A decolonialidade refere-se ao processo que busca transcender historicamente a colonialidade e, de acordo com estes autores, supõe um projeto com um projeto mais profundo e uma tarefa urgente para o nosso presente de subversão do padrão de poder colonial (2010, p. 16 – 17).
É um conceito carregado de sentido pelos movimentos sociais indígenas latino-americanos e que questiona a colonialidade do poder, do saber e do ser. Enfim, ele também denota outras formas de pensar e se posicionar a partir da diferença colonial, na perspectiva de um mundo mais justo.
Ainda que os regimes coloniais institucionalizados tenham acabado, a herança colonial permeia a estrutura social e a mentalidade das pessoas. A colonialidade é a face oculta da modernidade que persiste nos dias atuais. Descolonizar segue sendo preciso e urgente.
Em outras palavras, a colonialidade do poder é a classificação social da população mundial ancorada na noção de raça, que tem origem no caráter colonial, mas já provou ser mais duradoura e estável que o colonialismo histórico, em cuja matriz foi estabelecida (Quijano, 2000).
Elas são responsáveis por carregar e também por invibilizar as relações de poder que determinam quais personagens terão suas vidas exibidas e quais serão lançadas ao silêncio. Descolonizar, desse modo, tem a ver com permitir que todas as histórias venham à luz, que todas as vidas sejam dignas de serem relatadas.
A colonialidade, então, se refere à ideia de que, mesmo com o fim do colonialismo, uma lógica de relação colonial permanece entre os saberes, entre os diferentes modos de vida, entre os Estados-Nação, entre os diferentes grupos humanos e assim por diante.
Descolonização cultural: refletindo sobre transformações sociais a partir da cultura. ... Sincronia que o MinC pretende alimentar através deste relançamento do Cultura e Pensamento, cujo primeiro ciclo, iniciado em 2005 e descontinuado em 2012, teve um enfoque bastante acadêmico.
Pedagogia decolonial é expressar o colonialismo que construiu a desumanização dirigida aos subalternizados pela modernidade europeia e pensar na possibilidade de crítica teórica a geopolítica do conhecimento.
Então podemos entender por Pedagogia Decolonial um modelo onde luta-se contra as marcas do colonialismo na educação, que tradicionalmente gerou um modelo educacional separatista, criando a escola do rico e a escola do pobre. E sim, é possível estabelecer esse modelo.