A formação discursiva é a materialização da ideologia. Essa se materializa no discurso e o discurso se materializa na língua. A ideologia possibilita o efeito de evidência ao sentido ela não se materializa.
O conceito de formações imaginárias (FI) nasce assim ao lado do de condições de produção e diz respeito às imagens ou representações que os elementos A e B fazem de si e do objeto do discurso nos processos discursivos, representações estas que estão atreladas a lugares sociais/ideológicos.
O filósofo lecionou e proferiu conferências e palestras em diversas universidades na França, Alemanha, Estados Unidos e Suíça, estando, inclusive, na Universidade de São Paulo (USP), em 1965 e 1975. ... Em 1975, ele publicou Vigiar e Punir - a história da violência nas prisões.
A Arqueologia do saber (em francês: L'archéologie du savoir) é um tratado metodológico e historiográfico de 1969 do filósofo francês Michel Foucault, no qual ele promove a "arqueologia" ou o "método arqueológico", um método analítico que ele implicitamente usou em seus trabalhos anteriores Loucura e Civilização (1961), ...
Ele é justamente o conjunto de enunciados, sob uma dada formação discursiva, praticados ao longo do tempo . ... A análise do discurso foucaultiana trata o discurso sempre sob uma prática discursiva, sempre em sua realidade, no fato dos enunciados ditos, não na possibilidade abstrata de um enunciado se realizar.
Ser foucaultiano, portanto, não significa percorrer o mesmo caminho que ele, repetindo suas teorias e conclusões. Significa partir de seu itinerário intelectual e suas ferramentas filosóficas para reinterpretar o que somos, o que não somos e o que podemos ser.
"O que está em questão é o que rege os enunciados e a forma como estes se regem entre si para constituir um conjunto de proposições aceitáveis cientificamente e, consequentemente, susceptíveis de serem verificadas ou infirmadas por procedimentos científicos.
O poder em Foucault é pensado como relação, ele raramente usa a palavra poder, mas a expressão - relações de poder - e quando usa a primeira é sempre no sentido da segunda. O poder pensado como relações de poder traz a ideia de força.
Ao mesmo tempo, Foucault (2005) mostra que todo discurso se articula com relações de poder e saber. Para o Genealogista, o discurso não é uma simples “projeção desses mecanismos de poder”, mas é uma articulação de poder e saber. Com isso, não existe um discurso do poder e outro sem poder.
O discurso dá sustentação aos enunciados e ao mesmo tempo é reforçado pelos enunciados que o realizam, mas nunca poderá se restringir a um enunciado específico nem poderá existir sem esses enunciados.
efeito de sentidos entre interlocutores”, é o lugar de contato entre a língua e a ideologia, sendo que a materialidade da ideologia é o discurso e a materialidade do discurso é a língua.