É um sangramento intraluminal originário do trato gastrointestinal (TGI). A hemorragia digestiva (HD) pode ser dividida em alta ou baixa dependendo da região em que ocorre o sangramento.
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A indicação cirúrgica fica restrita aos casos refratários aos tratamentos endoscópicos e angiográficos nos casos com estabilidade hemodinâmica ou em casos nos quais a ressecção cirúrgica pode ser definitiva, como na presença de tumores.
Dentre os fatores de risco, encontram-se o uso de aspirina, infecção pelo Helicobacter pylori e uso de anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs). Situações de estresse, como sepse ou choque, também podem contribuir para a sua ocorrência. Dentre pacientes internados na UTI, 1,5% desenvolve sangramento de úlcera de estresse.
Pacientes com HDB e sangramento volumoso deve ser primeiro investigado com EDA. Lembre-se que 10-15% da HDB são causadas por HDA e, geralmente, o sangramento da HDA é mais volumoso e causam mais morbi-mortalidade para o paciente.
Há muitas causas possíveis para a hemorragia do trato gastrointestinal inferior. Condições que causam pequenos sangramentos são hemorróidas, fissura anal e algumas doenças sexualmente transmissíveis. Condições que podem causar hemorragias mais intensas são câncer do intestino (câncer do cólon, do reto ou do ânus), algumas infecções intestinais (como intoxicação alimentar), doença diverticular, malformações dos vasos sanguíneos no interior do intestino e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) . Pessoas que tomam medicamentos para diluir o sangue correm maior risco de uma hemorragia intestinal maciça. A condição afeta com mais frequência os idosos do que as pessoas mais jovens.
O sintoma mais comum é o sangue de um vermelho vivo expelido pelo ânus ou nas fezes. Outros sintomas podem incluir dor abdominal (barriga), tonturas, batimentos cardíacos rápidos e pulsantes, fraqueza, confusão e colapso, dependendo da quantidade de sangue perdida.
Como grande parte dos divertículos estão associados às artérias penetrantes, que podem romper no trauma mecânico por fecalitos, por exemplo, e ocasionar uma erosão da mucosa e rompimento arterial.
O tratamento cirúrgico é raramente indicado nos quadros de HDB já que a grande maioria dos casos é autolimitado ou facilmente tratável com os exames citados.
Nos casos em que o local do sangramento é oculto ou possui fontes colônicas bilaterais e difusas, é necessário realizar colectomia subtotal com ileorretoanastomose ou ileostomia.
Estabilizar o paciente é o primeiro passo para abordagem de qualquer tipo de hemorragia digestiva, porém quando se trata da HDB, algumas medidas específicas podem ser tomadas, como:
Aqueles com sangramento ativo e coagulopatia (RNI > 1,5) e/ou plaquetas < 50.000/mm3, devem receber plasma fresco congelado e/ou plaquetas. De modo geral, objetiva-se manter Hb > 7 mg/dL. Hemotransfusões acima de > 10 U de concentrados de hemácia, devem ser repostos também plasma fresco, plaquetas e cálcio.
Hematêmese é o sangue visível no vômito. Hematêmese indica que a hemorragia provém do aparelho digestivo superior, normalmente do esôfago, estômago ou da primeira parte do intestino delgado. Quando se vomita sangue, este pode apresentar um tom vermelho vivo se a hemorragia for ativa e contínua. Alternativamente, o sangue vomitado também pode ter aspecto de borra de café. Ele resulta de hemorragia que diminuiu ou parou, e o sangue se parece com borra de café porque foi parcialmente digerido pelo ácido no estômago.
A maioria das hemorragias digestivas cessa sem tratamento. Às vezes, porém, isso não acontece. O tipo e a localização da hemorragia dizem ao médico qual tratamento aplicar. Por exemplo, o médico pode, com frequência, estancar uma hemorragia de úlcera péptica durante uma endoscopia usando um dispositivo que aplica uma corrente elétrica para produzir calor (eletrocauterização), sondas de aquecimento ou injeções de determinados agentes. Se a endoscopia não estancar a hemorragia, pode ser necessário realizar uma cirurgia.
O sangramento do sistema digestivo pode ser percebido por meio de alguns sintomas como presença de sangue vermelho vivo nas fezes ou fezes mais escuras e com cheiro muito forte, vômito com sangue e tonturas.
A hemorragia digestiva geralmente requer avaliação por um médico. As seguintes informações podem ajudar as pessoas a decidirem se a avaliação médica é necessária e a saberem o que esperar durante a avaliação.
O marco anatômico para definir se é alta ou baixa é o ligamento de Treitz (região anatômica que determina o fim do duodeno e início do jejuno). A hemorragia digestiva baixa, portanto, corresponde aos sangramentos que ocorrem a partir do ligamento de Treitz.