Os platelmintos (do grego platy, “chato”, e helmins, “verme”), conhecidos como vermes achatados, são animais que apresentam um grau mais elevado de evolução, quando comparados aos poríferos e aos cnidários.
Esses platelmintos não apresentam sistema digestório e absorvem de seus hospedeiros os nutrientes por difusão, pela superfície do corpo, o que representa uma adaptação ao modo de vida parasitário. As tênias, também chamadas de solitárias, das espécies Taenia solium e Taenia saginata, são exemplos dessa classe que parasitam o homem.
Platelmintos de pequeno porte, como as planárias, podem se reproduzir assexuadamente, formando descendentes geneticamente idênticos. Entre as planárias pode ocorrer divisão por fissão, originando duas metades, em que cada uma se regenera e forma uma nova planária.
São muitas as espécies de platelmintos, habitando os mais variados ambientes, como mares, rios, lagos, solos úmidos e o interior do corpo de outros animais, vivendo como parasitas. Seus representantes mais conhecidos são as planárias, os esquistossomos e as tênias.
Em A, temos o sistema digestório, onde podemos observar a boca e a faringe; nota-se também a grande quantidade de ramificações da cavidade gastrovascular. Em B, temos o sistema nervoso do tipo ganglionar ventral; nota-se na região da cabeça, a presença de gânglios cerebrais. Em C, temos o sistema excretor; nota-se o detalhe da célula-flama com inúmeros cílios.
Essa classe é representada pelas espécies de planária, organismos que são encontrados em ambientes marinhos, em água doce (dulcícola) ou ainda em solos com bastante umidade.
Os platelmintos possuem sistema digestório incompleto, com apenas uma abertura que se comunica com o exterior: a boca, localizada na região ventral, por onde entram os alimentos e também por onde são eliminados os restos que não foram digeridos, já que esses animais não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório possuem, vivem como parasitas, absorvendo o alimento do hospedeiro no qual se instalam.
Em A, temos uma planária, na qual podemos observar a região da cabeça triangular. Em B, temos uma planária terrestre do gênero Geoplana, que pode atingir vários centímetros de comprimento. Em C, temos o Schistosoma mansoni; nota-se a presença da fêmea no canal ginecóforo do macho. Em D, temos a tênia; nota-se a presença da cabeça (escólex) e das proglotes (segmentos).
Nos platelmintos parasitas ocorre a reprodução sexuada, sendo que, em alguns casos, os ciclos reprodutivos são muito complexos e serão detalhados posteriormente. O Schistosoma mansoni tem sexos separados, ou seja, é uma espécie dioica e apresenta evidente dimorfismo sexual, com macho e fêmea anatomicamente muito diferentes.
As planárias são hermafroditas, isto é, possuem o sistema reprodutor masculino e feminino, mas são incapazes de realizar a autofecundação. No acasalamento ou cópula, duas planárias se aproximam e colocam em contato orifícios que possuem na superfície ventral do corpo, os poros genitais, por onde trocam espermatozoides mutuamente. Nesse caso, a fecundação é chamada cruzada e interna. Após a fecundação, o zigoto desenvolve-se sem passar por estágio larval e, portanto, o desenvolvimento é direto.
Sistema digestório: Assim como no Filo dos Cnidários, o sistema digestório dos platelmintos é incompleto, uma vez que só possuem boca e não ânus. Nas planárias, este sistema digestório se abre para o meio externo na ponta de um prolongamento , semelhante a um canudinho, que sai do ventre do animal – a faringe. A digestão nestes animais é realizada tanto dentro do tubo digestório (extracelular) quanto dentro das células (intracelular). Os platelmintos parasitas podem ter adaptações no sistema digestório: os esquistossomos possuem uma ventosa na boca para se fixarem nas veias do intestino e do fígado humano e a tênia que não possui intestinos, uma vez que se alimenta absorvendo nutrientes através da superfície corpórea.
Houve um progresso na organização corporal com a presença de alguns sistemas, o que praticamente não existe nos outros grupos. Outra característica importante desses animais é a simetria bilateral: possuem lado direito e lado esquerdo, região anterior e posterior, região ventral e região dorsal.
Em A, temos o sistema reprodutor de uma planária de água doce; nota-se a presença dos dois aparelhos reprodutores, o que caracteriza um animal hermafrodita. Além disso, observa-se a presença de ovários na região da cabeça. Em B, temos o acasalamento entre dois organismos que se unem pela face ventral com os poros genitais.
Sistema nervoso: O sistema nervoso dos platelmintos é um pouco mais sofisticado que dos animais do Filo dos Cnidários. Ao contrário da rede difusa de células nervosas encontrada nas águas-vivas, os platelmintos possuem regiões com concentração de neurônios – os gânglios. Há dois gânglios na região frontal do animal ligados a dois cordões nervosos que seguem ventralmente até a região posterior do organismo. Desses cordões partem diversas ramificações para enervar as diferentes partes do corpo do animal.
