Machado de Assis, maior escritor do Realismo no Brasil e aclamado com um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa, teve uma vida cheia de particularidades com uma obra temática e estilisticamente relevante para a literatura nacional. Neste texto, você poderá saber um pouco mais sobre a biografia do autor e as principais características de sua extensa obra.
Foi uma obra de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, que iniciou oficialmente o Realismo no Brasil. Neste vídeo, você aprenderá um pouco mais sobre essa escola literária e suas características.
Neste vídeo, você conseguirá sedimentar seu conhecimento sobre o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, obra que trouxe grande inovação na época em que foi publicada.
As crônicas mais celebradas de Machado foram publicadas entre 1881 e 1897 no jornal Gazeta de Notícias. Nas crônicas o autor tratava de eventos cotidianos e sublinhava traços habituais da sociedade em que estava imerso.
Considerado por muitos um gênio, Machado escreveu uma série de obras-primas literatura ocidental tendo sido o autor de clássicos como Dom Casmurro, O Alienista e Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Em 1861 traduziu o livro Queda que as mulheres têm para os tolos, sua primeira publicação (embora ainda não assinada como autor). Seu primeiro romance - Ressurreição - saiu em 1872.
Baseada na obra Dom Casmurro, essa minissérie produzida pela Rede Globo conta com o roteiro de Euclydes Marinho e é estrelada por Maria Fernanda Cândido e Michel Melamed. A produção foi exibida em 2008 e recebeu o prêmio Leão Relações Públicas, na categoria Novas Mídias, no Festival Internacional de Publicidade de Cannes.
Também colaborou com a Revista Brasileira e foi um dos fundadores (cadeira nº 23) da Academia Brasileira de Letras, onde foi o primeiro presidente, cargo que ocupou durante 10 anos. Seu último romance, Memorial de Aires (1908), foi escrito após a morte de sua esposa. Morreu em 29 de setembro de 1908, na capital fluminense, devido a uma úlcera cancerosa.
Baseado no livro homônimo, adaptado por Luiz Antonio Aguiar e ilustrado por Cesar Lobo, a obra acompanha a clássica história do defunto autor, que desmascara os valores da classe dominante da época.
A obra de Machado de Assis é comumente dividida em duas fases: a primeira ainda com resquícios da era romântica; e a segunda, na qual o autor alcança o ápice de sua ficção e o categoriza como um escritor realista, apesar da latente dificuldade de o encaixar em uma escola literária.
Este vídeo da Acrópole Revisitada fala sobre outro importante texto de Machado de Assis: O alienista. Se você ainda não leu nada do autor, esta é certamente uma obra interessante por onde se começar, como você pode notar pelo que Luigi Ricciardi fala sobre a obra.
Machado de Assis, em sua segunda fase, reinventou o romance brasileiro. Aqui há um aprofundamento no psicológico de suas personagens e a historicidade dá lugar para o íntimo do ser humano, seus anseios, além da própria hipocrisia da sociedade burguesa, desnudada em livros como Memórias Póstumas de Brás Cubas. As principais características dessa fase são:
O narrador onisciente nos convida a visitar o interior da psiquê humana e a criatura descortinada no seu pior. Machado em Quincas Borba expõe sem rodeios as nossas fragilidades e contradições.
A obra-prima de Machado de Assis nos faz questionar os limites entre a sanidade e a loucura e fascina o leitor porque coloca nele a grande questão: afinal, quem pode ser considerado são?
Foi-se a melhor parte da minha vida, e aqui estou só no mundo. Note que a solidão não me é enfadonha, antes me é grata, porque é um modo de viver com ela, ouvi-la, as- sistir aos mil cuidados que essa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há imaginação que não acorde, e a vigília aumenta a falta da pessoa amada.
Como toda grande obra literária, os romances e os contos de Machado de Assis também foram adaptados diversas vezes para outras mídias, como o cinema, a TV e os quadrinhos. Elas não substituem o contato do leitor com a obra original, mas permitem um novo olhar sobre ela.
Adaptação para o cinema do clássico Memórias Póstumas de Brás Cubas. Escrito e dirigido por André Klotzel e estrelado por Reginaldo Faria, Marcos Caruso e Sônia Braga. Veja um trecho do filme no vídeo abaixo.
Foi aceito nesses círculos sociais pois, além de ser considerado culto e elegante, ocupou cargos públicos no ministério da agricultura e do comércio. Nesse tempo, Machado começava a ganhar espaço nos jornais, publicando algumas de suas crônicas, o que lhe dava crescente notoriedade também.
Machado de Assis foi o principal nome do Realismo brasileiro, o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras e um dos escritores mais aclamados da literatura. ... Machado escreveu contos, crônicas, poemas e romances, deixando a sua contribuição para diferentes gêneros literários.
Seu texto é primoroso. Machado de Assis sabia, como poucos, equilibrar vocabulário rico e escrita fluida. Ele dominava de tal forma a linguagem que não há passagens simplórias, nem trechos exageradamente rebuscados em suas narrativas. Seu texto é milimetricamente preciso – encanta e comunica claramente ao mesmo tempo.
O protagonista, Brás Cubas, narra o próprio delírio. Mas é delírio mesmo, com direito à mãe natureza em forma humana, cavalgadas em hipopótamo e viagem no tempo. Nada de protagonista herói. Brás Cubas não hesita em mostrar seu dark side.
Memórias póstumas significam as memórias que são liberadas após a morte. Se analisarmos separadamente a palavra "póstuma", tem-se o significa de pós-túmulo. ... A memória póstuma entre como sendo uma faixa de transição de pensamento que se dá entre a morte a vida, de forma a ser evidencia após a morte de uma pessoa.
Memórias póstumas de Brás Cubas é o primeiro romance realista de Machado de Assis. Essa obra, que inaugurou o realismo no Brasil, em 1881, é narrada por Brás Cubas, narrador-personagem que, após a morte, decide escrever suas memórias.
Resposta. Brás Cubas se denomina um defunto autor e não um autor defunto porque ele começa a contar sua história depois de sua morte, logo, ele não pode se considerar um autor que se tornou defunto e sim um defunto que se tornou autor.
Brás Cubas inicia a historia narrando sua morte, ocorrida numa sexta-feira de agosto de 1869, às 2 horas da tarde, na chácara de Catumbi, aos 64 anos, motivada por pneumonia. ... Antes de seu falecimento, a amante da juventude, Virgília, vem visitá-lo no leito de morte.
A principal inovação de Machado de Assis neste romance foi a criação de um defunto autor. ... Ao narrar a vida de uma pessoa qualquer e sem ter que seguir as convenções sociais, Machado/Brás Cubas consegue fazer do romance uma análise da sociedade e do caráter psicológico dos personagens.
Machado de Assis exige perspicácia de seu leitor e brinca com a língua portuguesa ao apresentar este insólito personagem. O autor defunto é aquele que faleceu deixando como legado toda a sua obra; o defunto autor torna-se, na brincadeira machadiana, escritor depois de morto.
a )Ele sugere que D. ... Plácida aceitou prontamente sua história para ficar em paz com a consciência.
29 de setembro de 1908