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De acordo com Platão, o mundo sensível foi criado pela ação de um Demiurgo, um Deus-artífice. O Demiurgo utilizou as Ideias Eternas presentes no mundo inteligível como modelo para construir o mundo sensível.
Os prisioneiros representam aqueles que vivem como se o mundo sensível fosse a realidade absoluta. Ao sair da caverna, eles compreendem que o mundo sensível é apenas uma projeção de sombras do mundo inteligível.
Sócrates faleceu em 399 a.C. Platão, nessa época, tinha 28 anos aproximadamente e, depois da morte do seu mestre, viajou à Sicília e à Itália, onde entrou em contato com eleatas e pitagóricos, estas escolas filosóficas o teriam influenciado notavelmente.
Acredita-se que todas as obras de Platão foram conservadas até a atualidade. Todas elas, salvo a Apologia de Sócrates, foram escritas em forma de diálogo. Independentemente do tema ou da pergunta que diz respeito a cada uma, a maioria das obras apresenta uma explicitação do método socrático, exibido por meio das conversações entre Sócrates e diferentes interlocutores encarnados em pessoas da época ou pensadores famosos da época.
É possível ver também como se originam características ainda mais profundas do dualismo ontológico (o dualismo que explica a separação da realidade em dois mundos), como o problema da participação entre os dois mundos ou o problema do dualismo antropológico, por exemplo, que apresenta uma visão bipartida do ser humano que seria composto de corpo e alma e se pergunta como isso é possível.
Divididas pela tradição segundo o período em que foram escritas (juventude, maturidade e velhice), a maioria apresenta Sócrates como personagem principal. Apenas a Apologia de Sócrates, que expõe sua defesa perante o tribunal que o condenou à morte, não está escrita sob forma de diálogo.
Platão conheceu Sócrates aos vinte anos. Daquele momento em diante, e até a morte de seu mestre, fez parte de seu círculo permanentemente, e tornou-se discípulo e amigo íntimo do pensador. A maioria das obras de Platão colocam Sócrates como principal interlocutor, no papel de mestre e guia daqueles com quem conversa, discute e visita. Mesmo quando se discute o nível de fidelidade do Sócrates platônico (ou seja, o Sócrates descrito por Platão) é inegável ao Sócrates histórico, o fato de que Platão foi quem mais o conheceu e foi o maior de seus discípulos.
A Alegoria da Caverna argumenta que se algum dos prisioneiros fosse libertado e voltasse a sua vista para a luz da fogueira, enfrentaria uma realidade mais perfeita, que é a causa da realidade das sombras. Uma vez que isso ocorresse, o prisioneiro poderia fugir para fora da caverna, onde ele veria um mundo mais perfeito, até se ver obrigado a olhar diretamente para o sol. Entretanto, ficaria cego caso quisesse voltar à caverna e libertar seus companheiros, cuja única coisa que fariam é zombar dele e, segundo Platão, seriam capazes até mesmo de matá-lo (em uma clara alusão ao que aconteceu a Sócrates).
No entanto, por meio da experiência no mundo sensível, a alma humana gradualmente consegue recordar as verdades que havia contemplado anteriormente. Nesse sentido, o conhecimento humano ocorre por meio da reminiscência da alma.
Através da teoria das Ideias, Platão também explica o processo de conhecimento humano. Os seres humanos apreendem o mundo sensível por meio de impressões e sensações. A partir dessas impressões, formam-se opiniões (doxa), que representam um conhecimento incerto e inseguro.
O dualismo platônico é uma forma de pensar o conjunto corpo e alma separadamente. O que é característico em Platão é que este dualismo se estende a uma divisão do mundo entre o perfeito e o imperfeito. Se o perfeito é aquilo imortal, imperecível, eterno, imutável e necessário, o imperfeito é o temporal, mutável e corruptível.
Ainda que alguns sejam baseados em fatos, muitos dos diálogos platônicos são uma ficção ensaiada por Platão com o intuito de oferecer o cenário necessário para expor as suas diferentes teses e ideias fundamentais. Estas ideias são narradas em forma de mitos ou alegorias, e se relacionam com a imortalidade da alma (apresentada no Fedro), o mito de Eros (descrita em O Banquete) o exemplo do escravo e a reminiscência (que aparece no Mênon), entre outros.
De acordo com Platão, a alma humana, antes de se encarnar em um corpo material, contempla as verdades eternas e imutáveis do mundo das Ideias. Ao encarnar, a alma esquece tudo o que contemplou.
