Tem mais depois da publicidade ;) Mal é advérbio, antônimo de bem. Mau é um adjetivo, antônimo de bom.
No conceito de Aristóteles, o homem mal é aquele que não alcança a maturidade ética, ou seja, é um ser "malvado”, e esse é comparado a uma pessoa que permanece numa condição de analfabetismo moral. ...
A idéia de bem e mal pode estar atrelada ao conceito do equilíbrio entre forças, conceito este que seria necessário para gerar a harmonia existencial; não existiria o conceito de bom sem que houvesse o de mau.
Numa breve definição de moral, podemos dizer que se trata do conjunto de valores, de normas e de noções do que é certo ou errado, proibido e permitido, dentro de uma determinada sociedade, de uma cultura.
Para Santo Agostinho, o mal não tem realidade metafísica: todo o mal não é mais que a ausência do bem, a ausência da obra divina. Ou, para ser mais preciso, o mal não é algo que foi criado, não é algo físico – o mal é o “não ser”.
A ética agostiniana colocava que o livre arbítrio era a escolha do homem entre o bem e o mal,o bem se tratando de Deus e o mal sendo o não-ser. Sendo assim,a única coisa que poderia afastar o homem de Deus e da felicidade era sua vontade (Livre arbítrio),pois esse fator muitas vezes o levava a fazer escolhas erradas.
Santo Agostinho aproveitou sua filosofia dentro da fé cristã. Platão defendia que as almas aprendiam por meio de reminiscência. ... Sua filosofia era a de que, sim, há uma forma perfeita de tudo o que existe, mas na mente de Deus.
Ele defendia que, embora tenha criado tudo o que existe, Deus não criou o mal porque o mal não é algo, mas a falta ou a deficiência de algo. Por exemplo, o mal padecido por um homem cego é a ausência de visão; o mal em um ladrão é a falta de honestidade.
Para Agostinho o bem é o único princípio existente, sendo que sua suprema perfeição está em Deus, o Sumo Bem. A natureza do mal está, no próprio homem, na sua liberdade. ... Para Agostinho o mal está em afastar-se de Deus que é o Sumo Bem, pois quando o homem se priva do Bem ele comete o pecado que o torna mal.
A graça é, tal como apresentado por Santo Agostinho, a experiência relacional entre o homem e o divino, ou seja, a relação humana com Deus e Cristo redentor, e se inscreve na relação entre livre-arbítrio e liberdade, não sendo estes termos sinônimos.