A saliva é mais encorpada quando a proporção de mucina for maior que a de proteína, e quando o contrário acontece, a secreção se torna mais fina ou fluida. Uma saliva mais grossa dificulta a lavagem da boca, o que reduz a proteção contra as bactérias e desequilibra a microbiota bucal.
A saliva viscosa é caracterizada pela grande quantidade de mucina – sustância que favorece a fixação de bactérias, restos alimentares e células descamadas da boca. As bactérias, ao metabolizarem as células descamadas, que são ricas em aminoácidos com enxofre, liberam essa substância que provoca o mau hálito.
Troque o enxaguante bucal habitual por um que não contenha álcool em sua fórmula. O álcool é um agente desidratante natural e pode sinalizar para a boca produzir ainda mais saliva. Outra solução é manter-se hidratado para ajudar a diminuir o excesso de saliva, para que seja engolida mais facilmente.
A saburra é uma camada de cor esbranquiçada, amarelada ou amarronzada formada por bactérias e restos de alimentos que se aloja na língua. Pode acontecer ainda em razão da baixa produção de saliva e do descamamento natural da cavidade bucal. É uma das principais causas do mau hálito.
O consumo de líquidos deve ser estimulado para melhorar a hidratação e diminuir o sintoma. Algumas ervas estimulam o fluxo salivar e podem ser consumidas na forma de chás. Entre elas, destacam-se hortelã, camomila, erva-doce e carqueja.
A secreção salivar funciona como via de excreção para muitas substâncias, tornando possível monitorar a farmacodinâmica das drogas na saliva. O fluxo salivar é o parâmetro clínico mais importante da saliva, afetando a suscetibilidade às lesões de cárie.
O estresse, muito comum no dia a dia de muitas profissões, está entre um dos principais fatores causadores da xerostomia. Sabe-se que, em alguns casos, medicamentos são prescritos aos pacientes para tratar o estresse, e como consequência podem agravar ainda mais o quadro de secura bucal.
Quando a produção de saliva é estimulada, seja pela mastigação ou quando sentimos gosto de algum alimento, a produção de saliva aumenta para 1,2ml/min a 2,5ml/min.
Uma pessoa adulta produz cerca de 1 a 2 litros de saliva por dia e ao ingerir algum alimento, a quantidade de saliva secretada aumenta. Ficamos com “água na boca” porque o nosso sistema nervoso estimula a produção de saliva pelas glândulas salivares quando sentimos o cheiro ou o sabor de algum alimento.