Os seres que compõem o mundo sensível (como o cavalo, o homem, o belo e o justo) são meras cópias imperfeitas das Ideias eternas presentes no mundo inteligível. Essas Ideias não são simples conceitos ou representações, mas entidades imutáveis que representam a essência das coisas em si mesmas.
Após seu retorno a Atenas, Platão estabeleceu sua própria escola de Filosofia em um ginásio próximo ao parque dedicado ao herói Academos, o que levou a sua escola a ser conhecida como Academia.
Platão, inicialmente, recebeu o nome de Aristocles, mais tarde, porém foi apelidado de “Platão” por ter um porte físico grande. De acordo com Diógenes Laércio (biógrafo dos antigos filósofos gregos), foi o professor de ginástica quem lhe deu esse apelido cuja tradução é “aquele que tem costas largas”.
Desta separação deriva a ideia platônica de que o corpo é prisão da alma e que, após o fim do corpo, a alma é livre e perfeita mais uma vez até voltar a encarnar num corpo distinto.
Segundo Platão, os prisioneiros que habitam a caverna, presos em correntes desde que nasceram, só podem ver as sombras geradas por meio de uma fogueira escondida atrás de um muro no fundo da caverna. Estas sombras são produzidas devido à presença de homens que circulam por um corredor carregando diferentes objetos. Os prisioneiros, desconhecem de onde vêm as sombras e acreditam que são a verdade das coisas.
Heráclito argumentou que o ser está em constante mudança e que nada permanece o mesmo, enquanto Parmênides sustentava que o ser é uno, imóvel e eterno, considerando a percepção das mudanças como mera ilusão.
Existem diferentes interpretações sobre esta alegoria. O próprio Platão oferece uma no final do livro VI e no VII de A República. As explicações possíveis são epistemológicas (sobre o conhecer), ontológicas (sobre o ser), educativas e até políticas. Ainda hoje estas interpretações são matéria de debate.
Platão introduz a Alegoria da Caverna no início do VII livro, A República, para explicar a situação em que se encontra o ser humano em relação ao conhecimento. Este texto descreve a forma em que é possível captar tanto o mundo sensível (através dos sentidos) como também o mundo inteligível (através da alma, já que como ela, tudo no mundo inteligível é eterno e imortal).
Platão (428 a.C.-347 a.C.) foi filosofo grego, considerado um dos principais pensadores de sua época. Discípulo de Sócrates, procurava transmitir uma profunda fé na razão e na verdade, adotando o lema de Sócrates "o sábio é o virtuoso".
Em 428 a.C. (ou 427 a. C., não se sabe ao certo), pouco tempo após a morte de Péricles (estadista ateniense; foi durante o seu período que Atenas viveu o auge da sua democracia), nasce em Atenas aquele que por muitos é considerado o maior filósofo da Antigüidade: Platão.
Academia de Platão, Academia Platônica ou Academia de Atenas foi uma escola fundada por Platão, por volta de 387 a.C. Trata-se da primeira universidade da história, na qual grupos de seus seguidores recebiam educação formal. ... Após sua viagem a Siracusa, Platão coloca em prática o projeto da Academia.
Platão
O objetivo final da educação, para o filósofo, era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo. ... Educar é tão importante para uma ordem política baseada na justiça - como Platão preconizava - que deveria ser tarefa de toda a sociedade.
A Platão frequentemente se atribui uma posição filosófica que atualmente seria descrita como racionalista, parte de uma definição de raciocínio como uma operação mental discursiva, pautada pela lógica, e utilizando proposições para extrair conclusões; realista, em relação à existência de universais, as formas ideais; ...
A importância de Sócrates na filosofia se dá pelo fato de sua metodologia ensinada a cerca das teorias das coisas. ... Dessa forma, Sócrates indagava pessoas e as faziam chegar a conceitos e respostas por meio de conhecimentos que as mesmas já sabiam, com isso, tal feito fazia uso da razão humana.
Sócrates foi um importante filosofo de Atenas. ... Sócrates é considerado o pai da filosofia ocidental, não aceitava ideas préconcebidas, e as questionava para tentar chegar por meio da razão em uma verdade, e através de suas ideias e métodos de questionamentos , influenciou vários outros pensadores como: Platão.
“Quanto mais esclarecido é o indivíduo, mais esclarecida é a sociedade”, dizia o filósofo alemão Theodor Adorno (1903-1969). Atualmente, o filósofo é um profissional indispensável para uma reflexão crítica do mundo e a da atuação do homem moderno.