Por Que Azul E Rosa?

Por que azul e rosa

Será que cor tem gênero? Embora muita gente ache que sim, não há nenhuma razão biológica para dizer que rosa é cor de menina e azul, de menino. Nem sempre foi assim! Conheça a história das cores rosa e azul e entenda de uma vez por todas que todo mundo pode usar a cor que quiser.

Será que cor tem gênero? Embora muita gente ache que sim, não há nenhuma razão biológica para dizer que rosa é cor de menina e azul, de menino. Nem sempre foi assim! Conheça a história das cores rosa e azul e entenda de uma vez por todas que todo mundo pode usar a cor que quiser.

Não há raízes ancestrais ou razões genéticas que justifiquem tais preferências

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As cores estão longe de serem neutras. Em vez disso, os humanos atribuem significado a elas, principalmente por causa de histórias subjetivas, e assim criam razões pessoais para achar um tom repelente ou atraente.

No texto introdutório da Time, lê-se: “Na Bélgica, a Princesa Astrid (…) deu à luz na noite anterior a uma filha de 3,1 kg. Disseram os despachos: ‘O berço foi enfeitado de rosa, a cor para os meninos, sendo a das meninas o rosa’. Disseram muitos leitores de jornal dos EUA: “O quê? Rosa para um GAROTO? Na nossa família, nós temos usado rosa para GAROTAS, e azul para garotos”.

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Uma origem exata é difícil de definir. Segundo a historiadora da Universidade de Maryland, Jo B. Paoletti, autora do livro Pink and Blue: Telling the Girls From the Boys in America (“Rosa e Azul: diferenciando meninas de meninos nos EUA”), as cores não tinham nada a ver com gênero e a regra, por muito tempo, era o branco. A razão: tintura de tecido, até o fim do século 19, era algo muito caro. Além disso, era mais fácil limpar roupas e fraldas de bebês com alvejante, o que acabaria com qualquer tintura de tecido.

Essas paletas de cores parecem convergir à medida que as pessoas viram adultas. Curiosamente, enquanto a maioria dos adultos diz preferir tons azuis, os adultos também têm uma cor menos favorita em comum: um marrom amarelado escuro.

Significado são atribuido às cores, principalmente por causa de histórias subjetivas, e assim pessoas criam razões pessoais para achar um tom repelente ou atraente

Para entender essa história, precisamos voltar a um passado anterior à associação entre cores e gênero. Na Inglaterra vitoriana, a cor branca e tons pastéis eram o padrão das vestimentas infantis, como foi descrito por Jo B. Paoletti, professora da Universidade de Maryland, em seu livro Pink and Blue: Telling the Boys from the Girls in America.

Poderiam ser de várias cores certo? Errado. Interessante era definir uma cor para cada gênero, porque assim diminuiriam as chances de se aproveitar enxovais itens entre irmãos, primos, etc. Neste caso, incentivar o consumo de tudo novo.

No final da década de 1960, auge de movimentos sociais e do pacifismo, era comum o uso de roupas unissex para meninas. Roupas de gênero neutro permaneceram populares até que em meados da década de 1980 o rosa se impôs definitivamente na paleta de cores de produtos femininos.

Comentários

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Pensando na cultura da época, os sentimentos que a cor trazia eram esses. Eu confesso que acho azul claro uma cor realmente muito delicada e suave, sem pensar em demais características religiosas. E você o que acha?

Nem sempre foi fácil produzir tecidos, quanto mais tingi-los das cores desejadas. Na idade média, cores eram usadas somente pelas cortes reais. Os mais nobres podiam pagar verdadeiras fortunas para ter uma cor forte e consistente nos seus mantos e vestidos da realeza. Era comum ver a cor púrpura e os tons de vermelhos nos trajes reais, uma vez que os tingimentos eram precários e naturais, usavam os tons que a natureza proporcionava com maior força e fixação. O tom de vermelho por sua vez, se tornou símbolo de poder, dos nobres e também dos exércitos. Facilmente identificado com a cor do sangue, essa cor forte trazia o simbolismo de poder a quem o usava.

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Hoje em dia várias marcas jovens estão retomando cores, formas e estímulos para que não exista essa história de gêneros para as cores. Para saber mais, um bom livro é Pink and Blue: Telling the Girls From the Boys in America, de Jo B. Paoletti – que infelizmente não tem uma versão em português.

As fotos vermelhas e verdes foram deliberadamente distorcidas. Metade dos participantes viu imagens vermelhas que evocavam memórias positivas, como morangos ou rosas no Dia dos Namorados, enquanto as verdes foram projetadas para causar nojo, como saliva ou detritos em um lago.

Isso não acontecia por existir uma maior democratização em relação ao gênero, mas sim por questões econômicas: na época, a indústria da moda infantil com consumidores sedentos por roupas específicas era quase inexistente. E como era caro produzir roupas com tinturas, as cores eram destinadas às pessoas mais velhas e camadas nobres da população.

Nem sempre foi assim

A predominância do azul não surpreende Lauren Labrecque, professora da Universidade de Rhode Island, nos EUA, que estuda o efeito da cor no marketing. Ela muitas vezes pede a seus alunos qual é sua cor favorita. Depois de ouvir a resposta, ela faz uma apresentação. diz Labrecque.

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De onde veio o costume que mais parece ser uma regra? Investigamo

A psicóloga experimental Domicele Jonauskaite estuda as conotações cognitivas e afetivas das cores na Universidade de Lausanne, na Suíça. Ela observou como as crianças costumam enxergar azul e rosa.

Pelo menos essa é a essência da teoria da valência ecológica, uma ideia proposta por Karen Schloss, professora assistente de Psicologia da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA.

Qual cor faz o azul?

Vermelho + laranja = vermelho-alaranjado ou laranja-escuro. Amarelo + verde = amarelo-esverdeado ou verde-claro. Amarelo + laranja = amarelo-alaranjado (similar ao bege) Azul + roxo = azul-arroxeado.