A caveira feminina com um vestido elegante e um chapéu extravagante é uma figura muito presente na festividade mexicana do Dia dos Mortos. Está por toda a parte e há concursos no país para escolher a fantasia mais bonita ou a que melhor representa La Catrina.
Atualmente vemos a La Catrina em estampas de tecidos, roupas e louças, como maquiagem no Dia dos Mortos e em outras datas pelo mundo, em ilustrações, tatuagens e tantos outros locais. Ela se tornou um símbolo da cultura popular moderna, sendo muito vista em crânios, e não somente em esqueleto de corpo inteiro. Bem-desenhada, em preto e branco ou muito colorida, ela pode até trazer a ideia da morte e ter a função de uma “memento mori” (expressão latina para “Lembre-se de que você é mortal”), com muita vivacidade.
A Catrina, também conhecida como “La Calavera Garbancera”, é um dos ícones mais famosos e reconhecidos do México. Mas você sabe de onde ela veio? A história por trás dessa figura é fascinante e mergulha nas tradições e crenças do povo mexicano.
Prepare-se para mergulhar na fascinante história por trás de La Catrina, um dos ícones mais famosos da cultura mexicana! Essa figura icônica, com seu elegante vestido e rosto esquelético, tem uma história rica e cheia de significados.
Para além da Catrina, o palhaço mexicano é outro desenho de tatuagem popular. Os palhaços têm uma longa história na cultura mexicana, que remonta aos tempos astecas. No folclore mexicano, os palhaços são frequentemente associados com a morte e a vida após a morte, tornando-os um símbolo adequado para as celebrações do Dia dos Mortos.
Antes de se chamar “La Catrina”, ela se chamava “La Calavera Garbancera”, ou “A Caveira Garbanceira”. Foi criada pelo cartunista e ilustrador José Guadalupe Posada (1852-1913), em 1910.
La Catrina é um instrumento de autoconhecimento, porque nos permite refletir sobre o valor que damos à nossa vida e como desfrutamos as oportunidades que surgem. Ela nos faz pensar se, além dos ossos, deixaremos uma história memorável (para os astecas, os crânios guardavam memórias), em que medida as nossas raízes nos influenciam e o quanto as conhecemos. Faça uma imersão nos seus conceitos e aproveite a bela experiência de viver!
A este respeito, o artigo menciona que o artista José Guadalupe Posada transformou La Catrina de uma figura de deusa pré-hispânica numa representação satírica da elite mexicana europeizada durante o início do século XX.
Além de ser uma crítica social, a Catrina também carrega uma série de símbolos e significados profundos. A esquelética figura representa a morte, mas não como algo assustador ou macabro. No México, a morte é vista como parte natural da vida, e a Catrina é um lembrete disso.
Fica o convite dos mexicanos aos turistas de todo o mundo. Que conheçam a sua cultura em que, apesar da saudade, o Dia dos Mortos é festivo e alegre, com a 'presença' dos que se foram nas casas, nas ruas, nas celebrações.
Em conclusão, o significado da Catrina é complexo e multifacetado, representando tanto a inevitabilidade da morte como a importância de honrar o nosso património cultural. Quer seja sob a forma de uma tatuagem ou de uma celebração do Dia dos Mortos, a Catrina serve como um poderoso lembrete para viver a vida ao máximo e recordar aqueles que vieram antes de nós.
Ao longo dos anos, a Catrina passou por diversas interpretações e adaptações. Ela deixou de ser apenas uma figura esquelética e ganhou diferentes estilos e trajes. Hoje em dia, é possível encontrar a Catrina em diversas formas, desde pinturas tradicionais até versões mais modernas em camisetas e acessórios.
A Catrina é muitas vezes retratada com um chapéu e um vestido, e com um leque ou guarda-sol. Mas, por baixo do seu traje elegante, continua a ser um esqueleto, lembrando-nos a inevitabilidade da morte. Desta forma, Catrina representa a ideia de que a morte é um equalizador – não importa o quão ricos ou poderosos possamos ser na vida, todos nós eventualmente encontraremos o mesmo destino.
A maquiagem característica da Catrina, com o rosto branco e os olhos marcados, simboliza a camuflagem que as pessoas usam para esconder sua verdadeira identidade social. A Catrina nos lembra que, independentemente de nossa posição na sociedade, todos somos iguais perante a morte.
Tabasco - A 796 km da Cidade do México, fica no sul do país, a 470 km da fronteira com a Guatemala. Na noite de 1 de novembro - virada para o dia 2 - ninguém sai de casa. As ruas ficam enfeitadas, recebem altares com comidas e bebidas e são reservadas para os mortos. A celebração se estende por 9 dias, com famílias inteiras fantasiadas de defuntos.
O criador da Catrina, José Guadalupe Posada, pretendia satirizar a classe alta mexicana e a sua emulação da moda europeia durante o regime de Porfirio Díaz no final do século XIX e início do século XX. A utilização do esqueleto como representação da morte foi também um comentário sobre a relação da sociedade mexicana com a morte e a sua vontade de se rir dela. Com o tempo, a Catrina tornou-se um símbolo emblemático da cultura mexicana e é frequentemente associada às celebrações do Dia dos Mortos.
Guerrero - A 350 km da capital. Mais um lugar com a típica celebração. Famílias passeiam pelas ruas caraterizadas de mortos , muitos com fantasias e outros com pinturas no rosto e no corpo.
O Dia dos Mortos no México é uma celebração com festividades por todo o país. Há o Festival Cultural de Caveiras, no qual as pessoas festejam a morte como uma parte inevitável da vida e utilizam maquiagem de caveiras, representando a figura de La Catrina, enaltecendo a cultura e valorizando as raízes. O Festival é uma atração de Aguascalientes, a 523 Km da Cidade do México.
A presença da Catrina na arte mexicana reflete a importância dada à morte como parte integrante da vida. Ela é celebrada durante o Dia dos Mortos, uma das festas mais importantes do México, onde as pessoas honram seus entes queridos que já partiram. É nessa festa que a figura da Catrina se destaca, lembrando a todos que a morte não é o fim, mas sim uma passagem para outra fase da existência.
Além de José Guadalupe Posada, outros artistas mexicanos também contribuíram para a criação e popularização da Catrina. Diego Rivera, um dos maiores muralistas do México, retratou a Catrina em suas obras, ajudando a consolidar sua imagem como um símbolo nacional.