Muitas pessoas sofrem distúrbios variados na mordida, articulações e respiração devido à anatomia do maxilar. No entanto, algumas disfunções influenciam também na estética facial, o que pode abalar a autoestima. Dessa forma, a cirurgia ortognática torna-se uma alternativa para melhorar a qualidade de vida em todos os aspectos. A seguir, veja como funciona e em quais casos a intervenção é indicada.
Realizado em ambiente hospitalar, o procedimento dura, em média, de 3 a 4 horas e é realizado sob anestesia geral, com as incisões realizadas por dentro da boca, ou seja, não deixam cicatrizes visíveis.
Além disso, deve ter ficado evidente que a contribuição estética costuma ser complementar, uma vez que existem bons benefícios para a saúde e a qualidade de vida dos pacientes.
Após a cirurgia, deve-se continuar a usar o aparelho ortodôntico, por pelo menos 3 a 9 meses, podendo também ser indicado pelo médico ou dentista, a realização de implantes dentários ou outros tratamentos estéticos.
Além disso, é recomendado não fumar e nem consumir bebidas alcoólicas antes da cirurgia, além de ter uma alimentação mais líquida no dia anterior à cirurgia, dando preferência à água, sopa, chás e gelatina natural, pois não necessitam de mastigação.
Sou Icaro Guilherme, cirurgião bucomaxilofacial especialista pela Universidade de São Paulo (USP – SP). Realizei residência na área pelo Hospital Universitário da USP durante 3 anos e em quase 9 mil horas tive a oportunidade de aprender com grandes nomes da cirurgia nacional e internacional.
Contudo, as classificações não interferem, em grande medida ou proporção, na recomendação de realizar (ou não) o procedimento e tampouco nos métodos e tecnologias abordados.
Além disto, como em todas as cirurgias que utilizam anestesia geral, podem surgir complicações pós-operatórias como náuseas, vômitos, queda da pressão arterial, calafrios, ou tremores, por exemplo.
Além disso, a cirurgia ortognática pode ser indicada como cirurgia para preparo para colocação de próteses dentárias, de forma a melhorar a reconstrução dos dentes, a tornar a reabilitação protética possível, e permitir uma dentição e estética funcionais.
Logo, a cirurgia ortognática classe 3 tem a indicação oposta à anterior: esse tipo de procedimento é indicado, portanto, para os casos em que pacientes têm o queixo avançado. Algo caracterizado pela arcada dentária inferior à frente da superior.
De acordo com a cirurgiã-dentista Fernanda Oliani Marur, a cirurgia ortognática é uma técnica útil para reparar alterações de crescimento ósseo das arcadas superior e inferior do rosto, chamadas anomalias dentofaciais. “Como resultado, a pessoa obtém melhorias na condição respiratória, fonatória, na eficiência da mastigação e a transformação do perfil facial”, pontua.
Você já ouviu falar em cirurgia ortognática? Responsável por corrigir alterações no crescimento dos ossos do rosto, o procedimento é capaz de prevenir e tratar uma série de incômodos, como distúrbios da mordida, articulações e respiração. Por esse motivo, a preocupação com a estética e a saúde tem levado diversas pessoas aos consultórios em busca da cirurgia de mandíbula. No entanto, será que basta o desejo para realizar um procedimento de sucesso? Para esclarecer essa dúvida, conversamos com a dentista Rhianna Barreto que revelou as principais indicações para cirurgia ortognática.
Esse tipo de cirurgia ortognática é considerado, pelo cirurgião buco-maxilo-facial, quando o paciente não tem alterações significativas no encaixe dos dentes.
Além disso, é recomendado fazer fisioterapia que pode ser iniciada 1 ou 2 dias após a cirurgia, ou segundo liberação do médico. Inicialmente o objetivo deve ser diminuir a dor e o inchaço local, mas após cerca de 15 dias, se a cicatrização estiver boa, pode-se concentrar nos exercícios para aumentar a movimentação da articulação temporomandibular e facilitar a abertura da boca, facilitando a mastigação.
Após a cirurgia, o paciente fica internado por um ou dois dias até receber alta. Apesar de não deixar cicatrizes superficiais, o trauma cirúrgico é delicado. “Inchaço, dor, dificuldade na fala e ao engolir e sensação de formigamento na face são reações esperadas. Também há queixas de coágulos no nariz, da utilização dos elásticos que auxiliam na manutenção do posicionamento cirúrgico, além da dificuldade na higienização dos dentes”, relata Fernanda.
De acordo com a especialista, a cirurgia ortognática é um procedimento que consiste na correção de deformidades dentais e faciais em pacientes com deficiência maxilar, mandibular ou em ambas as partes. Dessa maneira, a técnica consiste no reposicionamento estrutural da face. “A cirurgia ortognática é feita por etapas. De início, o paciente deve fazer o preparo ortodôntico e psicológico. Em seguida, o preparo cirúrgico através de planejamento virtual e guias cirúrgicos”, explica a Dra. Rhianna. Quanto ao procedimento cirúrgico, ele é realizado com fraturas em locais programados para promover o reposicionamento dos ossos da maneira correta.
Mas, ainda assim, o procedimento é invasivo — e realizado em ambiente hospitalar, com o uso de anestesia. O grande atrativo é a possibilidade de realizá-lo de forma intra-oral.
Tem alguma dúvida sobre o que é cirurgia ortognática ainda? Abaixo, vou falar sobre como o procedimento é realizado. Algo que muita gente se pergunta — inclusive, para saber se existem riscos na cirurgia ortognática.
É a menos complexa de todas. Segundo Fernanda, esse tipo aponta o posicionamento correto da maxila e da mandíbula, com dentes e mordida alinhados. “Mas, ainda assim, esse paciente pode apresentar pequenas deformidades nos ossos da face. Em alguns casos, a cirurgia nem é necessária. A não ser que o profissional e o paciente cheguem à conclusão de que os aspectos facial e funcional são significativos e demandam mudanças”, comenta.
As contraindicações são as mesmas de qualquer outro procedimento cirúrgico, como alterações sanguíneas graves e patologias sistêmicas descompensadas, como cardíacas, renais e hepáticas.
A cirurgia ortognática também é indicada para o tratamento de apneia obstrutiva do sono, já que proporciona um maior ganho em volume das vias aéreas superiores.
Por outro lado, existem alguns pacientes que não devem realizar a cirurgia ortognática - mesmo com a presença de deformidades na região da face. Por isso, é importante ter um acompanhamento profissional para realização de exames de imagem e sangue prévios para garantir a segurança durante o procedimento. “Deformidades decorrentes de síndromes, por exemplo, devem ser avaliadas por uma equipe multiprofissional, incluindo dentista, ortodontia, psicólogo e nutricionista”, conta.
No pós-operatório da cirurgia de mandíbula, há inchaço facial de média proporção e discreta dificuldade na abertura de boca. Pode haver ainda sensação de dormência em algumas áreas do rosto.
Mas, em média, o tempo da cirurgia ortognática dura de 2 a 4 horas. Isso porque, o cirurgião deve ajustar e reposicionar os maxilares conforme o objetivo identificado para o procedimento. E, com isso, fixar as novas posições com o auxílio de placas e parafusos de titânio.