A vacina contra a varíola contém o vírus vivo vaccínia, o qual é aparentado ao vírus da varíola e proporciona imunidade contra este.
Entre 1617 e 1619, ocorreu a primeira epidemia de varíola na América do Norte, em Massachusetts. A doença não se interiorizou, permanecendo limitada às grandes cidades (portos da costa leste). Apenas com a Corrida do Ouro, por volta de 1785, a varíola atinge a costa oeste dos Estados Unidos.
Varíola é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus da varíola, um ortopoxvírus. Provoca morte de até 30%. A infecção natural foi erradicada.
Estima-se que ao longo do século XX a varíola tenha causado entre 300 e 500 milhões de mortes. Em 1967 ocorriam ainda 15 milhões de casos por ano. Em 1798, Edward Jenner descobriu que a vacinação era capaz de prevenir a varíola. Em 1967, a Organização Mundial de Saúde intensificou as medidas para erradicar a doença.
A transmissão da varíola acontece por meio do contato com o vírus (um dos mais conhecidos e é visível no microscópio eletrônico), seja por meio do contato com pessoas infectadas, com objetos que possuem o vírus ou com objetos que pertenceram a uma pessoa com varíola.
A varíola foi extinta graças a uma série de programas, medidas e ações combinadas empreendidas, após 1967, pela OMS em diversos países e regi- ões do planeta. No Brasil, coube à Fio- cruz o papel fundamental no enfrenta- mento da doença.
Apesar da comprovada eficácia dos imunizantes para prevenir doenças, o que em tese, com o tempo, poderia varrê-las da face da Terra, não é o que tem acontecido na prática. Isso só ocorreu até hoje com a varíola, declarada erradicada em 1980.
Em 1971 foram notificados 19 casos de variola, sendo o último caso em 19 de abril, todos no Rio de Janeiro. A Campanha de Vacinação antivariólica iniciada em 1967 foi a principal responsável pela eliminação dos últimos casos de Varíola no país.