O glicogênio está presente em todas as células de um animal, sendo mais abundante em células do fígado e músculos estriados esqueléticos. No fígado, a quantidade de glicogênio após uma refeição rica em carboidrato chega a 6% do peso do órgão. Já nos músculos, essa reserva pode apresentar 0,7% do peso do tecido.
A síntese e a degradação do glicogênio estão diretamente relacionadas à ação de duas enzimas, a glicogênio sintetase (síntese) e a glicogênio fosforilase (degradação), as quais estão sob a regulação dos hormônios insulina e glucagon.
Já o glucagon estimula a glicogenólise, a transformação do glicogênio em glicose e sua liberação na corrente sanguínea. O glucagon atua principalmente no fígado, pois a ação da insulina após as refeições promove a síntese de glicogênio a partir da glicose que entra no fígado.
A fosforilase é capaz de ligar ao glicogênio quando a enzima está no estado R. Esta conformação é acentuada pela ligação de AMP e inibida pela atividade de ATP ou glicose-6-fosfato. A enzima é também submetida a modificações covalentes por fosforilação como meio de regulação da sua atividade.
A ação desta enzima é remover fosforoliticamente um resíduo de glicose a partir da quebra de uma ligação a-(1,4) da molécula de glicogênio. O produto desta reação é a glicose-1-fosfato. ... A fosforilase não remove resíduos de glicose a partir das ligações a(1,6) do glicogênio.
A glicogênio fosforilase (GF) acelera o desmonte do glicogênio, liberando glicose 1-fosfato para a produção de energia; a glicogênio sintetase (GS) acelera a síntese de glicogênio quando há pequena demanda por energia e grande disponibilidade de glicose.
O glicogénio é degradado pela acção conjunta de três enzimas: glicogénio fosforilase, que cliva uma ligação a(1-4) com fosfato inorgânico (Pi). Esta enzima só cliva resíduos de glucose que estejam a mais de 4 resíduos de distância de uma ramificação.
Após as refeições, a glicemia aumenta, e o pâncreas secreta insulina, a qual estimula a síntese de glicogênio no fígado. Tal reserva é necessária para gerar energia nos momentos de jejum, quando por estímulo do glucagon, o glicogênio é quebrado, liberando moléculas de glicose que serão utilizadas na respiração celular.
GLICOGENÓLISE E GLICOGÊNESE. Processo bioquímico que transforma a glicose em glicogênio. Ocorre virtualmente em todos os tecidos animais, mas é proeminente no fígado e músculos. O músculo armazena apenas para o consumo próprio e só utiliza durante o exercício, quando há necessidade de energia rápida.
A glicose não pode ser mantida dentro das células musculares pois ela atravessa muito facilmente a membrana das células. A gliconeogênese não é pode ser considerada um processo reverso da glicólise pois não há quebra da glicose, nem há a formação de glicose, apenas a junção de varias moléculas de glicose.
Qual das substâncias abaixo não atua como substrato para a gliconeogênese? Piruvato.
Gliconeogênese ocorre quotidianamente durante o jejum noturno contribuindo para a manutenção da glicemia. Os mamíferos não podem transformar ácidos graxos em glicose. Ácidos graxos são convertidos a Acetil CoA e não há formas (nos mamíferos) de se converter este em Glicose.