folhas que alimentam e engordam o boi. As forrageiras mais apreciadas por estes animais são a paiaguás, a piatã e a marandu. Em seguida a decumbens, a humidícola e a xaraés.
O capim-elefante (Pennisetum purpureum) tem se destacado entre as forrageiras mais utilizadas nos sistemas de produção de leite, em decorrência do seu elevado potencial produtivo e da sua qualidade.
A mais utilizada é o capim-marandu, também conhecida como braquiarão ou brizantão, mas o capim-piatã, por apresentar um valor nutritivo mais alto e proporcionar maiores ganhos de peso aos novilhos, é a que reúne melhores condições para a fase de acabamento.
Entre as principais cultivares de capim-elefante, a BRS Capiaçu é também a que apresenta o maior teor de proteína (ver tabela 1). Capiaçu, em tupi-guarani, significa "capim grande". A cultivar não nega o nome, ultrapassando cinco metros de altura. O resultado é alta produção de biomassa.
Para uma formação de boa pastagem, a área deve receber o gado entre 40 e 75 dias após a germinação da forrageira. Quando as folhas de cima começarem a se dobrar e o pasto deixar de ter o aspecto inicial de “folhas espetadas” deve-se colocar o gado. Esse pastejo deve ser intenso e por um período de tempo curto.
O preparo do solo: - metade da quantidade de calcário recomendada deve ser esparramada na área antes da aração e, a outra metade, após a primeira gradagem; - a primeira movimentação do solo pode ser feita com arado ou gradeadora ("grade rome"), incorporando todo o material vegetal existente na superfície.
A pastagem é subdividida em um número variável de piquetes que são utilizados um após o outro, podendo ter um número fixo ou variável de animais. Os piquetes são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso.
A pesquisadora da Embrapa ressalta que eles devem ser feitos em nível, com largura pode variar entre 3 e 6 metros para rebanhos com menos de 50 animais e até 8 metros no caso de rebanhos maiores.
1 – Mapa: é o ponto de partida para dividir a fazenda em piquetes. Atualmente, ferramentas como Autocad ou Google Earth podem concluir a tarefa com relativa precisão; 2 – Distâncias: a água não pode estar em uma distância superior a 600 m do fundo do piquete.
6 passos para implementar o pastejo rotacionado com manejo desponte/repasse
Como fazer piquetes para o gado?
O manejo correto das pastagens é fundamental para qualquer sistema de criação de bovinos a pasto. ... O pastejo rotacionado é um sistema no qual a pastagem é subdividida em três ou mais piquetes, que são pastejados em seqüência por um ou mais lotes de animais.
O tamanho do piquete é calculado dividindo-se a área total pelo número de piquetes. No exemplo do capim-tanzânia, os 10 ha devem ser divididos por 33 piquetes. Assim, cada piquete deve ter 0,3 ha, ou 3.
O pastejo das vacas dura, no máximo, um dia e deve-se ter, no mínimo, 30 piquetes. Calcula-se o tamanho de cada piquete em 50 metros quadrados por vaca por dia. A quantidade de vacas na propriedade é a chave para determinar o tamanho dos piquetes.
A taxa de lotação é um dos fatores que devem ser observados neste sistema. Ela diz respeito ao número de unidades animais (UA) que podem ser colocadas por hectare ou piquete. Cada unidade animal corresponde a 450 kg de peso vivo. Outro fator que influencia a taxa de lotação é o tipo de forrageira.
A lotação, o número de animais colocados no sistema também deve ser observado. “É preciso ter 10 metros quadrados por vaca para o descanso. Isso é variável pelo tamanho e raça do animal”, reforça o veterinário.