São elementos característicos da cultura brasileira a música popular, a literatura, a culinária, as festas tradicionais nacionais, como o Carnaval, e as festas tradicionais locais, como as Cavalhadas de Pirenópolis, em Goiás, e o Festival de Parintins, no Amazonas.
Religião dos Índios Em seus rituais, normalmente panteístas (animismo), reverenciam os ancestrais, os elementos, as plantas, animais e os seres mitológicos. Outro fato curioso é o uso de alucinógenos e outras substâncias rituais, como tabaco e bebidas alcoólicas, utilizados para fazer a ligação com o mundo espiritual.
Para os povos indígenas a noção de sagrado percorre cada palavra ou gesto, cada detalhe e manifestação da vida natural, humana e social. A religiosidade indígena está intimamente ligada à própria cultura e, como tal, cada povo indígena tem sua forma particular de reverenciar o transcendente.
Religião. ... A característica comum dos povos indígenas brasileiros no que tange à religião é o xamanismo. É o xamã o responsável pela condução dos rituais. Entre os povos tupi-guarani, o xamã é denominado pajé, a pessoa que lida com as conexões entre seres vivos, a natureza, humanos vivos e mortos.
Mahyra, Maíra ou Mair é um personagem da mitologia tupi-guarani.
Os Guarani vêm seu mundo como uma região de matas, campos e rios, como um território onde vivem segundo seu modo de ser e sua cultura milenar. Do território tradicional, historicamente ocupado pelos Guarani, que se estende por parte da Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil, os Guarani ocupam hoje apenas pequenas ilhas.
Os guaranis são coletores e caçadores. O espaço físico que habitam é denominado tekoha, terra e se autodeterminam como a extensão da terra onde pisam. Esse conceito está no cerne da maioria das disputas fundiárias vivenciadas pelo povo guarani no Brasil.
Mesmo vestindo "roupas de branco" e consumindo, em sua maioria, produtos manufaturados pela indústria brasileira, os Guarani persistem em sua projeto cultural alternativo. No qual os principais problemas são a luta pela terra e subsistência.
As vestimentas mais comuns aos índios brasileiros “não civilizados” ou com pouco contato com a sociedade são a tanga, o saiote ou os cintos que lhes cobrem o sexo, feitos de penas de animais, folhas de plantas, entrecasca de árvores, sementes ou miçangas.
Cada uma dessas casas é denominada de “oguassu, maioca ou maloca (casa grande)”, sendo dividida internamente pela estrutura do telhado em espaços quadrados de 6m x 6 metros, onde reside em cada uma delas, uma família. Este espaço é denominado oca (tupi) ou oga (guarani).
Atualmente, os Guarani vivem espremidos em pequenos pedaços de terra cercados por fazendas de gado e por vastos campos de soja e cana-de-açúcar. Alguns não têm terra alguma e vivem acampados na beira de estradas.
AVAXI (ou milho), junto com a JETY (batata-doce), JEJY (palmito), MANJI´O ou mandi'o (mandioca) e MANDUVI (amendoim) constituem alguns dos principais alimentos guaranis. Cozido ou assado, o milho é comido sem sal e as crianças fazem fila comportada para ganhar o seu.
O cotidiano dos indígenas Tupi-Guarani é voltado para o crescimento da aldeia, são desenvolvidos atividades como pesca, caça, construções e etc. O crescimento da aldeia acontece por meio do coletivismo de todos os integrantes da tribo. Os homens se dedicam a atividades como pesca, caça e etc.
São assíduas e freqüentes as atividades religiosas guarani, com práticas de cânticos, rezas e danças que, dependendo da localidade, da situação ou das circunstâncias, são realizados cotidianamente, iniciando-se ao cair da noite e prolongando-se por várias horas.
"Qualquer pessoa pode passar pelo tratamento, mas só quem pode aplicar são os velhos que sabem. É feita uma reza na pimenta. Ela tem que ser benzida", explicou Lourival. Durante a sangria, após o corte, é aplicada também uma mistura de limão, pimenta e a raiz de uma árvore sobre a pele cortada.
Os rituais de iniciação, por exemplo, consistem em fazer com que neófitos [iniciantes] sejam separados do convívio social e, assim, se submetam a um estado de liminaridade no qual a fronteira do mundo social, humano, parece borrar-se.
Ritos de passagem - Ritos de passagem são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade. ... Em todas as sociedades primitivas, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou ritos de passagem.
Os ritos de iniciação existem em todas as religiões. Fazem referência a momentos decisivos em que o indivíduo não somente nasce, mas renasce ou se inicia em uma nova forma de ser e de agir. De modo geral, os ritos de iniciação tentam expressar a passagem a uma nova forma de vida.
O candidato à iniciação é mantido confinado em um quarto por 21 dias. Ele (ou ela) tem a cabeça raspada e recebe marcas no braço ou na cabeça, geralmente feitas com espinhas de peixe. Essas cicatrizes simbolizam a porta de entrada do orixá durante a incorporação.
Gracila Medeiros, ekedi em um terreiro de candomblé, explica que, dentro da religião, a palavra representa um cargo feminino, tido por mulheres que “não incorporam”, ou “entram em transe”, ou seja, não recebem um orixá, termo que abrange as divindades que compõem a religião.
A palavra roncó, no candomblé jeje-nagô, geralmente é utilizada para se referir a um compartimento sagrado instalado nas dependências dos terreiros.