Por Que As Pessoas Ficam Em Silncio?

Por que as pessoas ficam em silncio

Graduado em Psicologia pela Universidade de Salamanca (2014). Possui mestrado em Sexologia pela Universidade Europeia Miguel de Cervantes (2015) e mestrado em Psicologia Geral da Saúde pela Universidade de Córdoba (2016). Número de membro: AN08736.

O poder do silêncio

Ao pensar em “diálogo”, é comum que uma pessoa interprete que ela deve falar o tempo todo. Nesse caso, ou será um monólogo, com somente uma pessoa falando, ou será uma confusão, com dois indivíduos proferindo palavras ao mesmo tempo. Colocar-se em silêncio durante uma conversa é o que dá espaço para a outra pessoa se expressar. É assim que você será capaz de ouvi-la com atenção e sensibilidade.

Os esforços de marketing para esses produtos tentam nos convencer de que barulho é algo intolerável, e que a única maneira de ser feliz é calando os outros e seus sons indesejáveis. Essa mesma ilusão é retratada em “Um Lugar Silencioso”. O único momento de alívio em todo o “silencioso filme de horror” é quando Evelyn e Lee estão unidas por um fone de ouvido, balançando suavemente ao som de sua própria música, silenciando o mundo fora de seus fones.

Se você está tentando se recuperar de alguma doença e não consegue, tente ficar em um cômodo sem barulho, em silêncio, por algumas horas. Talvez você durma nesse processo, mas será um ótimo exercício para que o seu corpo relaxe e não tenha que lidar com as múltiplas distrações que o barulho promove nos nossos cérebros.

Dicas para aproveitar o silêncio no dia-a-dia

Dicas para aproveitar o silêncio no dia-a-dia

Ele ficava tão irritado com vendedores de rua barulhentos que gastou uma fortuna para tornar o estúdio em sua casa à prova de som. Não deu certo. Seus ouvidos hipersensíveis captavam o menor ruído como uma tortura e ele foi forçado a se mudar para o campo.

O silêncio pode estar diretamente ligado à solidão, provocando uma sensação de desamparo. Ou simbolizar um momento de introspecção, falta de interesse, ausência de diálogo, distanciamento do convívio social. No entanto, é preciso desmistificar o silenciar que, nem sempre está associado aos sentimentos negativos, pois dar um tempo ao cérebro pode ser bastante saudável. Tanto psicologicamente quanto cientificamente.

O silêncio na cultura do barulho

Mas, em tempos modernos, o problema parece ter piorado exponencialmente. Durante a Revolução Industrial, as pessoas se aglomeraram em cidades com fornos de fábricas que rugiam e apitos de trem que gritavam. O filósofo alemão Arthur Schopenhauer chamou a cacofonia de “tortura para intelectuais”, defendendo que os pensadores precisavam de quietude para fazer um bom trabalho. Apenas os estúpidos, ele pensou, tolerariam o barulho.

Quando estiver conversando com uma pessoa, em vez de interrompê-la sistematicamente, contando coisas das quais você se lembrou ou questionando o que ela diz, faça o exercício de ficar em silêncio para ouvi-la. Além de ser um sinal de respeito, também é uma forma de se comunicar com compreensão e atenção. Experimente ouvir mais do que falar!

O estresse, sempre ele, é prejudicial à saúde cerebral, e o excesso de barulho contribui muito para ativá-lo. O estresse pode reduzir as projeções entre diferentes camadas de células do hipocampo, em tempo relativamente curto, horas inclusive. "Essa estrutura participa da consolidação da memória, e também de uma rede neuronal ampla que está relacionada com as emoções", afirma biomédico Odival Cezar, docente do departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E um ambiente ruidoso pode induzir estresse, causando prejuízo emocional e de memória.

Interpretar silêncios: dizer e não dizer

<strong>Interpretar silêncios: dizer e não dizer</strong>

O público tem ido em massa mergulhar os pés nesse terror silencioso, e está adorando: o filme arrecadou mais de US$ 100 milhões nas bilheterias e foi avaliado com 95% de aceitação no Rotten Tomatoes [site que compila avaliações de filmes feitas por críticos nos EUA].

Ainda assim, legislar contra os barulhentos raramente satisfazia nosso crescente desejo por tranquilidade, assim surgiram produtos e tecnologias para atender à demanda de consumidores cada vez mais sensíveis. No início do século 20, cortinas de abafamento de som, pisos isolantes, divisórias e ventiladores impediam a entrada de ruídos vindos do lado de fora, ao mesmo tempo em que evitavam que os sons incomodassem os vizinhos ou a polícia.

Participou no III Congresso Nacional de Psicologia de Oviedo (2017). Desde 2013, atua profissionalmente como educador sexual em escolas secundárias e com grupos em risco de exclusão social. Atualmente codirige e coordena a clínica de psicologia PSIKO - Psicologia Online.

Interpretar os silêncios de alguém que não quer falar

Um estudo realizado em 2013, em ratos, publicado na revista Brain, Structure and Function, mostrou o efeito do som e do silêncio sobre o cérebro deles. E os cientistas descobriram que, quando ao serem expostos a duas horas de silêncio diário, foram desenvolvidas novas células no hipocampo, região do cérebro associada à memória, emoção e aprendizagem.

Já que alguns podem se sentir contentes em seus casulos acústicos pré-fabricados, quanto mais as pessoas se acostumarem à vida sem sons indesejados, mais elas se parecerão com a família retratada em “Um lugar silencioso”. Para ouvidos hipersensibilizados, o mundo se torna algo barulhento e hostil.

O novo filme “Um lugar silencioso” é a história envolvente de uma família que se esforça para evitar ser ouvida por monstros de ouvidos hipersensíveis. Condicionados pelo medo, eles entendem que o menor ruído provocará uma resposta violenta – e, provavelmente, a morte.

O silêncio na psicologia

Charles Dickens descreveu sentir-se “assediado, preocupado, cansado, quase levado à loucura pelo barulho dos músicos de rua” em Londres. Em 1856, o jornal The Times fez eco ao seu aborrecimento em relação à “atmosfera barulhenta, confusa e de dispersão” e pediu ao Parlamento para legislar por “um pouco de silêncio”.

Os aviões foram forçados a voar mais alto e mais lentamente em áreas povoadas, enquanto as fábricas eram obrigadas a mitigar o ruído que produziam. Em Nova York, o Departamento de Defesa do Meio Ambiente – auxiliado por uma van cheia de aparelhos de medição de som com a mensagem “barulho te deixa nervoso e grosseiro” na lateral – foi atrás de “produtores de barulho” como parte da “Operação Soundtrap”.

Como saber se ele perdeu o desejo por mim?

Perceba se o tom de voz dele mudou. Esse é um grande sinal de perda de interesse. Alguns homens falam com as pessoas que lhes interessam com um tom mais suave e galanteador do que o normal. Quando os sentimentos dele forem embora, talvez o tom de voz dele mude e passe a soar mais com a forma que ele fala normalmente.

Como saber se ele não sente mais atração por mim?

Uma forma de identificar que vocês estão se afastando e que a atração talvez não seja mais a mesma é medindo a quantidade de tempo vocês passam juntos. Se os amigos, a internet e o trabalho têm ocupado muito mais a sua agenda do que o outro, e vice-versa, então algo não vai bem.