Ogã – A palavra Ogã vem do Yorubá e significa Senhor da Minha Casa. O Ogã – médium responsável pelo canto e pelo toque – ocupa um cargo de suma importância e de responsabilidade dentro dos rituais de Umbanda e Candomblé, como o conjunto de vozes e toques do atabaque, por exemplo.
O atabaque come com o ogã do santo a que pertence, o alabê ou o zelador, ou na inauguração do barracão. O atabaque fica deitado com o couro para dentro do runkó, coberto de branco. Acende-se uma vela para cada um, uma quartinha com água para cada um, comida seca para cada um. Com a mão direita passa ibosé no couro.
TIPOS DE OGÃS
Axogum (em iorubá: Axogun) axogum, ogã de faca ou mão de faca é um sacerdote do candomblé. É um dos cargos mais importantes e de muita responsabilidade: é um especialista no que faz, é o ogã encarregado do sacrifício dos animais votivos nas cerimônias do candomblé jeje e Candomblé Queto.
Pejigã (em fom: Kpεjígán) ou ogã-de-quarto é o primeiro ogã da casa Jeje. A palavra quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque Peji = "altar sagrado" e Gan = "senhor". O responsável pelos axés da casa, do terreiro.
Os Abiaxés são as crianças nascidas “feitas de berço” e com missão espiritual. Os Abiaxés podem ou não refugar a missão espiritual na terra, retornando ao convívio de Olodumare, dependendo unicamente do teor de compreensão que obtiverem de seus pais, mestres, tutores, cônjuges e etc…
Os rituais do candomblé são realizados em templos chamados casas, roças ou terreiros que podem ser de linhagem matriarcal (quando somente as mulheres podem assumir a liderança), patriarcal (quando somente homens podem assumir a liderança) ou mista (quando homens e mulheres podem assumir a liderança do terreiro).
De um modo geral, as pessoas não pedem para ingressar no candomblé: são convocadas. Em alguns casos, a mãe de santo, ao jogar búzios, recebe a mensagem de que aquele indivíduo precisa participar da religião. Porém o jeito mais comum desse recado ser dado é quando o cidadão “bola no santo”.