Em 15 de novembro de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, nascido em São Gonçalo/RJ, teria incorporado o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Este espírito o teria ajudado a criar a religião de Umbanda.
Ao longo do tempo, a Umbanda passou por muitas transformações. Ela se espalhou por todo o Brasil e ganhou novos adeptos em diferentes regiões do país. Além disso, surgiram novas vertentes da Umbanda, como a Umbanda Branca e a Umbanda Esotérica.
Essa é a história de origem da Umbanda, como são suas crenças, as diferenças existentes entre ela e a religião do Candomblé, e história ao longo dos anos desde sua criação no Rio de Janeiro até os dias atuais.
Há hoje muitas correntes e ramificações no Brasil e em muitos outros países, originando assim suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e características próprias, mas sempre fundamentadas no Amor, na Caridade e no atendimento irrestrito a todos, sem distinção.
Somam-se a essas duas matrizes as influências católica, indígena e orientais. Por nascer da síntese desses diversos elementos, a umbanda pode ser apontada como um exemplo clássico de sincretismo religioso.
No ritual de Zélio, alguns elementos mais africanizados como o uso de atabaques, a prática do sacrifício animal ritualístico, manifestações de exus e pomba-giras e outros mais foram suprimidos. Tal processo foi chamado de “embranquecimento” da Umbanda, visto que tal prática tornava a Umbanda mais palatável aos costumes das classes alta e média do Rio. Os terreiros, principalmente os terreiros de Umbanda popular, do ritual Almas e Angola, do Omolokô e da Umbanda traçada, praticados por pessoas de classe baixa e situados nas comunidades, nas zonas rurais e favelas continuaram com as práticas africanas mais próximas às práticas da Macumba antiga e, consequentemente, do Candomblé.
A entidade de Zélio, que se anunciou no dia seguinte como Caboclo das Sete Encruzilhadas, teria, então, se retirado e dito que voltaria no dia seguinte na casa de Zélio onde pudesse ser bem ouvido e aceito.
Outras diferenças marcantes entre as duas religiões são suas crenças, forma que são feitas suas cerimônias, a ausência de altar e a prática de sacrifício de animais no Candomblé, entre outras diferentes presentes entre as duas.
Incorporou um espírito, se levantou durante a sessão e foi até o jardim para buscar uma flor e colocá-la no centro da mesa, contrariando a regra de não poder abandonar a mesa uma vez iniciada a sessão. Em seguida, Zélio incorporou espíritos que se apresentavam como negros escravos e índios. O diretor dos trabalhos alertou os espíritos sobre seu atraso espiritual, convidando-os a sair da sessão quando uma força tomou conta de Zélio e disse:
A federação, que nasceu no Rio de Janeiro, promoveu várias ações e eventos religiosos bem como se expandiu para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Defensora tenaz das origens africanas da Umbanda em contraposição ao grupo que pregava uma Umbanda com forte ênfase no kardecismo.
Apesar dessas diferenças de opinião, a Umbanda continua a crescer e evoluir, e muitos praticantes veem a diversidade como uma força positiva que enriquece a religião. No final das contas, a Umbanda é uma religião de amor, luz e caridade, e esses valores fundamentais unem seus seguidores em uma busca comum pela cura e pela evolução espiritual.
A partir da década de 1950, os setores mais humildes da população umbandista composta por negros e mulatos começaram a contestar o distanciamento da Umbanda das práticas africanas. A “umbanda branca” se opunha à tendência de recuperar os valores africanos presentes na religiosidade popular.
Em 1939 com o objetivo de acabar com polêmicas e na tentativa de uma unificação foi criada a União Espírita de Umbanda do Brasil. A partir desse momento, somente as práticas que seguiam os fundamentos propostos pelo Caboclo Sete Encruzilhadas passaram a ser consideradas como umbandistas.
Data de 1930 o registro em cartório do Centro Espírita Antônio Conselheiro, o primeiro centro umbandista de São Paulo. Em 1932, é fundado o primeiro centro de umbanda em Porto Alegre.
A palavra umbanda tem origem no idioma bantu e tem dois significados: “lugar de culto” e “sacerdote”. Segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade mensageira responsável pela definição das bases dessa religião, “A umbanda é a manifestação do espírito para a caridade.”