Na monarquia o chefe de Estado se mantém no poder durante toda a vida, ou até abdicar. Na república, o chefe de Estado é eleito democraticamente para um determinado período de tempo.
O Politize! já apresentou para você os principais sistemas de governo de hoje em dia. Temos de um lado o presidencialismo, que é adotado no Brasil; de outro lado, temos o parlamentarismo, sistema vigente em vários países europeus; e existe também um meio termo entre esses dois sistemas: o semipresidencialismo, também adotado por alguns países na Europa.
Além das formas e sistemas de governo, os países podem ter dois tipos de regime político: autoritário (em que o povo não tem liberdade de escolher os representantes) e democrático (em que os cidadãos elegem representantes por meio de eleições). Um país pode ter a república como forma de governo e possuir um regime autoritário (caso da China). Ou ser uma monarquia e ter um regime democrático (como acontece com as monarquias parlamentares).
Como você pode imaginar, uma república não possui um monarca, afinal, se fosse assim, não haveria motivos para não chamá-la de monarquia. Mas se não há um líder vitalício que transfere seus poderes para seus herdeiros, quem assume seu lugar?
A monarquia é uma forma de governo. Nela, o chefe de Estado se mantém no poder durante toda a vida ou até abdicar do cargo. É a forma de governo em vigor mais antiga no planeta.
Em uma monarquia constitucional ou parlamentarista, a figura do monarca fica resumida a garantir que todas as instituições do Estado estejam em funcionamento. Assim, o rei seria a personificação da autoridade do Estado, comandado pelo primeiro-ministro.
Em 1831, nove anos depois de se tornar o primeiro imperador brasileiro, Pedro I abdicou do trono, em meio a uma grande reprovação interna de seu governo. Ele retornou a Portugal, onde se desenrolava outro conflito político grave envolvendo a monarquia. O trono ficou para seu filho de cinco anos de idade, que anos mais tarde assumiria oficialmente o cargo, como Dom Pedro II.
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Entretanto, com o passar do tempo, a figura do rei como um líder que governa sozinho passou a ser questionada pelos próprios burgueses e outros cidadãos. Por pretenderem também fazer parte do governo do país, sendo consultados sobre as tomadas de decisão.
Uma após a outra, as monarquias foram caindo e dando espaço para as Repúblicas – o que simbolizava na época uma democratização do poder – apoiadas pela Burguesia, que finalmente viu a chance de conquistar o poder que lhes era negado pela realeza, nobreza e clero.
Apesar das transformações nos séculos seguintes, a maioria dos historiadores considera as repúblicas antigas muito importantes. Pois seriam cruciais para a construção das repúblicas como as conhecemos hoje.
Também existem registros de repúblicas antigas, como as de cidades da Grécia antiga e de Roma. Mas elas tinham estruturas muito menores do que as repúblicas modernas. Estas começaram a aparecer no século XVIII, com o trabalho de filósofos como Voltaire, Rousseau e Montesquieu, e com as revoluções americana e francesa, que acabaram por espalhar o ideal republicano mundo afora.
Apesar de períodos da história em que houve monarquias absolutistas, atualmente o tipo de monarquia mais comum é a constitucional. Nesta forma de monarquia, o rei ou rainha não detém poderes sobre o governo, sendo apenas uma figura política.
Na república, o cargo que costumava ser exercido por um rei passa a ser exercido por uma pessoa escolhida diretamente pelo povo, geralmente chamado de presidente ( às vezes também de primeiro-ministro, no caso de repúblicas parlamentaristas). Normalmente, o presidente é, ao mesmo tempo, o chefe de Estado e o chefe de governo, exceto nas repúblicas parlamentaristas. O seu tempo no poder costuma ser curto e muito bem definido. Ele também não tem como transferir seu cargo para uma pessoa de sua família ou de seus círculos.
Um exemplo de um bom monarca é São Luís IX, Rei da França, considerado por vários historiadores como um dos governantes mais justos da terra. Ele realizou obras de caridade (criação de hospitais primitivos e orfanatos), regulamentou a justiça e introduziu a presunção da Inocência ( ninguém é culpado até que se prove o contrário), conservou e restaurou obras literárias da antiguidade e passava horas montado no cavalo ouvindo diretamente a população.
O presidente no parlamentarismo é visto como uma figura simbólica, de poderes limitados. Por isso, é um sistema bastante semelhante à monarquia constitucional, mas com troca de chefe de Estado após mandato de tempo definido.
A Constituição, por sua vez, deve ser emanada do povo. Este irá então definir as regras a que a sociedade se submete e que devem ser a base para o governo. Geralmente, o governo é presidido pelo primeiro-ministro, que é uma figura eleita democraticamente.