Todas as espécies dessa classe são parasitas de outras espécies, e a maioria realiza parasitismo em animais vertebrados. Esses parasitas não possuem estruturas sensoriais e, em geral, são endoparasitas, vivendo no interior dos corpos de seus hospedeiros. Um representante dessa classe é o Schistosoma mansoni, parasita causador da esquistossomose ou barriga-d’água.
No entanto, eles possuem um sistema excretor formado por uma rede de finos canais que se comunicam com o exterior do corpo e células especializadas, as células-flama, com cílios que batem constantemente, produzindo uma corrente de água que conduz os resíduos para fora do corpo do animal.
Classificação dos Platelmintos
Animal
Platelmintos - Vermes de corpo achatado, em forma de fita; Nematelmintos - Vermes de corpo homogeneamente cilíndrico e afilado em ambas as extremidades; Anelídeos - Vermes de corpo dividido em anéis.
Nesse sentido, os platelmintos correspondem a vermes achatados que possuem corpo em forma de fita. Já, por sua vez os nematelmintos correspondem a vermes de corpos homogeneamente cilíndricos e afilado em suas extremidades.
Os platelmintos são vermes achatados triblásticos acelomados, tubo digestório incompleto ou ausente, com uma simetria bilateral e são os primeiros animais a apresentarem um sistema nervoso central. ... Os nematódeos são vermes cilíndricos,triblásticos pseudocelomados, com sistema digestório completo - boca e ânus.
São protostomados triblásticos e possuem um celoma do tipo blastoceloma (ou pseudo celoma). Nestes animais, a cavidade celomática é revestida tanto pela mesoderme quanto pela endoderme (no celoma verdadeiro, é apenas pela mesoderme). O sistema digestivo é completo, com boca e ânus, e digestão extracelular.
Os platelmintos que mais parasitam o ser humano são: ascaris lumbricóides, ancilostoma duodenale, necator americanus,enterobios (oxiúros) vermiculares e wuchereria bancrofti. Os platelmintos são responsáveis por doenças como esquistossomose, teníase (solitária), cisticercose, hidatidose e a fasciolose.
Dentre as doenças que podem ser acarretadas pelo contato com as planárias estão a esquistossomose, a equinococose e a teníase. Em geral, os sintomas são hemorragias, diarréia, náuseas, cistos e etc.
Teníase e cisticercose. Duas das espécies mais conhecidas de solitárias são a Taenia saginata, conhecida como tênia bovina, e Taenia solium, ou tênia suína. As tênias são responsáveis por duas doenças que atacam humanos: a teníase e a cisticercose.
1) O platelminto que não apresenta vida parasitária é: b) A planária. ... Os platelmintos, possuem aproximadamente 15 mil espécies, onde a maioria vivem em ambientes aquáticos,mais também em ambientes terrestres úmidos. As planárias : medem cerca de 1,5 cm de comprimento, vivem em lagos e lugares úmidos.
Abaixo mostramos algumas das verminoses mais comuns:
A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo Schistosoma mansoni. Inicialmente a doença é assintomática, mas pode evoluir e causar graves problemas de saúde crônicos, podendo haver internação ou levar à morte.
A esquistossomose é uma doença causada pelo Schistosoma mansoni, parasita que tem no homem seu hospedeiro definitivo, mas que necessita de caramujos, como B. glabrata,como hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo evolutivo.
No homem, a contaminação pelo A. cantonensis ocorre por meio de larvas contidas no muco produzido pelo caramujo durante sua locomoção. A transmissão também pode ocorrer pela ingestão de hortaliças e frutas, contaminadas pela larva do bicho.
Os resultados mostram que uma dose única de praziquantel (40 mg/kg), como recomendado pela Organização Mundial da Saúde, é um tratamento eficaz para a infecção pelo Schistosoma mansoni. Doses mais baixas podem ser menos eficazes e doses mais altas provavelmente não trazem maiores benefícios.
Dependendo da espécie infecciosa e da intensidade da infecção, as pessoas podem ter febre, calafrios, desconforto ou dor abdominal, icterícia, coceira, diarreia e perda de peso. Os médicos diagnosticam a infecção ao verem os ovos de trematódeos nas fezes ou no conteúdo intestinal de uma pessoa.
A mulher foi diagnosticada com miíase, que é uma doença gerada pela infestação de larvas de mosca em um tecido animal. No caso dela, o inseto havia depositado os ovos no aparelho urinário e ela pode ter pego a doença ao beber água contaminada.
Os sintomas de vermes no corpo do ser humano variam de acordo com a verminose, sendo que o sinal mais evidente é a presença do verme nas fezes....Outros sintomas comuns são:
Os sintomas de vermes intestinais surgem devido à ingestão dos ovos e cistos desses microrganismos que estão presentes na terra, carnes cruas ou superfícies sujas, e que se desenvolvem no intestino, provocando sintomas como barriga inchada, dor abdominal ou comichão no ânus.