Amar um filho é enroscá-lo no colo com medo que o tempo passe. Com medo que o tempo corra. É abraçar o momento de forma simples, efémera, mas eterna. Com os dois braços apertados, fazê-lo perdurar para além das noites em claro e dos dias de novas ânsias.
Ser mãe significa mudar a sua vida, seu tempo, seu pensamento, dar todo o seu coração, seu amor para levar seus filhos adiante e ensiná-los a viver. Significa ter uma razão de ser para o resto da vida; querer aproveitar e viver ao máximo cada momento.
A maioria das mães passa a amar os filhos nos primeiros meses de vida. Caso você não possa segurar o bebê após o parto, não se aflija. Pais adotivos ou de bebês prematuros nem sempre têm a chance de ficarem bem grudadinhos nos filhos desde o início, e ainda assim criam laços de amor com o tempo.
A forma mais grave de rejeição do bebê após o parto é a psicose puerperal. Uma doença reconhecidamente séria e grave, em que algumas mulheres rejeitam cuidados com os filhos, negligenciam o aleitamento e, o pior, podem se tornar uma situação de risco para o bebê.
Assim como "instinto materno", "amor incondicional ao filho" não existe! A relação com o filho(a) depende de uma série de questões derivadas da relação que os pais tiveram com seus próprios pais e também da relação, expectativas, desejos e angústias que os cônjuges têm em relação a eles.