A decepção não é nada divertida, seja em relação a um relacionamento que não deu certo ou a perda de uma grande oportunidade de crescimento profissional. Independentemente do tipo de decepção, nem sempre é tão ruim quanto parece e há mais formas de lidar com ela do que você imagina. Aqui você aprenderá como lidar com a decepção e como usá-la para ficar mais forte.
Ninguém deve ser o porta-voz de seus sentimentos, e as redes sociais só servem para expor, não apenas a você mesmo, como outras pessoas, gerando desconforto e induzindo amigos ou colegas a tomarem partido de um ou outro. Se você está sentindo mágoa, se decepcionou com alguém, aja de forma franca, direta e discreta: o assunto não diz respeito a mais ninguém.
Nem tudo depende de nós, portanto, para superar uma decepção, devemos respeitar as decisões dos outros, mesmo que elas não se encaixem no que queremos. Fazer isso requer um grau significativo de maturidade através do qual possamos entender que cada um de nós tem suas próprias experiências e, portanto, estamos em momentos diferentes que nos levam a tomar decisões diferentes.
O ideal é tentar entender a visão que ele tem da situação. Muitas vezes, as pessoas não sabiam que existia determinada expectativa ou até esperavam que você ficasse feliz pelo caminho que escolheram.
Caso a ofensa tenha sido grave a ponto manchar sua reputação e lhe causar prejuízos pessoais ou profissionais, talvez caiba tomar providências jurídicas. Consulte um advogado e certifique-se de estar amparado pela lei. Paralelamente, cuide de seu bem-estar emocional.
Fazendo uma autocrítica, não escolhemos ficar na posição de vítima passiva e, ao mesmo tempo, podemos nos certificar de que não absorveremos uma culpa que não nos cabe. Como diante de um episódio que causa decepção ficamos tomados por mil perguntas sem respostas e por vários sentimentos desencontrados, o melhor é não fazermos absolutamente nada até que o primeiro impacto seja absorvido. Mais calmos, podemos começar por olhar para nós mesmos, tirando o foco da pessoa que nos decepcionou.
Os desdobramentos de um confronto magoado ou raivoso podem ser nefastos e não ter fim. Mas quando se dá tempo ao tempo até que a dor da decepção se acomode, ainda que o “agressor” feche as portas para um diálogo, o mais importante é que você esteja em paz com você mesmo. Não queira entender tudo caso não tenha a oportunidade de esclarecer, pois isso vai frustrar você. Talvez, ali na frente, você possa ganhar a compreensão de que, afinal, esse rompimento lhe foi benéfico.
Então, o que fazer quando você está desapontadovocê está decepcionado/a? O importante é adotar a perspectiva de que cada revés na vida é uma grande oportunidade de crescimento pessoal, por mais dura que seja a batalha, o resultado final será enriquecedor em nível pessoal e também beneficiará todos os que nos cercam.
Deixar-se levar pelas dores que acompanham esse sentimento acaba gerando mais dor. Todas as atitudes que tomamos no calor de uma emoção contundente geralmente desemboca em arrependimento. Quem fica mergulhado na raiva ou na mágoa está transformando a dor em sofrimento. Quem deixa a revolta dizer que o outro ?merece? experimentar a mesma dor que causou, pode se deixar levar por uma atitude de vingança e não se dá conta de que acaba se igualando ao seu agressor.
Em outras palavras, evite ficar o tempo todo pensando no que acontece, no que poderia ter feito diferente, destacando cada aspecto da conversa ou repetir continuamente toda a decepção que sentiu.
Assim, é importante respeitar esse momento, onde pode sentir diversos estágios do luto. Como a barganha, raiva e tristeza. Os sentimentos são completamente válidos, mesmo que as expectativas eram apenas suas.
Elas vivem alegremente, sem expectativas, com um grande senso de conciliação e empatia. A sobriedade e a sabedoria que vem inata de nossos pequenos meninos e meninas deveriam ser um exemplo diário quando queremos saber como superar uma decepção e enfrentar os problemas que podem surgir nas nossas vidas.
Como os relacionamentos amorosos causam vulnerabilidade, você confia que o outro não vai causar sofrimento, quando algo acontece, parece ainda mais difícil e doloroso.
Mesmo de forma inconsciente, é natural adicionar expectativas nas situações, relações e pessoas, que podem ou não condizer com aquilo que é real. Afinal, é uma percepção própria e individual.
Junto a isso veio a frustração por não ter atingido um objetivo, de impotência pelo inesperado e não satisfação. Tudo provocando um grande incomodo psíquico e desânimo.
Se você está passando por isso, procure um profissional que possa ajudar no processo de restauração e conforto psicológico.
Por outro lado, sempre existe a possibilidade de as portas estarem abertas para esclarecimentos e compreensão. Quando as pessoas se desarmam, as chances de retomarem – se assim desejarem – são sempre maiores e mais promissoras. Caso algo tenha se quebrado na relação em função da decepção, ainda que haja o diálogo esclarecedor, restará o alento de mais um aprendizado.
Por exemplo, se você descobre que o parceiro mentiu sobre o lugar que estava, começa a questionar onde realmente foi, o que fez e se todas as vezes que falou onde estava eram verdade ou não.
A decepção pode levar a um estado de inconformismo tão grande que o indivíduo pode passar anos da sua vida obcecado em encontrar razões pelas quais foi traído em seus sentimentos mais sinceros. Quer a qualquer custo entender por que alguém em quem depositava tanta confiança acabou agindo de maneira a destruir, a macular todo o bom sentimento que o ofendido lhe tinha. E toda uma história de bem-querer fica comprometida, dando lugar a um sentimento grave de injustiça. É como se algo morresse dentro de si.
Agora, suponha que vocês tenham falado sobre uma viagem juntos ou mesmo mudar de cidade ou morar no mesmo bairro futuramente.
Se preferir escrever sobre o que sente, faça isso. Mas leia e releia seu e-mail ou sua mensagem. Isso também lhe dará oportunidade de rever seus sentimentos e razões que lhe movem ao se dirigir à pessoa. É um exercício de autoconhecimento. Da mesma forma, não espere por uma resposta nem por pedidos de desculpa. Afinal, seu objetivo deve ser apenas revelar o impacto que o episódio teve em você. Essa pessoa pode não querer conversar com você, pode ser agressiva ao lhe receber, pode inventar desculpas por ter agido da forma como agiu ou pode, na melhor das hipóteses, refletir a respeito do que fez e eventualmente aceitar que não teve uma atitude correta.
Indo além dessa superfície, o significado da palavra vem do latim “deceptio” que significa engano, dolo ou trapaça. Logo, a decepção é quando esse erro faz com que sentimentos e compreensões sejam colocados “à prova” ou mesmo por percebermos que nos enganamos (ou fomos enganados).
Inclusive, ao sofrer uma grande frustração em um relacionamento, o indivíduo pode ter medo de amar novamente, de conviver com outras pessoas e pode ficar com o emocional abalado, evitando que novas relações aconteçam.
É importante tentar tomar um distanciamento dos fatos, analisar a real importância que os envolvidos têm em sua vida, verificar se as suas angústias em mostrar que está sendo vítima de uma injustiça não passam pelo fato de querer preservar a imagem que você tem de si mesmo. Ao fazer isso honestamente, fica mais fácil decidir qual caminho tomar. Não tenha pressa – uma reflexão demorada é mais saudável que uma atitude impensada.