Os romancistas observavam com olhos críticos a realidade brasileira, as relações entre o homem e a sociedade. Pelo fato de os romancistas deste período adotarem como componente o lado emocional das personagens, esta fase se diferenciou do Naturalismo, onde este item foi descartado.
Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos.
Os escritores dessa geração estavam preocupados em denunciar as desigualdades e injustiças sociais no país, sobretudo na região do Nordeste. Assim, eles criaram uma literatura ficcional crítica e revolucionária, cujo tema era a vida rural, agrária.
O autor Graciliano Ramos não faz grandes inovações linguísticas, o foco dele é na narrativa. Como o importante é o retrato da situação do homem nordestino, os floreios na linguagem são evitados. O estilo de escrita é claro e conciso. Em certos trechos, lembra o modo de fala mais rude do interior que Ramos retrata.
Onde mostra as diversas dificuldades da família ao longo da trama desde os desejos de Sinhá vitória de ter uma vida melhor com a família, de Fabiano de querer que seus filhos fossem fortes como ele para superar os desafios da seca e vai até mesmo mostrando que até os "amigos da família" como o papagaio tiveram que ser ...
Vidas Secas é um profundo retrato da sociedade brasileira, sobretudo de seus problemas sociais. Dessa forma, Graciliano traça uma crítica social retratando as dificuldades encontradas por uma família pobre de retirantes. Eles tem de conviver constantemente com a miséria e a seca que assola o sertão nordestino.
O cenário do trecho narrado é o sertão nordestino cuja população sofre os efeitos típicos da caatinga como a sede, a fome e a pobreza decorrentes da seca profunda que assolava a região retratada no fragmento transcrito e em toda a obra.
O foco narrativo de Vidas Secas Vidas secas é narrado em terceira pessoa, ou seja, possui um narrador externo onisciente. No entanto, é muito comum o leitor ter a impressão de que a narrativa é feita pelas personagens do livro, em primeira pessoa.
Livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Vidas Secas é um romance de Graciliano Ramos publicado em 1938. A obra faz parte da segunda fase do modernismo (geração de 1930). O livro aborda a pobreza e as dificuldades da vida do retirante no sertão nordestino, narrando as fugas de Fabiano e da sua família da seca.
O romance conta a história de uma família de retirantes do sertão brasileiro.
“Mudança” narra as agruras da família sertaneja na caminhada impiedosa pela aridez da caatinga, enquanto que em “Fuga” os retirantes partem da fazenda para uma nova busca por condições mais favoráveis de vida. Assim, pode-se dizer que a miséria em que as personagens vivem em Vidas Secas representa um ciclo.
Importância do livro O romance Vidas Secas, publicado em 1938, consegue a proeza de apresentar de maneira sintética uma visão da sociedade brasileira em seus níveis mais profundos. Há a dimensão social da exploração e da opressão política.
Foi justamente o nome de um dos personagens mais emblemáticos do livro, Baleia, a primeira escolha de Graciliano para o título, como se vê na capa do datiloscrito original da obra. ... Daniel Pereira, irmão de José Olympio, trocou amargas por secas e Graciliano se convenceu de que esse seria o melhor nome para o livro.
Pode-se dizer do romance, "Vidas Secas", de onde o texto foi retirado, que é uma grande obra: Pelo tratamento que dá aos conflitos de terra do país. Pois trata da coisificação das relações humanas e da autodestruição. Pelo poder de fixar figuras humanas vivendo sobre o fatalismo das secas da região nordeste.
O texto que acabamos de ler de Graciliano Ramos da obra “Vidas Secas” que faz parte da segunda fase modernista, o romance de 30 com seu caráter regionalista. Este texto faz uma denúncia social a que o Brasil vivencia há muitos anos, onde o sertanejo abandona sua cidade e sai em busca de uma vida melhor em outras.
Podemos ver alguns traços dessa particularidade no filme Vidas Secas, a começar pelo fato de que os filhos de Sinha Vitória e Fabiano não possuem nomes próprios que o distinguem de outras crianças, justamente porque eles representam todas as crianças brasileiras, vítimas da seca e principalmente, do descaso do poder ...
Síntese do romance Os principais personagens são: Fabiano, Sinhá Vitória, Menino mais Velho, Menino mais Novo, a cachorra Baleia e o papagaio, que serve de alimento providencial que a família come para aliviar a fome.
Tomás da Bolandeira – dono da fazenda, onde a família se abrigou durante uma tempestade, e homem poderoso da região que impõe sua vontade. Outros personagens: o soldado, seu Inácio (dono do bar).
SINHÁ VITÓRIA – mulher de Fabiano. É um pouco mais dotada de conhecimentos do que o marido, pois ainda consegue, por meio de métodos rústicos, fazer contas. Humilde, seu maior sonho é ter uma cama igual à do Seu Tomás da Bolandeira. O MENINO MAIS VELHO E O MENINO MAIS NOVO – filhos do casal.
Verificado por especialistas --->>> "Animaliza "as pessoas como "O menino mais velho "e o menino mais novo eles não possuem nome ,para o refletir a vida mesquinha, sem sentido que eles levavam .
O nome do livro é inspirado, obviamente, no célebre personagem do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, o soldado amarelo, que aplica uma surra humilhante e traumática no vaqueiro Fabiano.
Afirmava que procurava adivinhar o que poderia se passar na alma de uma cachorra. Perguntava se cachorros teriam alma. A cachorra que Graciliano mencionava, ainda personagem de um conto, estará mais tarde em “Vidas Secas”, livro indispensável. O nome da cachorra é “Baleia”.
Com características que deveriam ser humanas, como a lealdade e o altruísmo ,por exemplo. Baleia no livro chega a ter mais destaque que os dois filhos de Fabiano.
“As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida. Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princípio de hidrofobia e amarrara-lhe no pescoço um rosário de sabugos de milho queimados”, continua o autor.
Graciliano Ramos